Espaço de análise da actualidade desportiva, onde o comportamento, a emoção e a razão têm lugar privilegiado.
Uma visão diferente sobre o jogo, para que o jogo seja diferente.
O dérbi de Lisboa que amanhã se joga no Estádio da Luz, terá em campo duas equipas em momentos totalmente distintos e num contexto bastante diferente daquele que tinham em maio, na última vez em que se encontraram. Conforme se pode ler neste trabalho do zerozero.pt “112 dias depois, vem aí novo dérbi: o que mudou?”, por um lado foram muitas as mudanças no Sporting, do presidente aos jogadores e passando pelo treinador, do lado do Benfica a estabilidade é a nota dominante, apesar de alguns ajustes na equipa.
Jogado à 33ª jornada, esse dérbi tinha num só jogo, e para ambos, muito a ganhar e muito a perder. O Benfica, vinha de uma estrondosa derrota caseira com o Tondela. O Sporting vinha de uma vitória arrancada a ferros em Portimão. No dérbi, quem ganhasse assumia a dianteira na luta pela Liga dos Campeões e mantinha acesa a esperança, apesar de já muito reduzida, de ainda lutar pelo título; quem perdesse, via fugir entre os dedos, de uma vez só, o título e os milhões; o empate entregava o campeonato ao Porto.
Mas, como o futebol é o momento, o dérbi de amanhã será radicalmente diferente, quer no contexto quer naquilo que cada equipa tem a ganhar ou a perder.
De um lado, o Benfica, que está a meio de um Play-Off de acesso à Liga dos Campeões e depois de uma boa vitória no Bessa, mantém a estrutura diretiva, o treinador e grande parte da equipa; do outro lado, o Sporting, com duas vitórias em dois jogos cujos resultados são melhores que as exibições, tem eleições marcadas, os problemas diretivos que se conhecem, um novo treinador e muitos novos jogadores, estando ainda a tentar construir uma equipa.
Contudo, desta vez, o Benfica tem muito a perder e o Sporting tudo a ganhar. E não, o contrário não se aplica.
Se o Benfica ganhar o dérbi, com maior ou menor esforço, não há história: cumpriu a sua obrigação porque é incomparável o estado em que se encontram ambas as equipas. Perdendo, ainda por cima no seu estádio, perde muito mais do que os 3 pontos do jogo: abre ainda mais a ferida iniciada pelo golo de Amr Warda e levará a Salónica, para um jogo que vale 43 Milhões de Euros, uma equipa ferida, mais cansada e em desvantagem na eliminatória – com claras possibilidades de marcar e passar, mas, em desvantagem.
Perdendo o jogo, o Sporting – os seus dirigentes, os seus treinadores, os seus jogadores e até os seus adeptos - terá todas as atenuantes possíveis e imaginárias, por isso perde pouco. Logo depois recebe o Feirense, pode redimir-se, a Liga tem a sua primeira pausa, o clube tem eleições e o resto logo se verá, porque à 3ª jornada nada é definitivo. Mas se ganha o jogo, o Sporting reforça a oportunidade de passar desportivamente incólume o início de Liga mais atribulado de que há memória. Poderá contar por vitórias os jogos efetuados e com o sabor especial de ganhar no Estádio da Luz, o que, atendendo às circunstâncias, não só seria a cereja no topo do bolo como a prova de que “há mais marés que marinheiros”. Certo, José Peseiro?
Verdade seja dita também, que isto de fazer totobola e futurologia inclui o X, porque “prognósticos só no final do jogo”: o empate servirá muito mais ao Sporting que ao Benfica e, acontecendo, terá sempre melhor digestão para os lados de Alvalade.
Imediatamente depois do dérbi, há outro jogo de análise interessante: o Porto recebe o Vitória de Guimarães e, neste caso, o Porto tem pouco a ganhar e o Vitória nada a perder.
Quero com isto dizer que, independentemente do resultado de Lisboa e ganhando, o Porto estará apenas a cumprir a sua parte, ao receber e vencer uma das equipas que em duas jornadas soma duas derrotas. A vantagem que conquistará, sobre um rival ou sobre os dois, nesta fase, é pouco significativa.
Se o Vitória perder, desde que em circunstâncias normais, que se dirá?... Porém, o Vitória tem tudo a ganhar!... vencer o campeão em título em pleno Dragão, seria o quebrar de um início de época “apreensivo” de uma equipa de quem se espera futebol de qualidade e bons resultados, mas que parece ter partido em falso. Luís Castro, que na época passada viveu o mesmo em Chaves, não vai abdicar da ideia de jogo - embora possa fazer adaptações e mudar alguns intérpretes – e terá um palco privilegiado para provar que a equipa é capaz de se superar nos momentos mais adversos e de ganhar nos maiores palcos.
Em dois jogos distintos, cenários diferentes de ganhar e perder para retirar de cada jogo tudo o que ele pode dar, seja muito ou seja pouco. Mas, em caso de dúvida, é sempre melhor ganhar que perder, porque “quem disse que ganhar ou perder não importa, provavelmente perdeu.” - Martina Navratilova.O dérbi de Lisboa que amanhã se joga no Estádio da Luz, terá em campo duas equipas em momentos totalmente distintos e num contexto bastante diferente daquele que tinham em maio, na última vez em que se encontraram. Conforme se pode ler neste trabalho do zerozero.pt “112 dias depois, vem aí novo dérbi: o que mudou?”, por um lado foram muitas as mudanças no Sporting, do presidente aos jogadores e passando pelo treinador, do lado do Benfica a estabilidade é a nota dominante, apesar de alguns ajustes na equipa.
O dérbi de Lisboa que amanhã se joga no Estádio da Luz, terá em campo duas equipas em momentos totalmente distintos e num contexto bastante diferente daquele que tinham em maio, na última vez em que se encontraram. Conforme se pode ler neste trabalho do zerozero.pt
“112 dias depois, vem aí novo dérbi: o que mudou?”, por um lado foram muitas as mudanças no Sporting, do presidente aos jogadores e passando pelo treinador, do lado do Benfica a estabilidade é a nota dominante, apesar de alguns ajustes na equipa.
Jogado à 33ª jornada, esse dérbi tinha num só jogo, e para ambos, muito a ganhar e muito a perder. O Benfica, vinha de uma estrondosa derrota caseira com o Tondela. O Sporting vinha de uma vitória arrancada a ferros em Portimão. No dérbi, quem ganhasse assumia a dianteira na luta pela Liga dos Campeões e mantinha acesa a esperança, apesar de já muito reduzida, de ainda lutar pelo título; quem perdesse, via fugir entre os dedos, de uma vez só, o título e os milhões; o empate entregava o campeonato ao Porto.
Mas, como o futebol é o momento, o dérbi de amanhã será radicalmente diferente, quer no contexto quer naquilo que cada equipa tem a ganhar ou a perder.
De um lado, o Benfica, que está a meio de um Play-Off de acesso à Liga dos Campeões e depois de uma boa vitória no Bessa, mantém a estrutura diretiva, o treinador e grande parte da equipa; do outro lado, o Sporting, com duas vitórias em dois jogos cujos resultados são melhores que as exibições, tem eleições marcadas, os problemas diretivos que se conhecem, um novo treinador e muitos novos jogadores, estando ainda a tentar construir uma equipa.
Contudo, desta vez, o Benfica tem muito a perder e o Sporting tudo a ganhar. E não, o contrário não se aplica.
Se o Benfica ganhar o dérbi, com maior ou menor esforço, não há história: cumpriu a sua obrigação porque é incomparável o estado em que se encontram ambas as equipas. Perdendo, ainda por cima no seu estádio, perde muito mais do que os 3 pontos do jogo: abre ainda mais a ferida iniciada pelo golo de Amr Warda e levará a Salónica, para um jogo que vale 43 Milhões de Euros, uma equipa ferida, mais cansada e em desvantagem na eliminatória – com claras possibilidades de marcar e passar, mas, em desvantagem.
Perdendo o jogo, o Sporting – os seus dirigentes, os seus treinadores, os seus jogadores e até os seus adeptos - terá todas as atenuantes possíveis e imaginárias, por isso perde pouco. Logo depois recebe o Feirense, pode redimir-se, a Liga tem a sua primeira pausa, o clube tem eleições e o resto logo se verá, porque à 3ª jornada nada é definitivo. Mas se ganha o jogo, o Sporting reforça a oportunidade de passar desportivamente incólume o início de Liga mais atribulado de que há memória. Poderá contar por vitórias os jogos efetuados e com o sabor especial de ganhar no Estádio da Luz, o que, atendendo às circunstâncias, não só seria a cereja no topo do bolo como a prova de que “há mais marés que marinheiros”. Certo, José Peseiro?
Verdade seja dita também, que isto de fazer totobola e futurologia inclui o X, porque “prognósticos só no final do jogo”: o empate servirá muito mais ao Sporting que ao Benfica e, acontecendo, terá sempre melhor digestão para os lados de Alvalade.
Imediatamente depois do dérbi, há outro jogo de análise interessante: o Porto recebe o Vitória de Guimarães e, neste caso, o Porto tem pouco a ganhar e o Vitória nada a perder.
Quero com isto dizer que, independentemente do resultado de Lisboa e ganhando, o Porto estará apenas a cumprir a sua parte, ao receber e vencer uma das equipas que em duas jornadas soma duas derrotas. A vantagem que conquistará, sobre um rival ou sobre os dois, nesta fase, é pouco significativa.
Se o Vitória perder, desde que em circunstâncias normais, que se dirá?... Porém, o Vitória tem tudo a ganhar!... vencer o campeão em título em pleno Dragão, seria o quebrar de um início de época “apreensivo” de uma equipa de quem se espera futebol de qualidade e bons resultados, mas que parece ter partido em falso. Luís Castro, que na época passada viveu o mesmo em Chaves, não vai abdicar da ideia de jogo - embora possa fazer adaptações e mudar alguns intérpretes – e terá um palco privilegiado para provar que a equipa é capaz de se superar nos momentos mais adversos e de ganhar nos maiores palcos.
Em dois jogos distintos, cenários diferentes de ganhar e perder para retirar de cada jogo tudo o que ele pode dar, seja muito ou seja pouco. Mas, em caso de dúvida, é sempre melhor ganhar que perder, porque “quem disse que ganhar ou perder não importa, provavelmente perdeu.” - Martina Navratilova.
Em dois jogos distintos, cenários diferentes de ganhar e perder para retirar de cada jogo tudo o que ele pode dar, seja muito ou seja pouco. Mas, em caso de dúvida, é sempre melhor ganhar que perder, porque “quem disse que ganhar ou perder não importa, provavelmente perdeu.” - Martina Navratilova.O dérbi de Lisboa que amanhã se joga no Estádio da Luz, terá em campo duas equipas em momentos totalmente distintos e num contexto bastante diferente daquele que tinham em maio, na última vez em que se encontraram. Conforme se pode ler neste trabalho do zerozero.pt “112 dias depois, vem aí novo dérbi: o que mudou?”, por um lado foram muitas as mudanças no Sporting, do presidente aos jogadores e passando pelo treinador, do lado do Benfica a estabilidade é a nota dominante, apesar de alguns ajustes na equipa.
Jogado à 33ª jornada, esse dérbi tinha num só jogo, e para ambos, muito a ganhar e muito a perder. O Benfica, vinha de uma estrondosa derrota caseira com o Tondela. O Sporting vinha de uma vitória arrancada a ferros em Portimão. No dérbi, quem ganhasse assumia a dianteira na luta pela Liga dos Campeões e mantinha acesa a esperança, apesar de já muito reduzida, de ainda lutar pelo título; quem perdesse, via fugir entre os dedos, de uma vez só, o título e os milhões; o empate entregava o campeonato ao Porto.
Mas, como o futebol é o momento, o dérbi de amanhã será radicalmente diferente, quer no contexto quer naquilo que cada equipa tem a ganhar ou a perder.
De um lado, o Benfica, que está a meio de um Play-Off de acesso à Liga dos Campeões e depois de uma boa vitória no Bessa, mantém a estrutura diretiva, o treinador e grande parte da equipa; do outro lado, o Sporting, com duas vitórias em dois jogos cujos resultados são melhores que as exibições, tem eleições marcadas, os problemas diretivos que se conhecem, um novo treinador e muitos novos jogadores, estando ainda a tentar construir uma equipa.
Contudo, desta vez, o Benfica tem muito a perder e o Sporting tudo a ganhar. E não, o contrário não se aplica.
Se o Benfica ganhar o dérbi, com maior ou menor esforço, não há história: cumpriu a sua obrigação porque é incomparável o estado em que se encontram ambas as equipas. Perdendo, ainda por cima no seu estádio, perde muito mais do que os 3 pontos do jogo: abre ainda mais a ferida iniciada pelo golo de Amr Warda e levará a Salónica, para um jogo que vale 43 Milhões de Euros, uma equipa ferida, mais cansada e em desvantagem na eliminatória – com claras possibilidades de marcar e passar, mas, em desvantagem.
Perdendo o jogo, o Sporting – os seus dirigentes, os seus treinadores, os seus jogadores e até os seus adeptos - terá todas as atenuantes possíveis e imaginárias, por isso perde pouco. Logo depois recebe o Feirense, pode redimir-se, a Liga tem a sua primeira pausa, o clube tem eleições e o resto logo se verá, porque à 3ª jornada nada é definitivo. Mas se ganha o jogo, o Sporting reforça a oportunidade de passar desportivamente incólume o início de Liga mais atribulado de que há memória. Poderá contar por vitórias os jogos efetuados e com o sabor especial de ganhar no Estádio da Luz, o que, atendendo às circunstâncias, não só seria a cereja no topo do bolo como a prova de que “há mais marés que marinheiros”. Certo, José Peseiro?
Verdade seja dita também, que isto de fazer totobola e futurologia inclui o X, porque “prognósticos só no final do jogo”: o empate servirá muito mais ao Sporting que ao Benfica e, acontecendo, terá sempre melhor digestão para os lados de Alvalade.
Imediatamente depois do dérbi, há outro jogo de análise interessante: o Porto recebe o Vitória de Guimarães e, neste caso, o Porto tem pouco a ganhar e o Vitória nada a perder.
Quero com isto dizer que, independentemente do resultado de Lisboa e ganhando, o Porto estará apenas a cumprir a sua parte, ao receber e vencer uma das equipas que em duas jornadas soma duas derrotas. A vantagem que conquistará, sobre um rival ou sobre os dois, nesta fase, é pouco significativa.
Se o Vitória perder, desde que em circunstâncias normais, que se dirá?... Porém, o Vitória tem tudo a ganhar!... vencer o campeão em título em pleno Dragão, seria o quebrar de um início de época “apreensivo” de uma equipa de quem se espera futebol de qualidade e bons resultados, mas que parece ter partido em falso. Luís Castro, que na época passada viveu o mesmo em Chaves, não vai abdicar da ideia de jogo - embora possa fazer adaptações e mudar alguns intérpretes – e terá um palco privilegiado para provar que a equipa é capaz de se superar nos momentos mais adversos e de ganhar nos maiores palcos.
Em dois jogos distintos, cenários diferentes de ganhar e perder para retirar de cada jogo tudo o que ele pode dar, seja muito ou seja pouco. Mas, em caso de dúvida, é sempre melhor ganhar que perder, porque “quem disse que ganhar ou perder não importa, provavelmente perdeu.” - Martina Navratilova.