O Sporting apresentou o Relatório e Contas do primeiro semestre da temporada 2016/2017 com um lucro de 46,5 milhões de euros, «o melhor resultado semestral de sempre desde que foi constituída a sociedade anónima desportiva», segundo fez questão de enfatizar Bruno de Carvalho na apresentação dos resultados, esta quarta-feira, no Auditório Artur Agostinho.
Os leões revelam que nos ativos estão contabilizados «cerca de 18,2 milhões de euros decorrentes de receitas de competições europeias que estão retidas pela UEFA relativas ao caso Doyen», situação que o presidente do emblema de Alvalade lamenta profundamente. Face ao período homólogo da temporada passada, a SAD verde e branca apresenta uma melhoria de 64,7 milhões, uma vez que tinha registado um prejuízo de 18 milhões de euros em 2015/2016.
No relatório é possível constatar que houve um aumento salarial no semestre «atingindo valores de cerca de 31.760 milhares de euros fruto do investimento nos jogadores profissionais de futebol e equipas técnicas». Ou seja, um acréscimo de 8.279 milhares de euros relativamente ao último exercício.
A SAD liderada por Bruno de Carvalho defende que o «investimento é considerado como vital e fundamental para a recuperação do posicionamento de liderança da Sporting SAD, sendo o mesmo sustentado e compensado com um aumento de receitas».
Esteve na iminência de sair do Sporting no último mercado de verão, mas acabou por ficar no Sporting. O capitão da equipa leonina havia acertado a renovação com o Sporting uns tempos antes das notícias que apontavam para a sua saída, numa operação que custou aos cofres leoninos cerca de 1,2 milhões de euros, segundo pode ler-se no Relatório e Contas.
Já os empréstimos de Joel Campbell (Arsenal), Marcelo Meli (Boca Juniors) e Lazar Markovic (Liverpool) - os dois últimos deixaram o Sporting em janeiro – custaram aos cofres da SAD um total de 1,6 milhões de euros.
Bruno de Carvalho orgulha-se e faz questão de sublinhar, por diversas vezes, que a sua direção foi responsável «pelas duas maiores vendas da história do Sporting», destacando sobretudo «a maior venda de um jogador português por um clube português». Falamos de João Mário e Islam Slimani que foram vendidos ao Inter de Milão e Leicester City, por 40 e 30 milhões de euros, respetivamente.
Mas nem todo esse valor caiu no cofre do Sporting. Entre valores a pagar por partilha de passes, mais-valias e comissões, João Mário custou 8,8 milhões de euros, enquanto Slimani custou dois milhões.