Saarbrücken é um nome que não costuma entrar no roteiro do adepto comum, mas esta época é diferente. Que época! Com um trajeto regular na terceira divisão, é na taça que tem deixado de queixo caído toda a Alemanha. Esta terça-feira, aconteceu outra vez.
Longe dos grandes palcos desde que, em 1993, desceu pela última vez na Bundesliga (cinco participações), o FC Saarbrücken volta a viver momentos de glória de uma forma improvável. Sempre a eliminar equipas de escalões superiores.
Começou com o Karlsruher SC (2-1), do segundo escalão, com um golo aos 90, e depois o nível foi sempre o máximo. Corou de vergonha o Bayern (esse mesmo), com uma reviravolta concretizada nos descontos (2-1) e, nos oitavos de final, foi o Eintracht Frankfurt a cair no modesto - mas à pinha - Ludwigspark Stadion, por 2-0.
Os avisos eram mais que muitos para o Borussia Mönchengladbach...
Os quartos de final já tinham sido quase todos jogados. O Bayer Leverkusen passou e marcou encontro em casa frente ao Fortuna Düsseldorf - da segunda divisão, embora com um sorteio em que não apanhou nenhuma equipa da primeira até agora. No outro jogo, o Kaiserslautern (também do segundo escalão) seguiu em frente. Faltava definir uma equipa e o cenário parecia muito apetecível para o histórico Gladbach voltar à glória.
Só que o impensável - ou então não - voltou a acontecer. A equipa de Julian Weigl começou bem, com um golo madrugador, mas teve resposta logo depois, quando Naïfi empatou o desafio.
Muita bola para os primodivisionários, mais remates e cantos, embora com o Saarbrücken bem ciente do que tinha de fazer para tentar nova gracinha. Aconteceu... nos descontos, pois claro, quando o avançado Kai Brünker finalizou um contra-ataque e deu mais um saborosíssimo pedaço de glória nesta épica campanha da equipa treinada por Rüdiger Ziehl.
Segue-se uma improvável meia-final contra o aproximado Kaiserslautern (65kms separam as duas cidades) e a luta por um bilhete na final. O conto de fadas prossegue!
2-1 | ||
Amine Naïfi 11' Kai Brünker 90' | Robin Hack 8' |