Toque de Midas para resolver em casos de aperto. O SC Braga deslocou-se ao Estádio Municipal Engenheiro Manuel Branco Teixeira, para defrontar o GD Chaves, e conseguiu uma dura vitória por 2-1.
A dois pontos do FC Porto - ainda que os dragões só entrem em campo às 20h30 deste domingo -, os gverreiros arrumam com a pressão para os lados do Estádio do Dragão.
Em reino transmontano, a batalha pelos três pontos estava dividida. Cristian Borja foi o trunfo que Artur Jorge «sacou» da manga, enquanto Vítor Campelos levou as suas armas habituais à guerra - com Ricardo Guima a ser a única baixa.
À caça da primeira trincheira, foi André Horta a ditar a tática. Iuri Medeiros encarou bem o plano e, do centro, disparou de forma cruzada - one man down. Estava aberto o marcador.
O plano transmontano tinha de ser alterado. As ofensivas estavam fortes, mas a concretização não aparecia... até Juninho dar a machadada necessária para reanimar o alento dos comandados de Vítor Campelos.
De repente, tudo voltou à «estaca zero». Empate no campo (de batalha), com nenhuma das equipas a querer desistir de conquista a terra (dos três pontos).
Precisava-se de ar fresco. Algo renovado. Abel Ruíz apareceu para dizer «gverreiros, nada temam».
À semelhança de Midas, rei de Frígia - uma região da moderna Anatólia, na Turquia - o avançado espanhol proclamou, em si, a cartada final necessária do plano para garantir a conquista almejada dos bracarenses.
Flaviae, antiga nomenclatura da cidade de Chaves, temeu a presença e ressentiu a exibição. Os valentes transmontanos deram tudo por tudo até não existir tempo para mais - Issah Abass quase deitou Matheus Magalhães à terra, mas o gverreiro foi muralha.
Artur Jorge, master do plano forasteiro à conquista, soube trabalhar a estratégia. Sem serviços mínimos, mas a cumprir pelo necessário. O GD Chaves não consegue mais do que o sentimento de ter feito estragos, inicialmente, mas fica com a amargura de perder terreno.
O avançado espanhol não deixa a desejar. Na maioria dos casos, quando o SC Braga precisa de alavancar o jogo, Abel Ruiz aparece e resolve. Neste duelo, não foi diferente.
As iniciativas estavam lá. O GD Chaves conseguiu criar várias oportunidades, mas faltou o critério e a pontaria no último terço.
Critério uniforme. Sem grandes lances para julgar - apesar de ter deixado passar algumas faltas na primeira parte - Artur Soares Dias teve um jogo tranquilo.