Abel Ferreira falou da «sina» de apanhar equipas em excelente forma e o Braga, defrontando um adversário sensação, respondeu da melhor forma possível. E nada melhor, numa fase pós-Taça, que uma resposta convicente num dérbi minhoto. Começou, portanto, um novo ciclo triunfante no campeonato para os bracarenses que fizeram o Moreirense cair numa realidade oposta depois de cinco jogos consecutivos a conhecer o doce sabor da vitória.
O Braga entrou com ligeira superioridade e com vontade de chegar ao golo nos instantes iniciais, mas o primeiro susto esteve do lado da baliza de Tiago Sá. O Moreirense, a poucos toques, aproveitando a qualidade dos seus intervenientes o espaço entre linhas no meio-campo defensivo contrário, teve nos pés de Arsénio uma ocasião crucial para inaugurar o marcador. O remate do capitão cónego saiu bem perto do poste...
A partir desse momento, travou-se um duelo interessante entre Paulinho e Jhonatan. O avançado tentou por duas vezes, o guardião brasileiro respondeu com duas intervenções de alto nível, mas... à terceira foi de vez. Claudemir, com um passe de génio, descobriu o camisola 20 nas costas da defesa cónega e este não vacilou. Ficou, assim, estabelecida uma vantagem confortável que levou o Braga a dominar todos os momentos do jogo até ao intervalo.
O Moreirense sentiu um grande peso nos ombros e tentou, com alguma clarividência e rapidez, aproveitar as transições ofensivas, mas o certo é que nem a astúcia de Nenê serviu para derrubar a muralha adversária. Para que fique claro, ainda assim: o Moreirense deixou impressões positivas e procurou sempre jogar um futebol atrativo, apoiado e a poucos toques.
Ivo Vieira, ciente da falta da falta de profundidade nos flancos, retirou Pedro Nuno e colocou Heriberto em campo e o extremo não demorou a criar perigo - na segunda ocasião atirou mesmo ao poste. Nota 10, uma vez mais, para Tiago Sá.
Bola cá, bola lá e as oportunidades sucediam-se em ambos os lados. Foram várias e clamorosas, diga-se, só que mesmo com a pontaria mais afinada, quer Jhonatan, quer Tiago Sá decidiram guardar as balizas as sete chaves. Houve muita uva... e parra também.
Sem mais nada a declarar, o jogo seguiu para o fim e o registo caseiro do Braga manteve-se firme. É que, na presente temporada, ainda ninguém conseguiu partir pedra na Pedreira a não ser o anfitrião.