O Benfica cumpriu este domingo a tradição e venceu pela sexta vez consecutiva na Choupana. Os encarnados bateram um Nacional (4x0) pouco esclarecido, que teve muitas dificuldades para chegar ao último terço do terreno das águias. Seferovic, Salvio, Grimaldo e Rafa materializaram o domínio do vice-campeão nacional que chega à pausa para os compromissos das seleções no topo da tabela, em igualdade com Sporting e SC Braga.
Se há um mês lhe disséssemos que Haris Seferovic seria uma das principais figuras do encontro do Benfica na Madeira provavelmente não iria acreditar... Não que a qualidade do suíço esteja a ser posta em causa nestas linhas, pelo contrário, mas a verdade é que o camisola 14 era quarta (!) opção na hierarquia dos avançados, atrás de Jonas, Castillo e Facundo Ferreyra.
⚠️10 meses depois 🇨🇭Haris Seferovic volta a marcar na 🇵🇹Liga Portuguesa e novamente frente a recém promovidos:
⚽️ v Nacional [F]
⚽️ v Desp. Aves [F] pic.twitter.com/4BdIqtii3P
— playmakerstats (@playmaker_PT) September 2, 2018
Contudo, o destino tinha reservado algo especial para o avançado que chegou a estar com um pé e meio fora da Luz no último defeso. As lesões de Jonas e Castillo e o rendimento aquém do esperado de Ferreyra abriram as portas do onze a Seferovic contra o PAOK (1x4) e a exibição agradou tanto a Vitória que o atacante de 26 anos voltou a ser chamado à titularidade. Com sucesso.
Numa primeira parte marcada pelo domínio absoluto das águias, perante um Nacional refém dos desequilíbrios de Arabidze e a somar erros sucessivos em zonas proibidas, não foi surpresa que o Benfica chegasse ao intervalo a vencer por duas bolas a zero.
Toto Salvio, em grande forma desde que regressou de lesão, embalou a equipa de Rui Vitória, e depois de alguns desperdícios assistiu Seferovic para o regresso aos golos do avançado helvético cerca de dez meses depois do último na Liga – veja-se o trabalho do extremo argentino sobre Decas.
As pazes com o golo estavam feitas, mas ainda havia espaço para mais. Sefe retribuiu a assistência de Salvio com a mesma gentileza com que foi brindado à passagem do minuto 27, numa jogada em que Pizzi também deixou a sua marca. Nota para o erro de Júlio César que deu início à jogada do segundo golo das águias.
Zero remates. O registo do Nacional na primeira parte não deixava margem para dúvidas em relação ao domínio dos visitantes. Costinha percebeu que era prudente mexer na equipa ao intervalo e tirou Marakis para lançar Palocevic.
🇦🇷Salvio em 2018/19:
➡️6 jogos
➡️2 golos [2.º melhor marcador do 🦅Benfica]
➡️3 assistências [+ passes para golo no 🦅Benfica]
➡️Teve participação direta em 35% dos golos do 🦅Benfica em 2018/19 pic.twitter.com/OsYbl2VavP
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O médio sérvio foi o primeiro a conseguir testar os reflexos de Odisseas Vlachodimos, que esteve intransponível entre os postes, revelando, mais uma vez, uma segurança enorme, novamente evidenciada aos 78 minutos, num remate fortíssimo de Vítor Gonçalves.
Pelo meio dos dois e únicos remates enquadrados com a baliza de Vlachodimos, o Benfica deu volume à vantagem, através de Grimaldo, que aproveitou muito bem um passe soberbo de Pizzi para bater Daniel Guimarães.
Até ao final, o Benfica procurou segurar a vantagem de si só já confortável, enquanto o Nacional não teve forças para reagir ao momento das águias. E ainda houve tempo para Rafa fechar com chave de ouro a goleada na Choupana.
Com este triunfo, o Benfica chega à pausa com 10 pontos, os mesmos de SC Braga e Sporting. Já o Nacional soma apenas três pontos em quatro jornadas.