Chegou a estar tudo na mão: duas vantagens durante o jogo, uma preciosa vantagem nas grandes penalidades. Mas Portugal acabaria por sucumbir, de forma inglória, frente ao Uruguai. Acabou o sonho coreano, apesar das grandes prestações de Xadas e de Diogo Gonçalves (golo fantástico).
Não podia ter sido melhor o início de jogo. Aos 57 segundos, já Xande Silva estava a meter a bola na baliza do Uruguai, depois de uma boa pressão de Xadas a ganhar a bola a um adversário. Um momento que teve tudo para ser favorável, mas que não o foi.
O Uruguai sentiu de imediato o abanão e cresceu decidido, conseguindo o empate ao quarto de hora de jogo num lance de bola parada e que se justificava, atendendo ao andamento de jogo.
Deu, depois, para ter mais bola, ainda que quase sempre de forma infrutífera: Portugal tinha a posse, mas não conseguia penetrar no último terço, com os extremos demasiado inconsequentes e os laterais pouco ofensivos.
As melhorias chegaram perto do fim do primeiro tempo e com um golo fabuloso de Diogo Gonçalves, num pontapé em arco de fora da área que fez Emílio Peixe levar as mãos à cabeça de espanto.
Outra vez em vantagem, outra vez a desperdiçar o momento. O Uruguai entrou na segunda parte novamente a acelerar e empataria pouco depois, num penálti a castigar falta de Yuri Ribeiro.
Perante um adversário sempre muito aguerrido (ao estilo sul-americano), Portugal voltou a pegar no jogo e a tentar o golo, frente a um conjunto que pareceu acusar mais o desgaste, mas que teve em Mele uma barreira intransponível - que defesa a remate do entrado Gedson.
O prolongamento foi de contenção de parte a parte. Portugal tentou de meia distância, o Uruguai optou por apostar nas bolas paradas, mas só nos pénaltis o vencedor seria encontrado.