Campeão

JAIR DA COSTA

4ª Liga dos Campeões

S. Siro, 1965 – A fatalidade de Costa Pereira


Com Elek Schwartz, treinador com uma considerável experiência à frente de equipas francesas, holandesas e alemães, o Benfica recuperou a superior qualidade do seu futebol e regressou ao primeiro plano europeu, atingindo a final de Milão, frente ao Inter. Pelo caminho, os encarnados obtiveram um resultado histórico frente ao Real Madrid: nada mais, nada menos, que 5-1. O Benfica exibia então u...ler comentário completo »

4ª Liga dos Campeões

S. Siro, 1965 – A fatalidade de Costa Pereira


Com Elek Schwartz, treinador com uma considerável experiência à frente de equipas francesas, holandesas e alemães, o Benfica recuperou a superior qualidade do seu futebol e regressou ao primeiro plano europeu, atingindo a final de Milão, frente ao Inter. Pelo caminho, os encarnados obtiveram um resultado histórico frente ao Real Madrid: nada mais, nada menos, que 5-1. O Benfica exibia então um modelo de jogo quase perfeito e desenvolvia um futebol fortemente disciplinado e eficiente. E eram, por isso, compreensíveis as esperanças de conseguir na final de S. Siro, um resultado favorável, que é como quem diz, conquistar a terceira Taça dos Clubes Campeões europeus. A fatalidade do guarda-redes internacional Costa Pereira, que consentiu um “frango” monumental, acabou por tornar o jogo num espectáculo de má memória. Costa Pereira, viria, aliás, a abandonar o terreno, ressentindo-se de uma lesão contraída em choque com o avançado italiano Mazzola. Ainda hoje a cena é recordada por quem viu o jogo e assistiu à actuação determinada do defesa central Germano na defesa das suas redes. Apesar de jogar em casa, facto fortemente contestado pelos benfiquistas, e mau grado as ocorrências verificadas, o Inter sentiu grandes dificuldades para garantir a vantagem (1-0) que conseguira com o inacreditável golo do brasileiro Jair. Para Elek Schwartz, o Benfica tinha demonstrado ser a maior equipa da Europa. “Se tivéssemos jogado na Luz, como o Inter jogou em S. Siro, teríamos ganho por três ou quatro”, diria o treinador do Benfica no final do encontro. A entrega dos jogadores foi tal que o presidente, Comendador Adolfo Vieira de Brito, decidiu atribuir-lhes o prémio de jogo convencionado. Sob a arbitragem do suíço Gottfreed Dienst, o Inter apresentou a seguinte formação: Sartim; Picchi, Burgnich, Bedin, Guarneti e Fachetti; Suarez e Corso; Jair, Mazzola e Peiró. O Benfica, por seu turno, fez alinhar: Costa Pereira; Cavém, Germano, Raul e Cruz; Neto e Coluna; José Augusto, Torres, Eusébio e Simões. De regresso às lides caseiras, o Benfica sagrou-se campeão nacional em 1963-1964, o que começava a ser moda. O FC Porto ficava a seis pontos e o Sporting a uma distância duas vezes maior. O plantel incluía já António Fernandes (Yaúca) e Serafim Pereira, duas transferências muito badaladas à época. A temporada, teria, no entanto, a sua face trágica; a morte de Luciano Fernandes, ocorrida numa sessão de hidromassagem em pleno estádio e a doença súbita de Augusto Silva, em Santiago do Chile, que, acometido de um acidente vascular cerebral, ficou irremediavelmente perdido para o futebol. A trágica morte de Luciano enlutou o país e o seu funeral foi transmitido pela TV, para dezenas de países.



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tantas finais i sempre so com portugues !!