Londres é uma cidade cosmopolita, das mais vibrantes do mundo, onde tudo se conjuga: música, arte, cinema, moda, futebol. Não admira que a quem visita a capital britânica se apresente uma miríade de guias para todos os gostos:
A
Londres de Henrique VIII e das suas seis mulheres, a
Londres de Dickens com a sua fuligem e pobreza, a
Londres do «Jack, o Estripador» e as suas vítimas, a
Londres da
II Guerra Mundial e dos bombardeamentos, a
swinging London dos «sixties», ou a
Londres dos casamentos reais.
Londres há muitas, para todos os gostos e carteiras, só tem de escolher a sua.
E enquanto a bola não rola no relvado de
Wembley, o zerozero.pt preparou um guia para o amante do futebol que se desloque à capital inglesa, com o objectivo de guia-lo pelos locais mais marcantes da história e da actualidade do futebol londrino, mas também pela cultura e monumentalidade da capital inglesa.
Acompanhe-nos neste passeio pela cidade que Joe Strummer um dia disse que nos «chamava», mas sempre com uma bola por perto...
O futebol é um assunto de máxima gravidade em
Londres. Como um dia disse
Bill Shankly, o futebol «
não é uma questão de vida ou morte, é muito mais do que isso». Na cidade do Big Ben, mesmo que alguém não sinta uma particular paixão pelo pontapé na bola, todos acabam por saber a que tribos pertencem e quais são as suas cores, ou na melhor das hipóteses, quais não são.
A rivalidade mais lendária de todas é que a opõe
lillywhites a
gooners, perdão,
spurs a
gunners, traduzindo para leigos:
Tottenham vs
Arsenal. Dois velhos vizinhos que dividem a ladeira que desce de Hampstead em direção ao Tamisa.
Antes de tudo mais, o choque é cromático, de um lado estão os brancos, como lírios, imaculados, enquanto do outro lado está a força vibrante das camisolas vermelhas do
Arsenal.
Quando visitar a
Londres futebolística, comece então pelo nordeste da cidade e visite White Hart Lane, com um nome poético, o Beco do Veado Branco, a casa dos
spurs é terreno sagrado para os adeptos do clube, que apesar de só ter vencido dois campeonatos na sua história, conta com uma das maiores falanges de apoio da capital, apoio esse que se estende aos condados do sudeste da Grã-Bretanha, onde vivem alguns dos mais apaixonados
spurs.
Não muito longe, em Holloway, está o estádio dos
gunners, o Emirates Stadium, inaugurado em 2006 e a apenas 500 metros do antigo Highbury é um dos estádios mais modernos do mundo, orgulho do clube mais titulado da cidade. Contudo, o
Arsenal não nasceu aí, as suas origens remontam a Woolwich, na margem sul do Tamisa, a aproximadamente 17 quilómetros do atual estádio.
Os
gunners nasceram nas oficinas do Woolwich
Arsenal, famosas pelas peças que fabricavam para o exército - daí o nome e a alcunha bélica. O primeiro nome escolhido para o clube foi Dial Square, o que soava pouco viril. Resolveu-se então homenagear a fábrica (Woolwich
Arsenal) e o bairro (Royal Oak) onde ela estava localizada, mudando o nome para Royal
Arsenal. Royal caiu mais tarde e o clube acabou por se mudar para Highbury, onde "viveu" durante o século XX.
Depois de visitar o estádio dos dois «gigantes» da zona norte, aconselha-se uma visita ao novo Estádio de
Wembley. Se quiser um caminho rápido, poderá apanhar o
tube, na vizinha estação
Arsenal, a única estação de metro em todo o mundo, batizada em homenagem a um clube de futebol.
Camden, Regent's...
Para quem prefere seguir a máxima do poeta espanhol António Machado, então o caminho faz-se caminhando em direção a
Wembley, passando por Regents Park, visitando o Zoo de
Londres, sem pressas...
Se porventura for um fã dos Beatles nada como visitar Abbey Roade tirar uma foto na famosa passadeira que ficou imortalizada no álbum com o mesmo nome, ou na porta dos famosos estúdios. Nas traseiras de Regent's Park, pode ainda subir a Primrose Hill, onde do alto dos seus 78 metros, se pode desfrutar de uma maravilhosa vista panorâmica do centro da cidade.
Aos Domingos aproveite para fazer um pequeno desvio, pois não deve perder a oportunidade de visitar Camden e os seus famosos mercados, que se encontram encaixados entre Hampstead Road e o Regent's Canal.
Chegando à casa da selecção inglesa e ao palco das finais da
FA Cup, admire o maravilhoso arco que encima esta maravilha arquitectónica, um estádio de «cinco estrelas» construído no local onde antes existiu o Empire Stadium, conhecido mundialmente por
Wembley.
Já não poderá admirar as famosas torres que ornamentavam a entrada principal do antigo recinto, mas pode ainda admirar a estátua de Bobby More, o capitão que ergueu a Taça de Campeão do Mundo em 1966 e que faleceu prematuramente em 1993.
De South Kensington a Fulham
Depois de
Wembley aconselhamos um passeio por Notting Hill, visite o famoso mercado de rua de Portobello Road e respire a atmosfera descontraída que o deambular dos londrinos e dos turistas empresta a esta zona tão característica da cidade.
Em seguida pode continuar o caminho por Kesington Palace, admirar esta residência real onde em tempos vivia a Princesa Diana, conhecendo os seus famosos jardins, paredes meias com Hyde Park.
Mas antes de partir à descoberta do coração verde da capital inglesa, explore South Kensington, South Ken para os locais, em tempos conhecida como «Albertpolis», em honra do príncipe - casado com a Rainha Victoria - que orientou a construção dos Museus, colégios e instituições culturais e académicas que se encontram na zona, como os museus de História Natural e da Ciência, ou o famoso Victoria and Albert Museum, não esquecendo o Imperial College, o Royal College of Music, o Royal College of Art e o emblemático Royal Albert Hall, uma das mais celebradas salas de espetáculo do mundo.
Prossiga por Earls Court, um bairro que ainda guarda muita da calma que tinha nos seus tempos rurais, onde vale a pena perder-se pelas pequenas ruas, procurando as famosas placas azuis que "denunciam" habitantes famosos como Howard Carter, o arqueólogo que descobriu o túmulo de Tutankhamon, Freddy Mercury, Alfred Hitchcock, ou Diana Spencer, a futura Princesa de Gales. Seguindo então em direção à curva do rio, onde se ergue Craven Cottage, a sede do Fulham FC, pequeno clube, pertença do milionário egípcio Mohamed Al-Fayed, onde ainda pode encontrar a famosa cottage, a cabana, que dá nome ao estádio.
Continuando pelo bairro de Fulham em direcção a Fulham Road onde fica Stamford Bridge, a casa dos
blues. Poderá visitar a loja do
Chelsea FC e presentear-se com o merchandising do clube de Abramovic, um verdadeiro caso de sucesso no novo milénio.
Chelsea
Continue, atravessando
Chelsea, o bairro - onde o clube foi buscar o nome emprestado - que para muitos é a definição mais exacta da quintessência londrina. Hoje em dia é um dos bairros mais caros do mundo, mas nem sempre foi um dos bairros mais nobres da cidade, apesar de há muito ser um favorito entre os intelectuais e artistas. Foi em
Chelsea que viveram escritores como os irlandeses Johnatan Swift e Oscar Wilde, ou pintores como J. M. W. Turner e James Whistler, que ajudaram a emprestar uma certa aura de intelectualidade à zona.
Foi também neste bairro que nasceu o movimento Pré-Rafaelita e o próprio Dante Gabriel Rossetti viveu em Cheyne Walk, na rua onde mais tarde viveriam o Primeiro-ministro Lloyd George, os Rolling Stones Keith Richards e Mick Jagger, Marianne Faithfull, Vivianne Westwood ou a estrela do
Manchester United,
George Best, só para citar alguns nomes.
Foi em
Chelsea que viveram os Beatles e onde nasceu o movimento Punk. Foi também nesta zona da cidade, em Sloane Square, que o
Special One escolheu para viver enquanto era timoneiro dos blues. Mais uma vez, a procura das pequenas placas azuis é um dos desportos favoritos dos turistas que palmilham as elegantes ruas de
Chelsea.
Saindo de
Chelsea e antes de entrar em Buckingham passe pelo arco de Wellington e siga pela Constitution Hill que conduz directamente à residência de Sua Majestade Isabel II.
Depois de admirar um dos mais famosos palácios do mundo pode seguir até à Abadia de Westminster, epicentro da capital inglesa, palco dos casamentos reais e onde se encontram sepultados os grandes da história e cultura inglesa como Charles Darwin, William Blake, Charles Dickens, Isaac Newton, Jane Austen, ou onde também pode encontrar memoriais a Lord Byron, Winston Churchil, Francis Drake, William Shakespeare, ou as irmãs Brönte.
Seguindo em direcção ao sinuoso Tamisa pode maravilhar-se com a vista das Casas do Parlamento, que albergam o mais velho parlamento em funções do mundo, encimadas pelo carismático Big Ben e com a não menos iconográfica e recente London Eye a espreitar do outro lado do rio, aproveitando para tirar uma foto de postal em enquadramento com a estátua de Boadiceia, a rainha celta que liderou a revolta contra os romanos no primeiro século da era cristã.
Caminhando junto ao rio, deixando o Big Ben para trás, irá encontrar a Tate Britain, no Millbank, onde pode encontrar algumas das mais maravilhosas obras-primas da pintura inglesa, da autoria de pintores consagrados como J.M.W. Turner, John Constable, William Blake, Dante Gabriel Rossetti ou John Everett Millais.
A South Bank
Atravessando o Tamisa pela Vauxhall Bridge, encontra-se a dois passos de Kennington, onde se destaca o icónico The Oval, a casa do críquete, um desporto amado pelos ingleses, mas onde em tempos se jogava futebol e que foi o palco da primeira final da Taça de Inglaterra em 1872.
Suba em direção ao rio, contornando a estação de Waterloo, através da Lower Marsh, onde diariamente pode encontrar um mercado de rua que lhe apresenta barriquinhas com comida proveniente dos quatros cantos do mundo, do México ao Japão, da Áustria aos Camarões...
Quando chegar ao cruzamento encontrará o Old Vic Theater, um dos mais emblemáticos teatros londrinos, que conta com a direção artística do consagrado ator norte-americano Kevin Spacey.
Do outro lado do cruzamento, se quiser «fazer tempo» para esperar pelo começo de uma peça, junte-se aos londrinos que se distraem depois de mais um dia de trabalho, e beba um copo no The Fire Station, um bar e restaurante que se encontra num antigo quartel dos bombeiros, merecedor de uma visita.
Alguns metros acima na Waterloo Road está uma das mais movimentadas estações de comboios, Waterloo, onde através do metro ou comboio, consegue chegar num instante a qualquer lado da cidade...
Atrás da estação destaca-se a roda gigante, conhecida localmente como o olho de
Londres [
London Eye], de onde pode observar o famoso pôr-de-sol de Waterloo que os Kinks tornaram memorável.
Aproxime-se do rio até chegar à Blackfriars Bridge, depois aproveite para caminhar junto ao Tamisa, onde pode encontrar dois locais de visita obrigatória na cidade: a Tate Modern, uma instituição cultural de renome mundial e o Shakespeare's Globe Theatre, uma réplica do teatro original, onde o mais brilhante de todos os autores da língua inglesa, apresentou muitas das suas peças.
Se o Globe Theatre é um regresso ao passado, o
The Shard, com aproximadamente 310 metros de altura, é a apresentação do que poderá ser a
Londres do futuro. Inaugurado em 2012, é já um dos locais de visitas obrigatórias na cidade.
Para regressar à margem norte atravessando a Tower Bridge, não pode deixar de passar pela Torre de
Londres, cárcere histórico onde foram decapitadas Maria Stuart da Escócia, o autor da «Utopia» Sir Thomas More ou as esposas de Henrique VIII, e onde hoje em dia estão guardadas as jóias da coroa.
É aqui que pode encontrar os famosos beefeaters que guardam a Torre desde o século XV, juntamente com os corvos que segundo uma lenda, se um dia abandonarem o local, tal coisa significará o fim da Monarquia britânica. Talvez por isso as aves tenham uns ganchos nas asas que os impedem de voar para longe...
Deixando para trás a história dos reis e rainhas, segue-se a outrora decadente Whitechapel, onde viveu e morreu o «Homem Elefante», bairro onde tiveram lugar os crimes de Jack o estripador, cenário de romances e contos de Dickens com os seus pedintes e prostitutas cobertos de fuligem, berço dos movimentos operários na cidade, onde Lenine chegou a liderar manifestações aquando do seu exílio em
Londres.
Se chegar à Torre de
Londres às 19h30, poderá encontrar uma das diversas
tours a pé que levam os turistas, mas também os locais, a voltar ao século XIX, palmilhando as mesmas ruas em que Jack, o Estripador, caminhou à procura das suas vítimas. e
Continuando depois por Mile End poderá sentir um pouco das vibrações suburbanas até chegar a Stratford onde encontrará o novo Estádio Olímpico palco das Olímpiadas de 2012, que apesar de todo o transtorno provocado no dia-a-dia dos londrinos, já deixou uma aura de nostalgia e saudade na cidade..
A leste de Whitechapel encontra-se também a trendy Bricklane, onde entre lojas e galerias de arte, também poderá encontrar uma vibrante vida noturna, capaz de atrair londrinos de diversas idades, mas também o ocasional forasteiro de visita à cidade.
A City
Regressando em direção ao centro, passeie por
Liverpool Street, visite o
the Gherkin, o pepino, famoso arranha-céus da autoria de Norman Foster, que se levanta imponente no
skyline londrino.
De St. Mary Ax, onde está o Gherkin, até à Catedral de São Paulo, aconselha-se que atravesse a Love Lane, com a homenagem a William Shakespeare, antes de vaguear pelas pequenas ruelas que recordam uma
Londres que em tempos existiu, mas que os incêndios e as reconstruções dos séculos passados fizeram desaparecer.
St. Paul's é um dos ex-libris de
Londres. Famosa por ser o palco de funerais de figuras históricas como Lord Nelson, Winston Churchill ou mais recentemente
Margaret Thatcher, a Catedral também recebeu ocasiões festivas, como o casamento entre o Príncipe Carlos e a Princesa Diana.
Continuando para oeste, chegará ao West End, onde encontrará alguns dos locais mais famosos da cidade como: Trafalgar Square ou Picadilly Circus. No primeiro pode saciar o seu gosto por arte - e a pintura em particular - visitando a National Gallery e nas suas traseiras a não menos importante National Portrait Gallery; na segunda, pode simplesmente parar e observar o búlicio da grande cidade, onde muitos consideram ser o centro da cidade, onde todo o movimento parece convergir.
Aí bem perto ainda pode encontrar o Brittish Museum, enquanto a dois passos do Soho e de Covent Garden pode encontrar a Freemasons Arms Tavern, onde a 26 de Outubro de 1863 decorreu a reunião na qual se estabeleceram as principais regras do futebol atual, o que resultou na cisão definitiva entre os amantes do football e os do rugby, e levou à formação da the Football Association - a primeira federação do mundo.
Entre história, futebol e cultura,
Londres será a cidade ideal para o apaixonado do desporto rei, que procura sempre algo mais para além das «quatro linhas».
E para quem fez um passeio pela cidade do futebol, não há melhor lugar para beber um copo e brindar ao beautiful game que o histórico local que o viu nascer...Londres é uma cidade cosmopolita, das mais vibrantes do mundo, onde tudo se conjuga: música, arte, cinema, moda, futebol. Não admira que a quem visita a capital britânica se apresente uma miríade de guias para todos os gostos:
A
Londres de Henrique VIII e das suas seis mulheres, a
Londres de Dickens com a sua fuligem e pobreza, a
Londres do Jack o Estripador e as suas vítimas, a
Londres da
II Guerra Mundial e dos bombardeamentos, A swinging London dos sixties, ou a
Londres dos casamentos reais.
Londres há muitas, para todos os gostos e carteiras.
E enquanto a bola não rola no relvado de
Wembley, o zerozero.pt preparou um guia para o amante do futebol que se desloque à capital inglesa, com o objectivo de guia-lo pelos locais mais marcantes da história e da actualidade do futebol londrino.
Siga-nos pela capital oficiosa da Europa, a cidade que Joe Strummer um dia disse que nos «chamava».
O pontapé de saída é dado em White Hart Lane (A), casa do
Tottenham Hotspurs, clube situado no norte da cidade que apesar de só ter vencido dois campeonatos na sua história, conta com uma grande falange de apoio na capital e nos condados do sudeste da Grã-Bretanha.
Perto de White Hart Lane, em Holloway, está o estádio dos gunners, os grandes rivais dos
spurs.
O Emirates Stadium (B) construído em 2006 a apenas 500 metros do antigo Highbury é um dos estádios mais modernos do mundo, pertença do
Arsenal FC, que é de longe o clube mais titulado da cidade.
Depois de visitar o estádio dos dois «gigantes» da zona norte, segue-se uma visita ao novo Estádio de
Wembley (C).
Pelo caminho pode encontrar Regents Park, e se for um fã dos Beatles nada como visitar Abbey Road e tirar uma foto na famosa passadeira.
Chegando à casa da selecção inglesa e ao palco das finais da F.A. Cup, admire o maravilhoso arco que encima esta maravilha arquitectónica, um estádio de «cinco estrelas» construído no local onde antes existiu o Empire Stadium, conhecido mundialmente por
Wembley.
Já não poderá admirar as famosas torres que ornamentavam a entrada principal, mas pode ainda admirar a estátua de Bobby More, o capitão que ergueu a Taça de Campeão do Mundo em 1966.
Depois de
Wembley aconselhamos um passeio por Notting Hill, visite o famoso mercado de rua de Portobello Road e respire a atmosfera descontraída que o deambular dos londrinos e dos turistas empresta a esta zona tão característica da cidade.
Em seguida pode continuar o caminho por Kesington Palace, admirar esta residência real onde em tempos vivia a Princesa Diana. Seguindo por Earls Court chega a Craven Cottage (D), sede do Fulham FC, pequeno clube pertença do milionário egípcio Mohamed Al-Fayed.
Continuando pelo bairro de Fulham em direcção a Fulham Road onde fica Stamford Bridge (E) a casa dos Blues. Poderá visitar a loja do
Chelsea FC e presentear-se com o merchandising do clube de Abramovic.
Siga então por
Chelsea, para muitos a definição mais exacta da quintessência londrina, um dos bairros mais nobres da cidade, desde sempre um favorito entre os intelectuais e artistas. Foi em
Chelsea que viveram escritores como os irlandeses Johnatan Swift e Oscar Wilde, ou pintores como J. M. W. Turner e James Whistler. Foi neste bairro que nasceu o movimento Pré-Rafaelita e o próprio Dante Gabriel Rossetti viveu em Cheyne Walk, na rua onde mais tarde viveriam o Primeiro-ministro Lloyd George, os Rolling Stones Keith Richards e Mick Jagger, Marianne Faithfull, Vivianne Westwood ou a estrela do
Manchester United George Best, só para citar alguns nomes.
Foi em
Chelsea que viveram os Beatles e nasceu o movimento Punk. Foi também nesta zona da cidade, em Sloane Square que o Special One escolheu para viver enquanto era timoneiro dos blues.
Saindo de
Chelsea e antes de entrar em Buckingham passe pelo arco de Wellington e siga pela Constitution Hill que conduz directamente à residência de Sua Majestade Isabel II.
Depois de admirar um dos mais famosos palácios do mundo pode seguir até à Abadia de Westminster, epicentro da capital inglesa, palco dos casamentos reais e onde se encontram sepultados os grandes da história e cultura inglesa como Charles Darwin, William Blake, Charles Dickens, Isaac Newton, Jane Austen, ou onde também pode encontrar memoriais a Lord Byron, Winston Churchil, Francis Drake, William Shakespeare, ou as irmãs Brönte.
Seguindo em direcção ao sinuoso Tamisa pode maravilhar-se com a vista das Casas do Parlamento, que albergam o mais velho parlamento em funções do mundo, encimadas pelo carismático Big Ben e com a não menos iconográfica e recente London Eye a espreitar do outro lado do rio.
Atravessando para a margem sul do Tamisa, siga por Waterloo em direcção a Kennington e ao The Oval (F), a casa do criquete, um desporto amado pelos ingleses, mas onde em tempos jogou-se futebol e teve lugar a primeira final da Taça de Inglaterra em 1872.
Para regressar à margem norte atravessando a Tower Bridge, não pode deixar de passar pela Torre de
Londres, cárcere histórico onde foram decapitadas Maria Stuart da Escócia, o autor da «Útopia» Sir Thomas More ou as esposas de Henrique VIII, e onde hoje em dia estão guardadas as joías da coroa. É aqui que pode encontrar os famosos beefeaters que guardam a Torre desde o século XV, juntamente com os corvos que segundo uma lenda, se um dia abandonarem o local, tal coisa significará o fim da Monarquia britânica. Talvez por isso as aves tenham uns ganchos nas asas que os impedem de voar para longe...
A caminho do Estádio Olímpico
Deixando para trás a história dos reis e rainhas, segue-se a outrora decadente Whitechapel, onde viveu e morreu o «Homem Elefante», bairro onde tiveram lugar os crimes de Jack o estripador, cenário de romances e contos de Dickens com os seus pedintes e prostitutas cobertos de fuligem, berço dos movimentos operários na cidade, onde Lenine chegou a liderar manifestações aquando do seu exílio em
Londres, e continuando depois por Mile End poderá sentir um pouco das vibrações suburbanas até chegar a Stratford onde encontrará o novo Estádio Olímpico (G) que irá albergar os Jogos Olímpicos de 2012, e que será a futura casa do West Ham.
A City
Regressando em direcção ao centro, chegará ao West End, onde encontrará alguns dos locais mais famosos da cidade como: Trafalgar Square ou Picadilly Circus, e aí bem perto do Brittish Museum, a dois passos do Soho e de Covent Garden pode encontrar a Freemasons Arms Tavern (H), onde a 26 de Outubro de 1863 decorreu a reunião na qual se estabeleceram as principais regras do futebol actual, o que resultou na cisão definitiva entre os amantes do football e os do rugby, e levou à formação da the Football Association - a primeira federação do mundo.
E para quem fez um passeio pela cidade do futebol, não há melhor lugar para beber um copo e brindar ao beautiful game que o histórico local que o viu nascer...