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    Futebol Feminino nas Olímpiadas

    Texto por João Pedro Silveira
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    Apesar da sua longa história, o futebol feminino nos Jogos é um acontecimento relativamente recente, e só em 1996 é que se disputou o primeiro torneio olímpico, ao contrário da versão masculina do torneio que já remonta a 1900 e aos primeiros jogos disputados na «Cidade ##Luz»...

    Após muitos anos de discriminação, o futebol disputado por senhoras, fora admitido pela FIFA nos anos setenta. A organização mundial que gere o futebol  tinha oficializado o Campeonato do Mundo de futebol feminino em 1991. E foi por essa altura que começou a campanha para trazer o futebol feminino para os Jogos. Em ##Barcelona, tal ainda não era possível, mas em 1996 em Atlanta, nos E.U.A., a FIFA acordou realizar a primeira edição do torneio olímpico.
     
    Quando em 1995 se disputou a segunda edição do mundial, já estava confirmada a presença das «meninas» nos Jogos de Atlanta, utilizando o mundial, como forma de qualificação para os jogos. Os Estados Unidos, que eram então a maior potência no futebol feminino, viram na possibilidade de incluir a modalidade no rol de provas olímpicas, como mais uma oportunidade de conquistar uma medalha e ver subir a «stars and stripes» ao som da «Star Spangled Banner»...
     
    Atlanta 1996
     
    Nos jogos realizados na cidade da Coca-cola, onde curiosamente nenhum encontro se disputou efetivamente na cidade que recebeu as olímpiadas, houve estádios cheios, muita emoção. Oito equipas divididas em dois grupos, deram espetáculo e promoveram o futebol feminino como nunca antes.
     
    Mia Hamm, a grande estrela e campeã da seleção estado-unidense.
    Nas bancadas, um público que associava o «soccer» ao desporto feminino, vibrava com as partidas, enquanto por outro lado, o torneio masculino era depreciado pelo desinteresse que provocava e pela falta de emoção. Em terras do «Tio Sam», o futebol é literalmente um jogo para meninas, e os jogos para homens são o beisebol, o basquetebol ou o hóquei em gelo...
     
    Os E.U.A. ficaram colocadas no grupo E, disputado em Orlando e Miami na Florida. Num grupo complicado, com chinesas, dinamarquesas e suecas, as norte-americanas bateram a concorrência nórdica, cedendo apenas um empate com as asiáticas, ficando em segundo lugar, por culpa da diferença de golos.
     
    No outro grupo, a Noruega venceu o Japão e a Alemanha, empatando com o Brasil, garantindo assim as escandinavas e as sul-americanas, o passaporte para as meias-finais, onde as chinesas venceram as brasileiras por 3x2, enquanto as americanas tiveram que sofrer para vencer após prolongamento, a forte seleção norueguesa. 
     
    Enquanto as norueguesas reclamavam o bronze, as norte-americanas, fortemente apoiadas pelo seu público, e lideradas por Mia Hamm, bateram as chinesas e conquistaram o ouro.
     
    Sidney 2000
     
    Nos Jogos disputados do outro lado do mundo, voltaram a apresentar-se oito equipas, divididas em dois grupos, com a Austrália como organizadora a estrear-se, tal como a Nigéria, que se tornava assim a primeira representante do continente africano.
     
    Nos jogos disputados em Sidney, a Noruega conseguiu vencer a medalha de Ouro, quebrando a hegemonia dos E.U.A.
    O grupo E foi dominado pelas alemãs, com três vitórias que valeram nove pontos, e  pelas brasileiras, com duas vitórias e seis pontos, muito à frente da fraca concorrência de Suécia e Austrália.
     
    Por sua vez no grupo F, as norte-americanas e as norueguesas deixaram a China pelo caminho, enquanto a Nigéria saía de prova com três derrotas, mas com a consolação de ter marcado golos em todos os jogos...
     
    Nas meias-finais a Noruega afastava a Alemanha e os E. Unidos impunham-se ao Brasil, obrigando as sul-americanas a ficar outra vez à porta da final, não obstante as grandes exibições de Pretinha. Na atribuição do bronze, a Alemanha bateu o Brasil, e na final, a Noruega roubou o ouro às americanas, confirmando o estatuto de grande potência.
     
    Atenas 2004
     
    Os jogos na capital helénica apresentaram um novo formato, com dez equipas divididas por três grupos, de onde as oito melhores se qualificavam para os quartos-de-final. Só duas equipas ficavam eliminadas na primeira fase e a rifa saiu às gregas e as chinesas, sendo as asiáticas goleadas pela Alemanha por 0x8, numa grande exibição de Birgit Prinz.
     
    Marta, a melhor jogadora do mundo, ajudou o Brasil a chegar à sua primeira final.
    Nos quartos, o Brasil esmagou o México (5x0), enquanto Alemanha, E.U.A. e Suécia venciam os seus adversários pelo mesmo resultado (2x1). O 2x1 foi um resultado que caiu no goto das americanas, que acabaram por vencer as alemãs na meia-final e as brasileiras no jogo decisivo, exatamente pelo mesmo resultado, conquistando a sua segunda medalha de ouro no torneio olímpico.
     
    Pequim 2008
     
    Novo alargamento, desta feita para doze equipas, divididas novamente em três grupos. A RP China, tentando recuperar da má imagem deixada na Grécia, superou o seu grupo E, vencendo a oposição de suecas, canadianas e argentinas.
     
    A guarda-redes Hope Solo, foi a peça fundamental na terceira vitória das norte-americanas na competição.
    No grupo F brasileiras e alemãs carimbaram sem problema a passagem à fase seguinte, enquanto no grupo G, E.U.A., Noruega e Japão também garantiram a qualificação com facilidade.
     
    O Brasil, com Marta em grande forma, eliminou a ex-campeã olímpica Noruega nos quartos e goleou a campeã do Mundo Alemanha com um histórico 4x1, garantindo a presença na final.
     
    Por sua vez, a China seria surpreendida pelo Japão, que chegaria pela primeira vez às meias-finais, onde cedeu à maior experiência de Hope Sole e companhia. 
     
    Na grande final, no Estádio dos Trabalhadores de Pequim, as comandadas de Pia Sundhage venceram após prolongamento, graças ao golo solitário de Carli Lloyd. 
    Pequim 2008
    Novo alargamento, desta feita para doze equipas, divididas novamente em três grupos. A RP China, tentando recuperar da má imagem deixada na Grécia, superou o seu grupo E, vencendo a oposição de suecas, canadianas e argentinas.
    No grupo F brasileiras e alemãs carimbaram sem problema a passagem à fase seguinte, enquanto no grupo G E.U.A., Noruega e Japão também garantiram a qualificação.
    O Brasil, com Marta em grande forma, eliminou a ex-campeã olímpica Noruega nos quartos e goleou a campeã do Mundo Alemanha com um histórico 4x1, garantindo a presença na final.
    Por sua vez, a China seria surpreendida pelo Japão, que chegaria pela primeira vez às meias-finais, onde cedeu à maior experiência de Hope Sole e companhia. 
    Na grande final, no Estádio dos Trabalhadores de Pequim, as comandadas de Pia Sundhage venceram após prolongamento, graças ao golo solitário de Carli Lloyd. 
    Atlanta 1996
    Nos jogos realizados na cidade da Coca-cola, onde curiosamente nenhum encontro se disputou efetivamente na cidade de Atlanta. 
    Estádios cheios, muita emoção e oito equipas divididas em dois grupos, deram espetáculo e promoveram o futebol feminino como nunca antes.
    Num grupo complicado com chinesas, dinamarquesas e suecas, as norte-americanas bateram a concorrência nórdica, cedendo um empate com as asiáticas, ficando em segundo lugar, culpa de diferença de golos.
    No outro grupo, a Noruega venceu o Japão e a Alemanha, empatando com o Brasil, garantindo assim as escandinavas e as sul-americanas, o passaporte para as meias-finais, onde as chinesas venceram as brasileiras por 3x2, enquanto as americanas tiveram que sofrer para vencer após prolongamento, a forte seleção norueguesa. 
    Enquanto as norueguesas reclamavam o bronze, as norte-americanas, fortemente apoiadas pelo seu público, e lideradas por Mia Hamm, bateram as chinesas e conquistaram o ouro.
    Os Estados Unidos, que eram então a maior potência no futebol feminino, viram na possibilidade de incluir a modalidade no rol de provas olímpicas, como mais uma chance de conquistar uma medalha e ver subir a «stars and stripes» ao som da «Star Spangled Banner»...O futebol feminino nos Jogos é ainda algo recente, e só em 1996 é que se disputou o primeiro torneio, ao contrário da versão masculina que remonta a 1900...
    A FIFA tinha oficializado o Campeonato do Mundo de futebol feminino em 1991, quando começou a campanha para trazer o futebol feminino para os Jogos. 
    Quando em 1995 se disputou a segunda edição do mundial, já estava confirmada a presença das «meninas» nos Jogos de Atlanta, que iam realizar-se no ano seguinte.
    Os Estados Unidos, que eram então a maior potência no futebol feminino, viram na possibilidade de incluir a modalidade no rol de provas olímpicas, como mais uma chance de conquistar uma medalha e ver subir a «stars and stripes» ao som da «Star Spangled Banner»...

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