Vida difícil para o Sporting no Grupo F da Liga dos Campeões. Os leões sofreram a segunda derrota em três jogos, esta terça-feira, na receção ao Borussia Dortmund (1x2) e estão a quatro pontos da dupla constituída pelo Real Madrid e os germânicos. A próxima deslocação é precisamente à Alemanha, a 2 de novembro, onde só uma vitória mantém o clube de Alvalade «vivo» na luta por um lugar nos oitavos-de-final.
Antes do encontro de Alvalade havia uma questão central a marcar a partida: a onda de lesões do Borussia Dortmund. Criou-se a falsa questão de uma equipa fragilizada, mas o que se viu esta terça-feira à noite em Lisboa foi um conjunto recheado de soluções para lá das evidentes; a equipa de Tuchel foi claramente superior na segunda parte e na segunda soube sofrer.
Houve pouca coisa a funcionar corretamente na equipa do Sporting no primeiro tempo. Sem Adrien Silva, por exemplo, o meio-campo empanca e abre buracos. William Carvalho não chega para tudo e Elias está longe de ser um garante. O segundo golo do Dortmund, apontado por Julian Weigl (43'), é o exemplo claro do falhanço que foi o meio-campo verde e branco; William não foi, Elias ameaçou ir mas falhou e o médio alemão disparou sem hipóteses para Rui Patrício.
A verdade é que até aos nove minutos o Sporting até esteve por cima. A equipa de Jorge Jesus – que voltou a estar ausente do banco devido a castigo – entrou bem, sobretudo na forma como William Carvalho foi servindo os homens da frente com passes longos e na já habitual irreverência de Gelson Martins.
Até que o minuto nove em Alvalade marcou a partida. Primeiro porque Bas Dost foi derrubado na área do Borussia Dortmund sem que Damir Skomina tenha assinalado a respetiva grande penalidade; e porque no mesmo minuto chegou o primeiro golo dos alemães. Aubameyang escapou em velocidade a Rúben Semedo na meia esquerda e à saída de Rui Patrício «picou» a bola com toda a serenidade.
Foi o toque que o leão precisava para, finalmente, mostrar as garras. Bas Dost esteve a centímetros do empate minutos depois e Bürki tirou o «pão da boca» ao holandês a um quarto de hora do fim. O pressing final abriu, naturalmente, espaços e Pulisic podia ter acabado com a história aos 78 minutos, mas o remate embateu na trave; quatro minutos depois foi novamente o Sporting a «cheirar» o empate, mas André chegou ligeiramente atrasado ao cruzamento de Gelson.
O Sporting pagou caro meia parte de sonolência e vai ter agora de fazer contas e somar pontos para não deixar a Champions ainda antes do natal.