Em antevisão ao duelo deste sábado no terreno do Marítimo, Nuno Espírito Santo atirou boa parte da pressão no que toca à jornada para o rival Benfica. Vencer na Madeira, indicou o técnico portista, fará com que os encarnados entrem em campo em Vila do Conde como segundos classificados. São factos, mas para que tal se verifique e para que o Benfica fique sob essa pressão é preciso, antes de mais, que os dragões tragam três pontos da Madeira. E diz a história que há poucos terrenos tão difíceis como este para o FC Porto.
Olhando apenas ao presente século, aliás, apenas a Luz e Alvalade deram menor percentagem de vitórias ao FC Porto. Em 18 deslocações aos Barreiros desde 2000/01, os dragões venceram apenas 8 vezes, o que equivale a 44% das partidas. Retirando então as idas aos terrenos dos dois rivais lisboetas, não há de momento terreno mais difícil para o FC Porto entre todas as equipas que disputam a Liga NOS do que o reduto do Marítimo, olhando à percentagem de vitórias azuis-e-brancas.
A percentagem de vitórias do FC Porto no terreno do Marítimo é, aliás, a mais baixa entre os três grandes neste século. O Benfica venceu 53% das partidas nos Barreiros e o Sporting venceu 61%, sendo o clube grande que se tem dado melhor neste terreno minado.
Do outro lado estará uma equipa que ocupa por agora o último lugar de qualificação para a Liga Europa e que procura segurar esse estatuto perante a ameaça do Rio Ave, que terá também um dos grandes pela frente nesta ronda. Além do interesse que desperta esta partida no que toca à luta pelo título, portanto, também a luta pela Europa poderá ficar mais esclarecida.
Esta é a grande questão no que toca à equipa do FC Porto. Maxi Pereira está castigado, depois da expulsão diante do Desportivo de Chaves, e por isso não é opção para este encontro. Olhando ao plantel portista, Miguel Layún seria a escolha mais natural, pelas suas características, para ocupar o seu lugar, mas Nuno Espírito Santo teve ideias diferentes.
De forma algo surpreendente, o técnico portista deixou o mexicano no continente e levou, por outro lado, Fernando Fonseca à Madeira. Titular da equipa B no lado direito da defesa, é assim a única opção de raiz para o lugar de lateral-direito. Uma aposta arriscada, face à juventude do jogador (20 anos) e ao facto de este nunca ter representado a equipa principal portista.
O treinador poderá, no entanto, lançar mais uma cartada surpresa e colocar outro jogador nessa posição. Willy Boly é hipótese, tal como Héctor Herrera, que constituiria uma surpresa das grandes.
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Marítimo | FC Porto | |||
8 | 6 | Posição | 2 | 7 |
8 | 47 | Pontos | 72 | 7 |
8 | 32 | Golos marcados | 65 | 7 |
8 | 30 | Golos sofridos | 14 | 7 |
8 | 28 | Jogos | 31 | 7 |
8 | 6 | Golos Marcados | 15 | 7 |