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Emblema açoriano ficou em segundo na Série C

Ricardo Pessoa, Lusitânia dos Açores: «O Vitória FC é o favorito»

2024/04/17 12:43
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Limianos, Pevidém, Amarante, São João de Ver, União de Santarém, Lusitânia dos Açores, Vitória FC, Moncarapachense. São estes os oito clubes que irão disputar a subida à Liga 3. Na antecâmara da fase de todas as decisões no Campeonato de Portugal, o zerozero conversou com os oito treinadores que vão lutar pela promoção de escalão. 

O Lusitânia dos Açores carimbou o segundo lugar da Série C do Campeonato de Portugal e tem, agora, oportunidade de lutar por um lugar da Liga 3. A distância de apenas um ponto para terceiro classificado Marinhense dá uma nova vida aos insulares. 

Ricardo Pessoa
2023/2024

28 Jogos
16 Vitórias
6 Empates
6 Derrotas

42 Golos
26 Golos sofridos

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Foram cinco as derrotas somadas pelos açorianos ao longo da primeira fase - as mesmas do U. Santarém -, mas o maior número de empates ditou a classificação.

Ricardo Pessoa, treinador já conhecido do panorama do futebol português pela ligação de mais de uma década ao Portimonense, foi quem levou o Lusitânia dos Açores ao Campeonato de Portugal e pode subir mais um escalão.

Os adversários? União de Santarém, Moncarapachense e Vitória FC. Tudo arranca no próximo dia 21 de abril.

«Nunca podemos descurar algo que nos aparece à frente»

zerozero (zz): Como descreve o trajeto do Lusitânia dos Açores até chegar a esta fase?

Ricardo Pessoa (RP): É um trajeto cheio de louvor para aquilo que os meus jogadores fizeram. A expectativa era fazermos uma manutenção tranquila, porque sabemos que, nos últimos jogos, é sempre muito complicado. Nós queríamos fazer um campeonato tranquilo e livrar-nos da aflição das últimas jornadas. A verdade é que, a meio deste percurso, e quando tivemos uma série de seis vitórias consecutivas e tivemos 13 jogos sem perder, nós acreditámos que, se calhar, podíamos chegar às últimas jornadas e estar na luta.  

Lusitânia dos Açores
Campeonato de Portugal 2023/24
26J
15V
6E
5D
40-22G

A partir desse momento, acho que, estando na luta e mesmo não sendo os objetivos que tínhamos desde o início, nunca podemos descurar algo que nos aparece à frente e que deu muito trabalho. O sucesso dos meus jogadores veio do trabalho deles. Não podíamos deixar de lutar por algo que deu tanto trabalho para conquistar.

zz: Como o objetivo era a manutenção, dentro do plantel, como é esse sentimento, após conseguirem chegar à fase de subida?

RP: É um sentimento de satisfação e, acima de tudo, de se poderem afirmar e de mostrar que podem competir com os melhores. No final de contas, foi a capacidade deles para lutar com os melhores para atingir outros objetivos e é uma lição para todos eles de que nunca podemos dizer que há um limite para quando se trabalha bem e quando se está focado simplesmente no trabalho.

Como isso aconteceu desta forma, é também uma lição de que não podemos pôr limites quando as coisas são bem feitas. É mérito total deles que acreditaram e, a partir de certa altura, meteram na cabeça que era possível e fomos todos juntos atrás de um objetivo que fomos conquistando a meio do campeonato.

zz: Esta é a primeira vez em que o Lusitânia dos Açores pode vir a estar presente na Liga 3, desde a criação da prova. Acha que este facto, aliado à série menos regular de resultados do final da primeira fase, pode dar uma grande motivação à equipa - quer por poder inverter o ciclo, como de «escrever história»?

RP: O clube tinha andado numa fase de grande instabilidade e, por isso, quando subimos o ano passado do Campeonato dos Açores para o Campeonato Nacional, o facto de termos como objetivo a manutenção era exatamente esse: estabilizar o clube nas provas nacionais, algo que já não acontecia há muito tempo.

E, independentemente do que venha a acontecer, esse objetivo de manter a estabilidade nas provas nacionais, tem de se manter e, independentemente de termos mais sucesso ou menos sucesso, é primordial para o clube continuar nas provas nacionais.

Nesta fase, não faria sentido não a disputar com a mesma vontade, com os mesmos objetivos que as outras equipas, apesar de não sermos favoritos nem candidatos. Acima de tudo, está a sustentabilidade do clube, porque isto também, a nível financeiro, faz mexer com os clubes - o sobe e desce - e nós também não queremos isso.

«O Campeonato de Portugal já foi difícil, agora está a nata»

zz: O que espera desta fase de subida? União de Santarém, Moncaparachense e Vitória FC são os adversários que se seguem.

RP: O Campeonato de Portugal já foi difícil, agora está a nata, ou, pelo menos, estão os melhores do ano. O Vitória FC é, na minha opinião, o candidato favorito por toda a história que o clube tem. Eu conheço-o bem, cresci lá desde os 12 anos, portanto, é um clube que também me diz muito. Teve, nos últimos anos, uma queda muito grande, mas o lugar do Vitória FC é lá em cima. 

O União de Santarém, há dois anos, estava na Liga 3, portanto, quer regressar rapidamente. O Moncarapachense, sendo uma equipa que desceu o ano passado, e fazendo este percurso, obviamente, tem como principal foco subir. 

E nós somos, neste caso, o outsider, porque não estava nos planos. Viemos do Campeonato dos Açores, ou seja, do distrital e com poucos ou quase nenhum jogador com experiência destas competições ou deste nível de competições já estas fases mais avançadas.

Uma coisa é certa, vamos disputar todos os pontos para conseguir conquistá-los, até porque não faria sentido se não os viéssemos disputar, dávamos o lugar ao outro, e não faz parte da nossa identidade. A nossa identidade é disputar todos os pontos, todos os jogos, para ganhar, sabendo que não temos esse favoritismo.

zz: Qual é a mensagem que pretende deixar aos adeptos? 

RP: Acho que estes jogadores já merecem toda a consideração da massa adepta e dos sócios do Lusitânia. Nós gostaríamos que, nesta fase final, principalmente nestes três jogos em casa, marcassem presença de uma forma maciça para demonstrar também que estão com os jogadores e estão com o clube.

Como não vivíamos nesta esfera há muito tempo, e com esta ansiedade de grandes jogos, de andar a disputar os lugares de cima, acho que era juntar o útil ao agradável, e a presença deles seria extremamente importante, sabendo sempre, desde o início, que vamos sempre respeitar a história do Lusitânia, mas sempre olhar para o futuro.

As bancadas nos Açores, no duelo entre Lusitânia e Benfica @Miguel Cardoso / Kapta+

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