Novo teste à liderança encarnada

Os treinadores teimam em garantir que a pressão é algo que dificilmente entra na mente dos jogadores. Em determinados momentos, procuram mesmo transformar essa tal pressão em algo positivo e que sirva apenas de alavanca para a necessidade de conquistar os três pontos. Mas será que não existe mesmo?

Numa altura em que faltam apenas quatro jornadas para o fecho do Campeonato português, a verdade é que o Benfica segue na liderança da prova, com mais três pontos face ao segundo classificado FC Porto, e qualquer deslize pode ser fatal para que o comboio rumo ao tetracampeonato não chegue ao destino.

A próxima paragem é na Luz e o adversário é o Estoril Praia, equipa agora orientada por Pedro Emanuel. O jovem treinador tem feito um trabalho bastante meritório no emblema canarinho e a manutenção está praticamente assegurada. Este será o quarto duelo entra as duas equipas, esta época, sendo o balanço positivo a favor das águias – duas vitórias e um empate.

A equipa de Rui Vitória ainda não perdeu em casa neste campeonato, somando, no total, 21 jogos sem conhecer o sabor da derrota perante o seu público e ainda 42 jogos (!) sempre a marcar no estádio da Luz.

Já o Estoril atravessa uma das melhores fases da temporada, marcada pelo futebol positivo de Pedro Emanuel, e chega ao estádio da Luz depois de dois triunfos consecutivos no Campeonato – Belenenses (1x3) e Vitória de Setúbal (3x0). Além disso, os canarinhos, juntando todas as competições, não perdem fora de portas há seis jogos!

Goleadas afastaram fantasma do passado

O histórico de confrontos é francamente positivo ao Benfica. Nas últimas três últimas receções ao Estoril, a contar para o Campeonato, os encarnados venceram sempre e com uma diferença de golos convincente: 12 golos marcados contra zero sofridos – 2x0, em 2013/2014; 6x0, em 2014/2015; 4x0, em 2015/2016.

O registo é um bom tónico para a equipa de Rui Vitória, embora o fantasma de 2012/2013 ainda não esteja totalmente esquecido para os lados da Luz. Afinal, o empate (1x1) consentido na altura complicou as contas de um título que viria a escapar da Luz para o Dragão.