A Liga Portugal, num momento em que o Mundo tem atravessado uma das piores fases nos últimos anos devido à pandemia Covid-19, tem entrevistado os responsáveis do departamento médico dos clubes profissionais portugueses, de maneira a que se saiba um pouco mais por trás da situação de cada equipa e também o estado atual da pandemia. Desta vez, foi Nélson Puga, Diretor do Departamento de saúde do FC Porto, que partilhou a sua visão e revelou como o FC Porto está a reagir.
«Do ponto de vista clínico, são os próprios recursos imunitários da pessoa que fazem com que consigamos vencer a doença. Por isso, quem está mais debilitado tem mais problemas, tem mais dificuldade e a esperança está em conter a progressão da doença e todas estas medidas que agora foram adotadas eram essenciais», começou por dizer Puga antes de aconselhar os portugueses.
«Isolamento social é fundamental nesta altura para cortar a cadeia de contacto. Muita higienização das nossas mãos, muita lavagem diária, usar e abusar de lavar as mãos, e em particular sempre antes de nos alimentarmos. O mínimo dos mínimos sair de casa. Às encomendas que chegam a nossa casa, desinfetá-las, basta um simples detergente e diminuir o risco de que elas venham também contaminadas», destacou o Diretor do Departamento de saúde do Porto.
«Esta doença não é muito mortal, mas é mortal para os idosos e para os mais debilitados. Cerca de 2% das pessoas vão ter doença grave. Se a dada altura tivermos 100 mil infetados, vai ser muito complicado, mas se nós tivermos um milhão de infetados, não temos capacidade de resposta, sobretudo se forem num curto espaço de tempo. Foi o que aconteceu em Itália. Se não tivermos meios para tratar essas pessoas, a taxa de mortalidade vai subir nas pessoas mais velhas ou mais novas, à volta dos tais 2%», finalizou.