É um tema recorrente, mas a UEFA quer evitá-lo na Liga dos Campeões. Temos visto tempo de compensação cada vez mais prolongados no mundo do futebol, mas o organismo que rege o futebol europeu quer fugir a esse cenário na maior prova de clube do Mundo.
Esta questão do tempo adicional «inflacionado» surgiu como uma diretriz da International Football Association Board (IFAB) como forma de combater as constantes perdas de tempo verificadas no decorrer do tempo regulamentar e foi implementada na larga maioria dos campeonatos europeus, incluindo o português, onde se têm visto tempo de compensação a rondar os 10 minutos com maior frequência.
Ora, apesar de se tratar de uma diretriz da IFAB, surgiram várias críticas entre os variados intervenientes desportivos, como por exemplo Kevin de Bruyne, jogador do Manchester City, e, agora, a própria UEFA veio a público afirmar que não pretende seguir essa regra na Liga dos Campeões, para salvaguardar os jogadores.
«Nós [o mundo do futebol] não ouvimos os jogadores e treinadores. Em Inglaterra sabem isso ainda mais do que nós, porque tem mais jogos. E agora somamos provavelmente seis, sete minutos a mais por jogo: são quase 500 minutos a mais por temporada. São seis jogos. É de loucos. É demais, então não faremos isso. Seguiremos as nossas diretrizes», afirmou Zvonimir Boban, diretor de desenvolvimento técnico da UEFA, numa conferência de imprensa levada a cabo com vários órgãos de comunicação social, no Monaco.
«Há algo mais importante do que a precisão do tempo adicional. Porque é que as pessoas gostam tanto da Liga dos Campeões? Porque é intensivo, é fantástico, os jogadores nunca param. Dizemos aos nossos árbitros para acelerarem o reinício do jogo em vez deste foco nos descontos», acrescentou Roberto Rosetti, diretor de arbitragem da UEFA.