Inédito! Pela primeira vez na história, o Chile venceu a Copa América. Num jogo de nervos e longe de ser brlhante, foram 120 minutos sem golos até às grandes penalidades, onde os argentinos se mostraram descrentes e com pouca pontaria (só Messi marcou), frente a um Chile extasiado pela possibilidade concretizada de conseguir o primeiro título da sua história no torneio que organizou. Noite longa em Santiago.
Sul-americanos na final da #UCL e Copa América: 2015: Bravo, Vidal #CHI, #Messi, Mascherano #ARG 2007: Mascherano #ARG #playmaker
— playmaker stats (@playmakerstats) 4 julho 2015
Só que a Argentina não é a Bolívia, o México ou qualquer outra seleção no capítulo defensivo. Disciplinados, com sentido posicional e com frieza europeia sob o comando de Mascherano, os homens mais recuados da albiceleste sempre souberam onde estar para anular o adversário.
Depois de garantida a segurança defensiva, era tempo de explorar o ataque. Na segunda metade do primeiro tempo, pois até aí o Chile foi sempre fechando os caminhos - sobretudo depois de perceber que o árbitro tinha um critério relativamente largo.
Jogadores #ARG + jogos em 2014/15: 63 #Lionel#Messi 57 Pastore 53 Mascherano #playmaker #FinalCA2015
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Sobrava Pastore, o melhor. Em grande forma, o médio do Paris SG voltou a demonstrar categoria, só que pouco acompanhado. Por isso, acabou por ir perdendo gás, como os colegas..
Um pouco como o jogo: com muitos e muito bons executantes, mas algo vencidos pelo pragmatismo. Na segunda parte, como na primeira, era a intensidade o grande ponto de interesse, pois lances de real perigo... escassos.
Na única vez que o país organizador foi obrigado a decidir a final no prolongamento, venceu-a nos penáltis (Uruguai 5-3 Brasil - 1995)
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Os últimos minutos voltaram a ter um jogo mais intenso, primeiro porque o Chile percebeu que, do outro lado, estava uma Argentina desgastada, depois porque a ansiedade encolheu os chilenos e quase permitia o golo de ouro a Higuaín no último suspiro do desafio.
O prolongamento poderá definir-se pela palavra «sofrimento». Já sem grande discernimento, as duas equipas tentaram ter algum rigor no início, mas o cansaço tirava lucidez. Mais espaço, mais oportunidade para desequilibrar. Menos para Messi, que não aparecia.
Bem espremido, o prolongamento foi a fase mais interessante do desafio. Longe de ter sido bem jogado, foi emocionante. Só que era noite de desacerto (Alexis que o diga, quando se isolou e atirou por cima). Só os penáltis decidiriam. E, aí, Higuaín fez um disparate, Bravo foi... bravo e Sánchez arrumou a questão com um toque de classe.
Das 2 vezes que um país organizador foi obrigado a disputar as grandes penalidades, venceu a Copa América: 1995 Uruguai 2015 #CHI #playmaker
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Vidal: um verdadeiro monstro no miolo do Chile! Um motor ao longo de toda a competição, com uma regularidade impressionante. Vingou-se da final perdida em Berlim, com a Juventus.
Lesão de Di María: já tinha falhado a final do Mundial há um ano por lesão e, nesta, acabou por sair na primeira parte, depois de um sprint que lhe picou o músculo. Prémio do azar para o jogador do Manchester United.