Atualmente a jogar na Kings League, competição criada por Piqué, ex-jogador do Barcelona, ao serviço do Ultimate Móstoles, o antigo avançado espanhol Alberto Bueno voltou a recordar os tempos no FC Porto, entre 2015 e 2018, com alguma amargura e críticas à mistura.
«Sempre tentei ser bastante autocrítico, reconhecer que também me equivoquei em algumas coisas. Mas a continuidade que me foi prometida nunca existiu. E quando um jogador tem pouca continuidade, claro que é difícil chegar ao seu melhor nível. Não digo isso por me considerar mais do que os outros. Mas penso que estava à altura dos enormes jogadores que lá jogavam. E que numa equipa como o FC Porto, que luta por tudo, é ofensiva, com um futebol para vencer todos os jogos… A minha forma de jogava casava perfeitamente. Mas nada. Quando não me punham fora da minha posição, tinha apenas uns minutos. Assim era muito difícil», começou por dizer, em entrevista ao diário espanhol AS.
«Os jogadores são mitificados. As pessoas, de fora, acreditam que temos uma vida idílica, que tudo nos sorri, que como fazemos o que gostamos e ganhamos dinheiro, não podemos reclamar. Mas não. A vida de um jogador de futebol tem muitos altos e baixos. No Porto as coisas não foram bem geridas: não aceitaram propostas por mim, o que fez com que os clubes se afastassem cada vez mais. E depois, a rotina, onde me desceram para a equipa B. Isso não foi justo, não foi. Eu merecia ser tratado como um membro da equipa titular. Hoje é algo que analiso como um processo de ensino, que me amadureceu. Mas foi difícil.»
Alberto Bueno chegou ao Dragão em 2015, proveniente do Rayo Vallecano, mas apenas fez oito jogos pela equipa principal na sua primeira época, seguindo-se três empréstimos consecutivos, em duas épocas, antes de terminar ligação ao FC Porto e rumar ao Boavista.