Na manhã desta terça-feira, Sérgio Conceição aproveitou a conferência de imprensa de antevisão ao duelo frente ao Vitória SC — segunda mão da Taça de Portugal — para confirmar o afastamento de Iván Jaime, Sánchez, Toni Martinez e André Franco da equipa principal do FC Porto, além de deixar críticas à relação entre árbitros e VAR, destacando o jogo com o Estoril (1-0).
«Não há questão. Gostava que falassem dos áudios que vieram cá para fora, do Francisco no Estoril, mas pegam no que é sempre mais apimentado. Foi um tema que saiu esta manhã na comunicação social. O jogo com o Estoril já passou; podíamos ter ficado, antes de um dérbi, a quatro pontos, mas foi revertido, entretanto, uma grande penalidade que, de forma excessiva, foi revertida. Já passou, não há nada a fazer. O que me espanta é o árbitro, o comandante do jogo, estar quase a pedir a bênção do VAR para anular a grande penalidade. Se olharem para o áudio, é inacreditável. Já não sei quem manda, se é o árbitro ou o VAR. Têm de vir cá explicar o que diz o protocolo, que eu já não percebo nada. Há uma estatística muito interessante, entre as faltas e os vermelhos. Somos a equipa que precisa de menos faltas para ter vermelhos. Precisamos de 45 faltas para ver um vermelho. O SC Braga, por exemplo, é a última equipa e precisa de 300 e tal faltas para ter um vermelho. O Sporting anda lá perto e o Benfica tem menos», começou por dizer.
«Eu não vou discutir. Mas eu agora tenho de justificar o meu trabalho? Tenho de justificar se acho que há um grupo de três, quatro, seis, sete jogadores que precisa de mais trabalho físico ou de finalização? É meter cá para fora situações onde não há nada a dizer. Decido eu, como treinador. Não há mais a dizer. Para se jogar no FC Porto, não basta ter contrato, é preciso algo mais. Enquanto for assim, estamos todos de acordo e toda a gente percebe o que quero dizer», acrescentou.
Sérgio Conceição comentou ainda os motivos para o insucesso desta época: «Eu falo do FC Porto. Eu disse o que disse no final do jogo e mantenho o que disse. O Diogo Costa disse também e achei que as declarações dele, depois do jogo, foram assertivas. Depois, cabe-nos a nós trabalhar. Há uma coisa que vos digo: após uma derrota - que, para mim, um empate é uma derrota -, venho para aqui com o intuito de trabalhar com seriedade. Mais introspetivo, mais triste, não me venho a rir para o Olival. É isso que é importante que as pessoas percebam, é isso que é representar o FC Porto. Saber que ganhar é normal e o resto não. Não é só culpa da arbitragem, obviamente que não é. Temos demérito. Por tudo e mais alguma coisa, não foi uma época... Antes de uma meia-final, não vamos não olhar para o trabalho fantástico de Álvaro Pacheco e da sua equipa.»
Recorde-se que, segundo apurou o zerozero, no caso de Iván Jaime e Sánchez o seu afastamento esteve relacionado precisamente devido a brincadeira e descontração após o resultado com o Famalicão.
3-1 | ||
Mehdi Taremi 26' (g.p.) Francisco Conceição 45' Pepê 75' | Afonso Freitas 1' |