As diferenças entre ambos os clubes são notórias. Desde os objetivos para esta temporada (ligeiramente mais modestos para o Penafiel) até à ideia do projeto (mais internacional do lado de Viseu), Penafiel e Académico não deixaram de apresentar um belo (e equilibrado) espetáculo na quarta jornada da Liga Portugal SABSEG. Apesar das diferenças, os números no marcador foram os mesmos (0-0) e os dois conjuntos dividiram os pontos.
Nos primeiros 45 minutos, ao contrário da grande maioria dos duelos «divididos», este foi passado mais perto das grande áreas do que do centro do terreno. As oportunidades sucederam-se com bastante frequência e muitas delas mereciam golo, inclusive. Foi um primeiro tempo animado e marcado pela ousadia de ambas as frentes de ataque.
Com Quizera, que na temporada passada fazia parte do tridente ofensivo, remetido para o meio-campo, o Académico atacava com muitos e com perigo, fazendo uso de todos os corredores, sempre com Clóvis (que ainda não marcou) em evidência. Do outro lado, o Penafiel preferia a vertigem dos seus homens da dianteira, que desequilibravam pelas laterais e tentavam servir as zonas centrais (Robinho assumiu a batuta).
Depois do descanso, a segunda parte mostrou nuances que, até então, não tinham sido vistas. O Académico começou melhor, com duas boas chances para Clóvis fazer melhor (rematou à figura em ambas), mas o Penafiel não tardou a responder - Hugo Firmino, por centímetros, não conseguiu desviar para o alvo. Depois de uma boa entrada, notou-se bem o decréscimo no ritmo de jogo.
Este «adormecer» da partida acabou por dar força ao Penafiel, que a cinco minutos dos 90, por muito pouco não fez o primeiro golo da tarde. Uma dupla bola à barra (primeiro, uma bicicleta de Pedro Vieira e, depois, um remate forte de João Oliveira) levantou todos os adeptos do Estádio, que ainda ficaram a reclamar uma grande penalidade no confuso lance, mas nada foi assinalado.
O Penafiel era quem mais fazia pela vida, mas não conseguiu alterar o nulo no marcador. Com este resultado, o Penafiel sobe, à condição, ao 12º posto, enquanto o Académico fica, também à condição, no sexto lugar.
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