A final da Liga Placard 2022/23 arrancou este sábado no Pavilhão João Rocha, em Lisboa, com uma vitória implacável do Sporting sobre o rival Benfica. Em mais um dérbi da 2.ª Circular que abriu a luta pelo título, os leões foram consideravelmente superiores às águias e venceram por 5-1.
Embora a primeira parte tenha sido, na sua grande maioria, dominada de forma avassaladora pelo Sporting, até foi o Benfica a entrar melhor no João Rocha. A equipa de Mário Silva teve mais bola e iniciativa ofensiva nos cinco minutos iniciais, revelando inclusive alguma facilidade para sair da primeira pressão leonina. No entanto, não teve capacidade para aproveitar esse momento e materializá-lo em oportunidades concretas de golo.
O Sporting, por outro lado, não desperdiçou quando a porta se abriu. Com sete minutos jogados, a bola parada veio desequilibrar pela primeira vez na partida. Pany Varela foi bater uma reposição lateral à ala direita, Tomás Paçó tirou partido de um bloqueio para aparecer sozinho em zona frontal e finalizou de primeira para o 1-0.
Os encarnados abanaram e o leão, qual predador à espera do melhor momento para caçar a presa, foi à procura de sangue. Aos dez minutos, Merlim fugiu pela esquerda, deu na zona central e Cavinato finalizou para o 2-0. Não foi de bola parada, mas teve semelhanças com uma.
Mário Silva parou o jogo, procurou corrigir e fazer os seus jogadores voltarem à discussão do encontro, mas sem sucesso. O Sporting continuou a criar múltiplas ocasiões e Sokolov ficou perto do 3-0 aos 13’, valendo a defesa de Léo Gugiel. Na sequência da bola parada, o guarda-redes já nada pôde fazer para impedir Pauleta de dilatar a vantagem sportinguista. Rocha e Afonso Jesus adormeceram na marcação, a bola passou pelo meio de ambos e o ala português finalizou.
No meio disto tudo, Gonçalo Sobral ainda ficou perto do 3-1, mas Guitta agigantou-se e impediu o golo. O melhor ficou guardado para os instantes finais da metade inaugural, com João Matos a assinar um dos golos da temporada. De primeira, após canto aéreo de Alex Merlim para a entrada da área, o capitão sportinguista colocou a bola no ângulo superior esquerdo da baliza de um Léo Gugiel sem hipótese de lá chegar. A partida seguiu para o descanso com 4-0 no marcador.
A segunda parte teve uma toada mais morna em relação à primeira. Em larga vantagem, o Sporting aproveitou-se disso para jogar de forma mais descontraída e gerir o resultado, ainda que sem dar nada de borla ao adversário.
Do outro lado, embora tenha conseguido mais bola nos primeiros minutos, o Benfica voltou a não ser criativo. Os encarnados continuaram pouco esclarecidos no último terço e só uma infelicidade de Zicky Té, que desviou para a própria baliza um remate de Léo Gugiel aos 27 minutos, colocou a equipa visitante no marcador.
Sem o domínio avassalador da primeira metade (também sem necessidade dele), o Sporting foi ainda assim crescendo novamente com o passar do tempo e controlou o duelo. Os leões mostraram superioridade inclusive no capítulo físico, parecendo sempre com uma velocidade a mais do que o Benfica.
Para os últimos quatro minutos, Mário Silva lançou Bruno Coelho como guarda-redes avançado, mas foi de imediato castigado. Arthur trabalhou pela direita, colocou à boca da baliza para Rocha, mas este não conseguiu finalizar. Guitta agarrou e não perdeu tempo para marcar de baliza a baliza e fechar o resultado.
O Sporting sai desta forma na frente da final da Liga Placard. Mais do que o resultado alargado, a equipa de Nuno Dias deu sinal de força numa primeira partida onde foi manifestamente superior. A eliminatória segue agora para o Pavilhão da Luz e o Benfica terá já na terça-feira a oportunidade de procurar responder e evitar ter de regressar ao João Rocha a jogar pela vida.
5-1 | ||
Tomás Paçó 7' Diego Cavinato 10' Pauleta 13' João Matos 19' Zicky Té 27' (p.b.) Guitta 37' |