O Benfica recebeu e venceu o Sporting no dérbi eterno. Seis dérbis depois, o Benfica volta a vencer o eterno rival, desta feita por 3x2, naquela que é a primeira vitória das águias sobre leões na era Pulpis.
Sem Roncaglio e Tayebi (por causa da limitação do número de jogadores não formados localmente), e ainda Silvestre, de um lado; e Guitta (castigo), Zicky (lesão), Caio Ruiz e Miguel Ângelo, do outro, o jogo não perdeu condimentos, apesar de o resultado final não ter efeitos práticos no que à classificação diz respeito: o Sporting segue líder, agora com 4 pontos de vantagem sobre o Benfica.
A 10 dias da UEFA Futsal Champions League, em que ambas participam e podem encontrar-se na final, a vitória do Benfica é justa, pois foi a equipa que melhor aproveitou os erros adversários, alicerçando-se numa enorme exibição do guarda-redes internacional português, André Sousa.
Os primeiros 20 minutos tiveram duas partes numa. Os primeiros dez foram de claro sinal + do Sporting, que obrigou André Sousa a um punhado de defesas importantíssimas para impedir a abertura do marcador.
O jogo estava intenso e disputado, e os encarnados iam acumulando faltas, chegando às quatro sensivelmente a meio do primeiro tempo. Este facto obrigou os homens da casa a serem mais cerebrais, e a forçar o baixar de ritmo da partida.
Os golos só surgiram de bola parada, com o Benfica a aproveitar dois cantos na esquerda para se adiantar no placard. O primeiro, aos 12’, saiu da cabeça de Jacaré, solto de marcação na área leonina; e, aos 15’, foi a vez de Arthur aproveitar um erro de marcação dos adversários para rematar à vontade e aumentar a vantagem.
Ainda antes do intervalo – e numa altura em que ambas as equipas já jogavam tapadas por faltas - mais um erro do Sporting permitiu a Arthur correr pela quadra até ficar na cara do desamparado Gonçalo Portugal, e fazer o 3x0 a 20 segundos do fim da primeira parte.
Na segunda parte, o Sporting voltou com vontade de apontar baterias à baliza do Benfica, como seria expectável. André Sousa dava confiança aos colegas, que aproveitavam as oportunidades para procurar o caminho da baliza de Gonçalo, primeiro, e, depois de cerca de 6 minutos decorridos no segundo tempo, Bernardo Paçó.
As águias voltavam a ter que recorrer às faltas para travar o ímpeto dos leões, ficando tapadas aos 31' e cometendo a sexta aos 32'. Mas esta era a noite de André Sousa, que defendeu o remate de Cardinal, da marca dos 10 metros.
Bernardo ia subindo no terreno, e defendo as poucas solicitações que tinha nesta fase do jogo, mas nada parecia correr de feição ao Sporting, num Pavilhão Fidelidade em que não havia adeptos leoninos - mas que também não lotou.
Só que o futsal são 40 minutos de jogo cronometrados, e "água mole em pedra dura"... acabou por dar golo do Sporting. Logo dois, de rajada, aos 38'. Primeiro foi Merlim, com um bico que surpreendeu André Sousa; e, logo a seguir, foi Cavinato, o melhor marcador do campeonato, a aparecer solto para o remate que André Sousa não conseguiu travar.
Com o marcador na margem mínima, o Sporting apostou em Alex Merlim como guarda-redes avançado para os últimos 47 segundos da partida, onde ainda houve tempo para André Sousa fazer mais uma defesa, segurando a vitória encarnada.
3-2 | ||
Jacaré 12' Arthur 15' 20' | Alex Merlim 38' Diego Cavinato 39' |