Manchester City is blue

* A cidade de Manchester é azul

Uma goleada (4x1) que não ofereceu qualquer contestação. O Manchester City foi dominador e saiu do dérbi de Manchester com o seu lugar cimentado na liderança da Premier League e na liderança de Manchester, uma cidade com cada vez mais tons de azul e menos Red Devils.

Problemas físicos tiraram Cristiano Ronaldo desta partida e desequilibraram ainda mais a balança a favor da equipa de Pep Guardiola, que recebe o Sporting na quarta-feira, mas não poupou, até porque o resultado em Alvalade dá total conforto ao Manchester City.

Sem uma referência ofensiva na frente de ataque, o United entrou com Bruno Fernandes e Pogba a aparecerem na zona do avançado e com uma equipa pressionante, mas o primeiro ataque serviu logo para pôr os Red Devils no seu lugar. Uma jogada pela esquerda, o cruzamento de Bernardo Silva e De Bruyne a abrir o marcador. Tudo tão fácil.

Manchester United foi inexistente na segunda parte ©Getty Images

O Manchester United tentou reagir, mas sempre com recurso a jogadas individuais de Bruno Fernandes, Sancho ou Pogba. Num contra-ataque, Sancho conseguiu mesmo fazer o empate, num excelente remate sem hipóteses para Ederson, mas esse acabou por ser o último lance de registo junto à área do Manchester City, não só na primeira parte, como em toda a partida.

Sem tremer, o City voltou a chegar com facilidade à vantagem, num lance finalizado por De Bruyne, mas onde Foden foi o elemento diferenciador, deixando Lindelof muito mal na fotografia, ao colocar-lhe a bola por cima e a rematar para uma grande defesa de De Gea, incapaz perante a recarga do médio belga.

O guardião espanhol foi mesmo a única nota positiva num jogo para esquecer por parte da equipa de Rangnick. Se na primeira parte houve pouco United, na segunda foi um eclipse total e o City aproveitou para dominar a seu bel prazer.

A equipa de Guardiola colecionou oportunidades, chegou a ter 92 por cento de posse de bola durante 15 minutos dessa segunda parte, e acabou por chegar ao 4x1 com a mesma naturalidade dos «olés» da bancada. Noutros tempos, este era um resultado que daria que falar durante a semana, mas no final parecia só mais um dia em Manchester, uma cidade cada vez mais azul.