A Liga dos Campeões passou para segundo plano no Dragão. O FC Porto foi sério na abordagem ao Feirense, da II Liga, para golear (5x1) e seguir em frente na Taça de Portugal. Numa primeira parte bem conseguida, os portistas fizeram três golos e encaminharam o jogo para um resultado que pintou bem o filme.
Que as diferenças entre as equipas eram abismais ninguém duvidava. As duas realidades contrastam-se de forma natural, mas ainda ficaram mais evidentes quando Sérgio Conceição optou por alinhar uma equipa com vários do habituais titulares. Taremi e Evanilson têm formado a dupla de ataque habitual e Otávio é um dos indispensáveis. As oportunidades foram para Fábio Cardoso e Francisco Conceição, assim como Manafá, que tem visto o seu tempo de jogo reduzido esta temporada.
Se aos sete minutos uma dessas perdas de bola não resultou em golo foi porque Evanilson fez o mais difícil na cara de Arthur Augusto, ao atirar por cima. Quando não recuperava a bola em zonas adiantadas, a equipa da casa procurava a zona central para criar perigo. Otávio juntava-se ao dois da frente no espaço entre a linha de três e os médios do Feirense e as combinações resultavam em situações perto da baliza fogaceira.
Ainda que se possam ter queixado de alguma falta de eficácia, a verdade é que os golos apareceram de forma natural. O primeiro de bola parada, com Uribe a cabecear, depois um bis de Otávio, a coroar uma exibição de alto nível do médio portista. O melhor que o Feirense conseguiu fazer foi atirar por cima numa transição conduzida por Vargas. O respeito deu frutos no sentido em que o FC Porto criou uma vantagem confortável que evitou eventuais surpresas.
A vantagem para a segunda parte ia sempre permitir alguma gestão por parte dos portistas, que têm uma jornada importante para a Liga dos Campeões a meio da semana, mas antes disso ainda houve oportunidade para aumentar o marcador. Evanilson compensou pelo falhanço a abrir e aproveitou um mau atraso para fazer o quarto.
Pouco tempo depois, o momento que motivou mais festa nas bancadas do Dragão. Sérgio Conceição pediu que fosse Francisco Conceição a assumir a grande penalidade sofrida por Taremi. O extremo converteu e foi celebrar junto ao treinador, para a satisfação das bancadas, que terminou a entoar o nome do jovem que se estreou a marcar com a camisola principal do FC Porto.
Até ao final, Conceição fez as alterações esperadas, o ritmo baixou e o resultado permaneceu inalterado. Os dragões cumpriram e seguiram em frente na Taça de Portugal.
Se o passar do tempo podia começar a criar alguns problemas de ansiedade ao FC Porto, a verdade é que a equipa fez questão que isso acontecesse com o golo na fase inicial da partida. Essa vantagem permitiu outro tipo de abordagem ao jogo que, eventualmente, resultou na tal gestão.
A estratégia de sair com a bola controlada não estava a resultar, também por mérito do FC Porto, mas o treinador do Feirense não abdicou da sua ideia. Essas insistência resultou em mais erros, que custaram caro.