O Barcelona está fora da Liga dos Campeões. A missão era deveras complicada, pois o 1x4 na primeira mão obrigava a equipa de Ronald Koeman a uma remontada épica, e o desfecho foi mais ou menos o esperado. Mas houve momentos em que se pensou ser possível repetir o feito de 2017. Não aconteceu, muito por culpa de um único nome: Navas!
O guarda-redes do Paris SG somou várias intervenções decisivas, inclusive uma grande penalidade defendida, em cima do apito do intervalo, que, a ser convertida, daria o 1x2 ao Barcelona e deixava o conjunto culé a dois golos de igualar a eliminatória.
Grande parte da esperança dos adeptos blaugranas estava entregue a Lionel Messi, sobretudo naquilo que o astro argentino tivesse capacidade para oferecer ao jogo. A verdade é que o camisola 10 do Barcelona esteve no melhor e no pior da sua equipa, no primeiro tempo.
Mas antes de irmos ao prós e contras da exibição do internacional argentino, houve os momentos em que Keylor Navas aguentou a muralha parisiense como um bravo gigante entre os postes, não dando a mínima hipótese a Dembelé, que tanto tentou, e outro momento em que a barra evitou o golo do lateral Dest.
A resistência era enorme, a ineficácia do Barcelona não ficava nada atrás e uma expressão que tanto sentido tem no futebol apareceu no seu estado mais puro: "quem não marca, sofre". Assim foi no Parque dos Príncipes.
Lenglet pisou Icardi na área dos catalães, num lance visto e revisto com a ajuda do vídeo-árbitro (VAR), e Mbappé não desperdiçou a grande penalidade para contrariar a maré, e reforçar a vantagem dos parisienses. Ainda assim, o Barça renasceu com uma bomba de Lionel Messi. Se não viu, por favor, veja o golo do craque argentino.
O 1x1 motivou as tropas espanholas e o 1x2 só não se confirmou porque Messi não conseguiu bater novamente Navas, desta feita na marca dos onze metros, em cima do apito para o intervalo. O remate não foi o melhor, a bola ainda desviou na barra e perdeu-se assim uma grande oportunidade para a eventual remontada.
No segundo tempo, o Barcelona baixou um pouco ritmo, se comparado com a avalanche ofensiva do primeiro tempo, e o Paris SG agradeceu. Os homens de Pochettino não fizeram muito para atacar a baliza contrária, limitando as suas ações a um controlo de um resultado cada vez mais confortável.
Aos 60 minutos, Marquinhos ofereceu o corpo às balas para impedir que Leo Messi desse vantagem ao Barcelona e, nove minutos volvidos, apareceu novamente o gigante Keylor Navas a defender um cabeceamento de Busquets.
Segue assim em frente o Paris SG, finalista vencido da última edição da Liga dos Campeões, enquanto que o Barcelona fica pelos oitavos da prova milionária.
O guarda-redes costa-riquenho mostrou-se determinante para eliminar as aspirações do Barcelona. Um vasto conjunto de enormes intervenções que impediram que a equipa de Ronald Koeman sonhasse com a tão desejada remontada.
É certo que o resultado da primeira mão era bastante confortável e permitia uma gestão cuidada nesta segunda mão, mas o espetáculo ressentiu-se muito com isso. Os parisienses abdicaram praticamente de atacar, limitando-se muitas vezes a gerir o jogo.
Arbitragem sem casos.