Leão mostrou a outra face e esqueceu mágoas passadas

Quem os viu e quem os vê! O Sporting deu a melhor resposta ao afastamento europeu a meio da semana, ao vencer e convencer, diga-se, na visita ao Portimonense (0x2), no encontro de encerramento da 3.ª jornada da Liga NOS. 

Uma entrada absolutamente alucinante da equipa de Rúben Amorim, com uma intensidade de jogo completamente diferente da apresentada frente ao LASK - e só mudou um dos protagonistas (Pote por Wendel) -, foi uma das principais bandeiras deste triunfo em território algarvio.

O que é isso, Nuno Mendes?

Fantástico. É o primeiro adjetivo que nos ocorre para descrever o lance que abriu o caminho para a vitória do Sporting em Portimão. Os leões mostraram desde muito cedo para o que vinham, aparentemente sem marcas do último jogo, e não tardaram a deslumbrar no relvado do ano da Liga.

Para quem não viu, vamos tentar descrever ao detalhe. Nuno Mendes, o jovem lateral esquerdo que tem crescido a olhos vistos, roubou a bola a Anzai, meteu a bola de um lado, passou por Maurício pelo outro e fez uma autêntica maldade a Willyan Rocha antes de atirar para o fundo da baliza de Samuel Portugal. Ou seja, passou por três defesas antes de marcar. O melhor é mesmo ver com os seus próprios olhos!

Em vantagem, o Sporting não abrandou. Muito pelo contrário. Mesmo tendo pela frente uma linha defensiva composta por cinco elementos - mudança tática introduzida por Paulo Sérgio para este desafio -, o conjunto verde e branco progredia em campo com uma facilidade e uma fluidez assinaláveis. Muito mérito para os leões, mas muita displicência para a equipa da casa.

Posto isto, de forma natural, o segundo golo apareceu num ápice. Porro colocou em Tiago Tomás, TT tocou para Vietto e o camisola 10 cruzou para uma cabeçada certeira de Nuno Santos. Tudo muito simples, tudo muito rápido e dois golos em 11 minutos.

Na sequência dos dois golos sofridos, que deixaram Paulo Sérgio bastante apreensivo, o treinador dos algarvios abdicou da estratégia inicial e tirou um dos centrais para lançar Welinton Júnior no jogo.

Adán voltou a não sofrer golos para o campeonato ©Kapta+

Mais Portimonense, mas...

A entrada do extremo brasileiro agitou o Portimonense. Welinton trouxe a ousadia que faltava aos algarvios e foi sempre um dos mais inconformados com o resultado. Tentou por várias vezes chegar ao golo, mas sem a eficácia necessária para mudar a história do jogo.

E por falar em história. A segunda parte foi ligeiramente diferente da primeira. O Sporting baixou o ritmo e permitiu que o adversário chegasse com algum perigo à sua baliza. Valeu a atenção de Coates, Feddal e Neto e ainda António Adan.

O guarda-redes espanhol mostrou-se intransponível e a defesa a remate de Ricardo Vaz Tê, em cima do apito final, é uma bela mostra da sua qualidade.

Antes disso, Manuel Oliveira ainda anulou um golo a Sebastian Coates, num lance que deixa algumas dúvidas, e Bruno Tabata, em estreia de verde e branco, desperdiçou uma claríssima oportunidade para fazer o 0x3.

Em suma, uma segunda parte mais equilibrada e que em nada mudou o desfecho do encontro. O Sporting segue invicto no Campeonato, enquanto que o Portimonense continua sem vencer.