E à 23ª jornada, eis o ponto de viragem na Liga NOS que se fazia anunciar nos últimos tempos! Em mais um jogo pobre, o Benfica cedeu um empate (1x1) caseiro diante do Moreirense e viu o FC Porto ascender à liderança, graças a um triunfo nos Açores. Agora, os dragões comandam o Campeonato, com um ponto de avanço sobre o eterno rival
Tal como tinha anunciado, Bruno Lage colocou Andreas Samaris no onze titular e trocou Dyego Sousa por Carlos Vinícius, repetindo a fórmula de Barcelos. Já Ricardo Soares, privado de Nuno Santos (emprestado pelos encarnados), avançou com Alex Soares para o jogo, a única mudança processada comparativamente com o onze utilizado diante do Santa Clara.
Logo na primeira posse de bola, os forasteiros lançaram-se à baliza contrária, contudo a ocasião mais flagrante ocorreu na baliza cónega, com Iago Santos perto do autogolo. Como favorito que era, o Benfica subiu as linhas para se instalar no meio-campo adversário, bem protegido pelos seus três médios, que ofereceram uma maior coesão na construção e mais segurança na transição defensiva.
Sem espaço para definir e finalizar, os benfiquistas mostraram-se um pouco nervosos, sentimento que se estendeu às bancadas da Luz (ouviram-se assobios...). No meio deste domínio vermelho, João Aurélio quase marcou, num lance onde a defesa da casa ficou a dormir, mas o cabeceamento saiu por cima. A fechar o primeiro tempo, Rúben Dias (no papel de avançado) e Álex Grimaldo (acertou no poste) cheiraram o golo, no entanto o nulo imperou.
Início de segunda parte frenético. Logo a abrir, Fábio Veríssimo assinalou mão na bola de Gabrielzinho (validado pelo VAR), mas Pizzi estendeu a sua desinspiração até aos 11 metros e errou redondamente a baliza. De seguida, num lance de insistência, Rafa Silva fez o Estádio da Luz explodir de alegria, só que em novo balde de água fria, o golo foi invalidado por mão de azarado Pizzi.
Tal como fez nos últimos jogos em que esteve em desvantagem, Bruno Lage colocou todos os homens de ataque em campo. O pendor ofensivo aumentou, mas a clareza na definição não e, no outro lado, Pedro Nuno esteve muito perto de fazer o 0x2. Em cima do minuto 90, Franco Cervi foi derrubado por Alex Soares na área cónega e Fábio Veríssimo assinalou mais um pontapé de grande penalidade.
Pizzi (91') pareceu estar definitivamente numa noite má (acabou o jogo lavado em lágrimas) e falhou o penálti, conseguindo marcar apenas na recarga. Até ao apito final, o capitão dos encarnados esteve perto do golo, mas Pasinato disse outra vez presente. O cronómetro esgotou-se, Benfica e Moreirense acabaram por dividir pontos.
À semelhança da temporada anterior, voltámos a ter nova troca de líder, desta vez com o FC Porto a ultrapassar o Benfica. A equipa de Bruno Lage continua mergulhada na desinspiração e previsibilidade, pelo que já se fazia prever esta 'sentença'...
Na primeira parte, perante situações duvidosas de potenciais mãos na bola, Fábio Veríssimo ajuizou bem ao deixar seguir. Na segunda parte, assinalou uma mão de Gabrielzinho (penálti para o Benfica) mão de Pizzi (golo anulado ao Benfica) e falta sobre Cervi (golo do Benfica). Análises complicadas para a equipa liderada pelo juiz leiriense, que nem sempre foi coerente.
Boa leitura de jogo por parte de Ricardo Soares. Perante um Benfica muito pressionado para ganhar, os cónegos juntaram linhas e apresentaram uma boa coesão defensiva. A juntar a isto, os minhotos preparam contragolpes venenosos e... foram felizes.
É verdade que a entrada de Andreas Samaris no onze encarnado trouxe mais equilíbrio, contudo, tanto Tomás Tavares como Álex Grimaldo foram mostrando fragilidades. O reflexo disso surgiu aquando do tento de Fábio Abreu, com toda a defesa a falhar a antecipação.