Num jogo com seis golos, quatro deles para o FC Porto e três destes quatro apontados de cabeça nos primeiros 26 minutos, o FC Porto assegurou em Chaves a terceira presença consecutiva na final four da Taça da Liga. Os dragões terminam o ano com uma vitória e vão assim lutar pelo troféu que nunca conquistaram com Sporting, Vitória SC e SC Braga.
Tiquinho Soares juntou dois golos à já longa lista pessoal em Chaves, Marega e Luis Díaz marcaram também e o Chaves, que teve César Peixoto em estreia no banco de suplentes, conseguiu ainda dois golos de honra por Platiny e André Luís. O FC Porto segue em frente de forma natural, apesar dos golos sofridos.
Embora estivesse de visita a Trás-os-Montes, o FC Porto entrava no jogo com uma ligeira vantagem em relação aos anfitriões: bastava empatar, ao passo que a equipa que é agora de César Peixoto estava obrigada a ganhar. Rapidamente se viu, no entanto, que jogar para o empate nem entrava sequer nas cogitações do FC Porto, mais uma vez altamente competitivo contra um adversário um escalão abaixo.
Como no anterior jogo da Taça da Liga, então contra o Casa Pia, Sérgio Conceição voltou a dar minutos desde o arranque a Saravia, Mbemba e Sérgio Oliveira, entre aqueles que menos têm sido chamados a jogo, além do guardião já habitual nas taças, o jovem Diogo Costa, que viria a fazer uma defesa vistosa ainda na primeira parte. Com Marega a descair para a esquerda, Corona encostado à direita e Soares na frente, Shoya Nakajima voltava a ser o 10 que a camisola tão bem ilustrava. Mais uma vez o japonês demonstrou estar na melhor fase de azul-e-branco.
César Peixoto vestia o seu melhor fato para uma noite de gala, mas a sua equipa ficou praticamente K.O. logo no arranque da festa. Se há alguém que já bem sabe como é marcar para lá do Marão, esse alguém é Soares, que já tinha seis golos em três jogos neste terreno... e que se recusou a baixar a média. Com oito minutos houve cruzamento de Corona e o brasileiro respondeu com a cabeça. Com 16' fez o mesmo a cruzamento de Nakajima e os dragões viam tudo praticamente resolvido em pouco mais de um quarto de hora.
Foi também Soares quem sofreu uma falta de Jefferson aos 25', assinalada por Carlos Xistra, que apontou para a marca de grande penalidade. Mas não foi hora de hat-trick para o brasileiro, porque quem assumiu a conversão foi Moussa Marega. O maliano facilitou no primeiro remate, que Igor Rodrigues defendeu com mérito, mas a recarga de cabeça ampliou para 0x3 um marcador que começou a parecer ser quase decorativo.
Como se os problemas para César Peixoto não fossem suficientes, o treinador estreante ainda foi obrigado a retirar na primeira parte o recentemente regressado Niltinho, que contraiu nova lesão. As melhorias da equipa da casa nos últimos minutos da primeira parte, com destaque para um remate de Hugo Basto defendido com brilho por Diogo Costa, não eram suficientes para anular a desilusão que tinha sido esta primeira parte dos transmontanos, preocupados em defender e a não o conseguirem fazer bem.
A segunda parte em Chaves, porém, foi bem diferente. Houve mais três golos e dois deles foram da equipa da casa, que cresceu de forma evidente ao longo desses segundos 45 minutos. Ficou sempre a sensação de o triunfo portista não ter estado verdadeiramente em causa, mas os golos contribuíram para o espetáculo e ainda serviram para animar os adeptos transmontanos.
Então já sem Danilo Pereira, que só jogou os primeiros 45 minutos (e demonstrou de novo estar em má forma), o FC Porto sabia que a segunda metade deveria ser praticamente para cumprir calendário, tendo em conta a forma como o jogo decorria. Ainda assim, os flavienses conseguiriam deixar a sua marca no encontro à entrada para os últimos dez minutos, depois de o FC Porto ter visado a baliza de Igor em algumas ocasiões mas não ter conseguido demonstrar o mesmo nível de ameaça pelo ar.
Em dois momentos de alguma desatenção da defesa portista, Platiny e André Luís marcaram perante Diogo Costa, que assim sofreu os primeiros golos na baliza. Pelo meio houve também golo de Luis Díaz, também ele a contribuir para a noite de muitos golos e a acalmar os ânimos portistas entre esses dois golpes flavienses.
O Chaves acabaria o jogo reduzido a dez, por expulsão de Kevin Medina nos minutos finais, mas acabou por se despedir da Taça da Liga com a cabeça bem erguida, graças às duas vitórias nos primeiros dois jogos e aos dois golos marcados ao FC Porto. Os dragões, porém, foram de outro nível e seguem em frente na competição de forma natural.
O FC Porto entrou com tudo e marcou três golos na primeira meia hora, todos eles de cabeça. Ficou tudo praticamente resolvido desde cedo, ainda que o Chaves viesse a mostrar-se na segunda metade.
Os flavienses entraram com uma estratégia defensiva mas não a executaram bem no início, o FC Porto foi eficaz e o jogo ficou encaminhado. A equipa de César Peixoto viria a crescer no jogo.