O Boavista foi a equipa que melhor entrou e cedo se percebeu que a disposição era para atacar rapidamente a baliza de Cláudio Ramos. Não foi preciso muitas ameaças, pois um belíssimo desenho pela direita resultou num cruzamento de Rafael Lopes para o desvio de Índio. O brasileiro fez questão de festejar com Jorge Simão, que assim conseguia ar mais puro, ao leme de uma equipa que tem sido incapaz de sair da zona desconfortável.
A reação do Tondela foi enérgica e houve oportunidades e ferros, mas em ambos um denominador comum: Hélton Leite, um verdadeiro guardião do forte da pantera, deu sequência ao seu grande momento e travou os beirões de todas as maneiras.
Com uma reação interessante, a equipa de Pepa sofreu segundo revés aos 34 minutos, quando uma nova jogada simples se desenrolou na direita e deu em cruzamento de Espinho para o desvio de Rafael Lopes.
Tudo ainda pior para os beirões e reação vinda do banco, com dupla alteração ainda antes do intervalo.
Com quatro mil pessoas na bancada, o xadrez boavisteiro recuou na segunda parte para controlar melhor as investidas do Tondela, num jogo com bons desenhos ofensivos, mas no qual continuava a haver um interveniente distinto: o guarda-redes do Boavista assumiu o papel de ator principal e travou tudo o que veio do lado oposto.
O passar do tempo foi trazendo descrença e perda de discernimento ao penúltimo classificado, que se foi apercebendo que não teria mais argumentos para chegar ao golo.