O Rio Ave assegurou matematicamente o quinto lugar, que pode dar acesso à Europa (caso o Aves perca a final da Taça), ao empatar em Paços de Ferreira num jogo interessante, dividido, quente e com a equipa da casa a acordar no segundo tempo para tentar uma vitória que não aconteceu e que deixa a dúvida para a última jornada.
A entrada do Paços de Ferreira até foi no sentido de equilibrar um jogo onde, uma vez mais, o Rio Ave ia querer ter o domínio da posse, só que essas intenções apenas duraram um quarto de hora. À primeira situação de perigo dos forasteiros recuaram.
Mais escaldados pela classificação e pela urgência de pontos, os castores enfrentavam o jogo no seu meio-campo e tentavam as saídas, só que o cariz psicológico travava a equipa na hora do passe. Muitas precipitações, vários erros e uma crescente incapacidade para discutir o jogo fez soltar os assobios dos muitos adeptos que, numa segunda-feira à noite, disseram presente ao apelo do clube.
Mesmo sem criar muitos lances de perigo, o Rio Ave voltou a demonstrar a personalidade singular de uma equipa que deixou bem vincada a sua marca neste campeonato. Mais do que pelos pontos, pelo arrojo e pelo atrevimento - que trouxeram dividendos na classificação, como é sabido.
Na segunda parte, o despertador tocou na toca do castor e houve, de facto, uma postura muito diferente da equipa da casa.
Com a arquitetura de Pedrinho e a velocidade de Nabil, o conjunto de João Henriques cresceu na pressão, dividiu muito mais a posse e, por consequência, chegou muito mais perto da baliza de Cássio.
Só que a tranquilidade adquirida ao longo de toda a época prevaleceu e o Rio Ave conseguiu o ponto que precisava para que o quinto lugar fosse uma realidade. Isto num jogo que foi muito quente no último quarto de hora e que teve várias picardias entre os jogadores, perante um João Pinheiro que fez os possíveis para segurar o jogo. E num jogo que teve, nos descontos, uma grande defesa de Cássio a manter o marcador em branco.
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