Pressão alta. O Benfica cumpriu a sua missão e assegurou os três pontos na receção ao último classificado Estoril-Praia (3x1). A equipa de Ivo Vieira ainda teve alguns pormenores interessantes, que permitiram levar o resultado em aberto para o intervalo, mas voltaram às derrotas no Campeonato português. São já 11 jogos consecutivos sem vencer. Já o Benfica passou a batata quente para Sporting e FC Porto.
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Após a pior participação europeia de uma equipa portuguesa nas competições europeias, o Benfica tinha como missão igualar, ainda que à condição, os líderes e rivais no topo da tabela classificativa da Liga NOS. Rui Vitória recuperou o onze que tinha empatado no Dragão (0x0) e os encarnados aproveitaram o momento menos positivo e algum nervosismo do Estoril para se adiantarem na marcha do marcador.
O Estoril revelou algum atrevimento na casa do tetracampeão nacional, mas começou muito mal a partida em termos posicionais, com a sua defesa demasiado subida e a conceder espaços fatais nos corredores. Fernando Fonseca e Joel Ferreira não tiveram pernas para acompanharem Toto Salvio e Franco Cervi e os encarnados aproveitaram muito bem os lances de contra-ataque.
Primeiro, Cervi, que roubou a bola a Fernando Fonseca na zona do meio-campo, assistiu o compatriota Salvio para o golo inaugural no Estádio da Luz e pouco depois foi a vez de Salvio assistir Jonas para o segundo. Pragmatismo no seu estado puro. Perante os dois golos de diferença, o Estoril não abdicou da sua ideia e manteve a defesa bem subida, procurando com isso antecipar e negar um novo ataque perigoso das águias.
Lucas Evangelista ameaçou a baliza de Varela, aos 34 minutos, mas o jovem guarda-redes protagonizou bela defesa, não conseguindo evitar o cabeceamento certeiro de Kléber em cima do apito final e que deixava tudo em aberto para a segunda metade.
O Estoril entrou a todo o gás para os últimos 45 minutos. O golo apontado por Kléber galvanizou o conjunto às ordens de Ivo Vieira e o empate esteve muito perto de acontecer logo aos 46 minutos, por intermédio de Lucas Evangelista. O jovem médio brasileiro rematou, a bola ainda desviou em André Almeida, mas Varela segurou a vantagem encarnada com mais uma bela intervenção.
💯% vitoriosos em 🏠casa nas Ligas Top 10 UEFA (a 09/12/2017):
🏴Manchester United
🇫🇷PSG
🇵🇹BENFICA
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À passagem da hora de jogo e depois de um momento de maior fulgor da equipa visitante, que não conseguiu materializar os bons pormenores que teve perto da baliza de Varela, o Benfica voltou a dilatar a vantagem. Excelente entendimento entre Franco Cervi e Krovinovic a resultar no golo do médio croata.
Os canarinhos ainda reduziram por intermédio de Kléber, mas o segundo golo do avançado brasileiro foi anulado pelo árbitro João Pinheiro, isto depois de o juiz da partida ter sido auxiliado pelo vídeo-árbitro (VAR), que entendeu (e bem) que o camisola 10 do Estoril utilizou o braço para colocar a bola no fundo das redes do Estoril.
Até ao final, o Benfica ainda teve uma oportunidade interessante, através de Pizzi, perante a saída de José Moreira da baliza, mas o experiente guarda-redes reagiu no momento certo. Do outro lado do campo, Lucas Evangelista também não acertou no alvo e o jogo terminou pouco depois com o 3x1 a favor da equipa de Rui Vitória, que coloca agora a pressão do lado dos rivais. Para já, seguem os três com 33 pontos.
Este jogo pode servir perfeitamente de exemplo para a utilização do vídeo-árbitro. Muito bem João Pinheiro, a solicitar o VAR duas vezes e a dissipar as dúvidas, em lances de difícil análise. É importante que os árbitros uniformizem a utilização desta ferramenta. Nota ainda para o amarelo que ficou por mostrar a Jonas, ao minuto 41, num lance com Lucas, e também para um lance na área dos encarnados antes do golo de Kléber.