Ronaldo, Ronaldo, Ronaldo. É impressionante! Num jogo de ascendente do Real sobre o Atlético, a eficácia de Cristiano Ronaldo desequilibrou ainda mais a balança e deixa os blancos muito perto da final de Cardiff.
A propósito da estatística - e no zerozero temos muito disso - essa só serve para os intervenientes quando lhes interessa: para contrariar um mau resultado, para enaltecer um momento, para fazer comparações com períodos anteriores. Sabemos do que falamos. Neste caso, a estatística foi a melhor ajuda para explicar uma primeira parte onde o 1x0 era curto.
11 remates para um. Várias oportunidades para meia (Godín numa bola parada, o tal remate). Domínio absoluto contra um Atlético Madrid a ressentir-se da necessidade de adaptar na direita (Juanfran lesionado). Qualidade com bola incomparavelmente diferente. E, acima de tudo, entrega e intensidade iguais, nas quais os colchoneros costumam ser melhores.
Assim se explica uma vantagem que foi justa (e algo curta) para o que aconteceu na primeira parte. Um resultado que, em boa verdade, agradou na ida para os balneários por parte dos dois treinadores: Zidane em vantagem e sem sofrer, Simeone a manter-se firme na eliminatória pese embora o domínio.
Uma questão que pesou (muito) no decorrer da segunda parte. Mais equilibrada, bem mais dura e muito mais fechada, essa teve poucos condimentos de interesse. O 1x0 continuava a ser um reflexo do jogo e um interesse mútuo.
Mas tendo Ronaldo em campo, nunca há resultados satisfatórios, nunca há estatísticas suficientes, nunca há recordes concluídos.
Talvez na primeira oportunidade ao fim de meia hora de aborrecimento, um golo que deixaria as contas bem mais desequilibradas para o Vicente Calderón. E não ficaria por aí. Ronaldo conseguiria o hat-trick, que praticamente fecha a eliminatória. Será?