Num jogo muito mais equilibrado do que o resultado final sugere, a turma de Jorge Simão fez valer os pergaminhos e a experiência para resolver o encontro diante de um Vitória muito atrevido e interessante pela postura audaz imprimida no encontro, se bem que com pecados capitais que foram muito bem aproveitados pelo adversário.
Foi bem disputada, não tanto bem jogada a primeira parte do encontro. Agradável do ponto de vista da abertura mental para um jogo relativamente aberto. Mais dos sadinos do que dos bracarenses, que cedo se viram em vantagem numa grande penalidade convertida por Pedro Santos.
Numa versão que continua a precisar de consolidação, sobretudo porque Bataglia sempre pareceu limitado em termos posicionais, vagueando pouco fora da sua zona, a turma de Jorge Simão socorreu-se da maior experiência para gerir a vantagem, ao invés de aproveitar o embalo para tentar novo golo.
Mas o intervalo fez muito bem aos arsenalistas. Houve maior serenidade na segunda parte, houve também mais bola, devido à maior pressão feita e houve mais intensidade, que não só melhorou uma equipa como piorou a outra.
O Vitória foi menos à frente do que pretendia quando o jogo ainda estava em forte discussão e sujeitou-se ao golo que apareceu precisamente numa boa pressão e num erro de Nuno Pinto que Rui Fonte, bastante perspicaz, não desperdiçou.
José Couceiro demorou a mexer na equipa e esse também foi um pecado importante - Santana provou-o na primeira investida que fez -, e depois a carruagem minhoto já estava em velocidade de cruzeiro rumo... ao mesmo lugar. No domingo, estará na final para tentar a sua segunda conquista da Taça da Liga.