Estreia feliz de Luís Castro no comando técnico do Rio Ave. A equipa de Vila do Conde regressou aos triunfos na Liga NOS, esta sexta-feira, no encontro inaugural da 11.ª jornada do principal escalão do futebol português. Filipe Augusto apontou o golo que valeu o triunfo, aos 18 minutos. Guedes ainda foi expulso na segunda metade, mas o Vitória não conseguiu aproveitar a vantagem numérica durante os últimos 30 minutos.
O aviso foi dado logo aos 3 minutos. Heldon cruzou da esquerda para perdida incrível de Hélder Guedes no coração da área dos sadinos. O avançado português ainda deve estar a tentar perceber como desperdiçou clara oportunidade de golo. A boa dinâmica criada pelo conjunto de Vila do Conde nos primeiros 30 minutos contrastava com algum desnorte da equipa do Vitória de Setúbal.
A vantagem dos visitantes foi alcançada, aos 18 minutos, por intermédio de Filipe Augusto, também ele em estreia esta temporada ao serviço do Rio Ave, após longo período de ausência devido a lesão. Na cobrança de um livre, que contou com a ajuda do terreno para enganar Bruno Varela, o médio brasileiro colocava justiça no placard. Fica a ideia de que o guardião sub-21 português poderia e deveria ter feito mais na forma como abordou o lance.
A equipa de Luís Castro continuou por cima da partida e teve ocasião soberana para dilatar a vantagem. Novo cruzamento da esquerda para... Guedes desperdiçar. Primeira parte terrível para o melhor marcador dos vilacondenses. O Rio Ave desperdiçava e com isso o Vitória ganhava ânimo para chegar ao empate. Primeiro, Pedrinho negou in extremis o golo a Thiago Santana, após brilhante jogada de João Amaral, e depois foi Cássio a negar o golo a Costinha.
Antes de Jorge Ferreira apitar para o intervalo, fica ainda um lance de difícil análise para o juiz da partida na área do Rio Ave. Os jogadores do Vitória, bem como José Couceiro, pediram grande penalidade, mas o árbitro da AF Braga não considerou haver qualquer tipo de falta para assinalar para a marca dos onze metros.
O intervalo chegou na melhor altura para a equipa do Rio Ave, que assistia impávida ao crescimento dos homens do Sado no encontro. No regresso para a segunda metade, o ritmo abrandou e escassearam as oportunidades para os dois lados. A expulsão de Guedes – o avançado viu a segunda cartolina amarela e respetivo vermelho, aos 57 minutos – galvanizou a equipa da casa, assim como os adeptos presentes nas bancadas do Bonfim. Mas sem grande consistência.
Mesmo reduzido a 10 elementos, o Rio Ave foi quem esteve mais próximo de chegar ao segundo golo, num lance em que Gil Dias não conseguir finalizar de forma objetiva na cara de Bruno Varela, aos 68 minutos.
Não satisfeito, Couceiro lançou a última cartada e apostou tudo no ataque, ao lançar Meyong e Nuno Santos para o ataque, abdicando do elemento mais recuado do meio campo. Os últimos minutos foram de enorme sufoco para o Rio Ave, que, ainda assim, conseguiu segurar a vantagem e sair do Bonfim com os três pontos.
Afastado dos relvados por lesão, o médio brasileiro regressou esta noite no Bonfim à competição e nada melhor do que marcar para celebrar esse regresso. Além do golo que valeu o triunfo ao conjunto do Rio Ave, Filipe Augusto esteve impecável no miolo, não dando grande margem de manobra aos adversários.