O Benfica empatou com o Santos no jogo de homenagem ao lateral Leo e aos 100 anos do mítico Vila Belmiro. Cervi e Zé Gomes estiveram em destaque e Ederson não ficou bem na fotografia final, isto numa equipa onde se viram várias caras menos habituais.
Ver os primeiros minutos, mesmo atendendo a que se tratava de um particular, criou algum entusiasmo, já que, à primeira oportunidade do Santos, por Ricardo Oliveira (aproveitou erro de Lisandro, mas não conseguiu passar por Ederson), as águias responderam em dose dupla: Salvio atirou por cima e Cervi, o melhor do primeiro tempo, quase fazia um golaço de forma acrobática.
Só que o entusiasmo ficou-se por aí. Num jogo que as águias foram controlando quase sempre, com os menos rodados a ganharem ritmo e a tentarem mostrar serviço a Rui Vitória, o ritmo começou cedo a quebrar.
O Vila Belmiro, de parabéns pela sua medalha de centenário, vestia-se quase por completo e era abrilhantado pelo sol típico das três da tarde, também isso um entrave a um jogo mais interessante.
Depois, veio uma entrada mais ríspida de Cervi sobre um adversário que não foi colhida com agrado pelos brasileiros e que, para além de quebrar o ritmo momentâneo, ainda mereceu resposta a seguir, com os ânimos a serenarem apenas com as alterações.
Foi bonito (e não valeu mais do que isso) as entradas de Giovanni (aquele que jogou no Barcelona e que tem 44 anos) e de Leo, que começou com a camisola do Benfica, a substituir um Carrillo que voltou a não querer nada com a bola, e que acabou com a do Santos.
Afinal, o lateral esquerdo fazia a sua despedida e a cerimónia merecia tais momentos - ele que, ao intervalo, teria direito a um vídeo de homenagem. Pena foi que não tivesse existido limite de alterações por equipa. É que o Santos tinha 20 (!) suplentes e Dorival Júnior não se cansou de ir mexendo, o que obviamente nada ajudou à fluidez da partida.
Por entre paragens e arranques, deu para ver Celis e Danilo a tentarem o entrosamento no meio-campo, mostrando interessante capacidade para o fazer e dando boas indicações ao técnico, sobretudo Danilo, que é lógico candidato à posição 8.
O segundo tempo teve também Zé Gomes em grande destaque. Começou por ganhar a grande penalidade que Salvio concretizou, mais tarde ganharia outra que ele mesmo falharia, a seguir rematou com muito perigo. Em suma, boa atuação do português, apenas com esse percalço do castigo máximo, que não sentenciou o jogo e que permitiu a reação final do Santos, a marcar num lance onde Ederson podia ter feito muito melhor.
1-1 | ||
Fabián Noguera 88' | Toto Salvio 47' (g.p.) |