Portugal de mau cheia voltou a solo nacional e aplicou uma goleada natural a uma débil Andorra. Cristiano Ronaldo, que não jogava desde a final do Euro, mostrou estar com saudades e fez quatro golos, que embalaram a seleção na primeira vitória rumo à Rússia.
Provavelmente, muitos foram aqueles que se arrependeram de terem saído 5 minutos mais tarde de casa e de não terem chegado a tempo ao estádio para assistir ao apito inicial e aos primeiros 5 minutos de jogo. É que, para além de terem falhado o sempre arrepiante momento do hino, também não viram o regresso do capitão aos golos.
Como o haveria de fazer o maior caçador de números de que há memória? Com golos, pois claro. Quatro minutos e dois já lá estavam dentro, ambos com auxílio precioso de Quaresma, o seu melhor amigo quando as quinas estão ao peito - basta ver a estatística. E, com isso, o assunto estava resolvido.
A Andorra sujeitava-se a dar uma demonstração de fragilidade que lhe está inerente, mas que lhe poderia custar uma goleada histórica. A entrega ao destino até podia acontecer no marcador, mas não na postura.
Portugal começou por tirar o pé, contido para não ter percalços que limitassem o futuro próximo, razão pela qual houve uma quebra natural do ritmo de jogo, que só voltou a espevitar quando Quaresma, o mais castigado, retomou a batuta. Uma nova subida que traria mais um golo antes do descanso, neste caso num cruzamento fortuito de Cancelo, que fez o segundo golo pessoal na segunda internacionalização.
Satisfeito com o objetivo que estava a ser cumprido, nem por isso a turma nacional abrandou. Retomou o fio de jogo quase único, num sistema que era, muitas vezes, de 2x4x4 (Pepe e Fonte mais atrás a controlar), e foi fazendo golos.
Um golo, depois outro, sempre pelo camisola 7, e uma Andorra a perder a cabeça à medida que as pernas iam falhando. Dois expulsos não ajudavam nada uma equipa que deu a evidente demonstração de amadorismo e de cabeça quente natural de quem vai para um campo de batalha sabendo que a guerra está perdida.
A vitória foi conseguida. Agora é embalar até à Rússia.