Tarde quente no Estádio do Bonfim e enorme expectativa para perceber como é que Vitória e Paços de Ferreira iam gerir as emoções dentro das quatro linhas. Os sadinos, fruto do arranque prometedor na Liga NOS, tinham a possibilidade de somar a terceira vitória consecutiva em casa, enquanto os visitantes, que ainda não tinham vencido no campeonato, procuravam sorrir pela primeira vez em 2016/17. E sorriram mesmo...
A equipa de José Couceiro não baixou os braços e procurou, de forma insistente, contrariar o rumo dos acontecimentos. Aproveitando a fragilidade do meio-campo pacense, o Vitória trocava a bola a seu bel-prazer, explorando muito a velocidade de Costinha e João Amaral. O empate acabaria por surgir aos 22 minutos, por intermédio de Vasco Fernandes, a emendar um canto de João Amaral.
Minuto 36. Tempo de balanço. Vitória a comandar o encontro, não criando, é verdade, grandes problemas a Felgueiras, mas claramente superior a um Paços de Ferreira desorientado e sem ideias.
Contudo, sem nada o fazer prever e, fruto da passividade de Vasco Fernandes, Welthon ganhou na velocidade e rematou para o fundo das redes de Trigueira. Fica a ideia que o guarda-redes sadino poderia ter feito mais.
Três minutos volvidos e novo balde de água fria para os adeptos sadinos. Ivo Rodrigues remata para defesa incompleta de Trigueira. Confusão na área, o guardião sadino não agarrou e Welthon, oportunista, aproveitou para bisar no encontro. E, recorde-se, que o Vitória tinha sofrido apenas um golo... nas quatro primeiras jornadas da Liga (Belenenses, Benfica, Arouca e Chaves). Um valente murro no estômago...
José Couceiro aproveitou o intervalo para acertar ideias e mudar algumas peças do seu xadrez. Tirou Costinha e Zé Manuel e lançou o jovem Nuno Santos e o experiente Meyong. O Vitória lutou, lutou, lutou, mas sempre em vão. Fruto, certamente, da pressão de dar a volta a um resultado pesado, os jogadores vitorianos conduziam a bola até ao meio campo adversário, mas decidiam (quase sempre) mal no último terço do terreno. Pouca clarividência na hora de decidir...
«Quem não marca, sofre». Tão popular como verdadeiro no Bonfim. O Vitória bem tentou reduzir, mas acabaria por sofrer o quarto golo num lance em que fica a ideia de que Ricardo Valente utiliza o braço para colocar a bola no fundo das redes de Trigueira.
O avançado brasileiro revelou sentido de oportunidade e não desperdiçou as poucas oportunidades que teve para marcar. Contribuiu com dois golos para o Paços de Ferreira somar o primeiro triunfo na Liga NOS 2016/17.
Muita insegurança entre os postes. Fica a ideia que é mal batido no primeiro golo do Paços de Ferreira e no terceiro afasta a bola para a zona de perigo, onde surgiu Whelton par finalizar.