Noite de barriga cheia no Dragão antes do arranque da fase de grupos da Liga dos Campeões. O FC Porto bateu o Vitória de Guimarães por 3x0, na 4ª jornada da Liga NOS, no dia em que Nuno Espírito Santo apostou em dois pontas de lança e lançou Óliver Torres como novo «motor» do meio-campo. Nem tudo foi perfeito, mas o resultado não mente.
Assim que Maxi Pereira recuperar, Nuno terá uma (boa) dor de cabeça para resolver: o que fazer com Miguel Layún? Se Alex Telles parece aposta certa do técnico para o lado esquerdo da defesa, o mexicano tem sabido mostrar créditos sempre que é chamado; foi assim quando o brasileiro esteve suspenso – e Layún jogou à esquerda – e tem sido assim à direita, na vez do uruguaio.
Esta noite, Layún voltou a ser o dínamo do perigo e dos golos dos dragões. Os cruzamentos do mexicano são puro «veneno» para quem os tem de defender. O primeiro e terceiro golos do FC Porto nasceram, pois claro, de cruzamentos da direita.
Antes disso, três bolas saídas do pé direito de Layún tinham servido de base ao perigo portista. Marcano (28'), Depoitre (30') e André Silva (30') os finalizadores desses lances, ainda quem sem o sucesso do golo. Golo esse que surgiu então aos 38 minutos, sendo que aos 43' Layún acertou em cheio na trave, na sequência de um livre direto.
Todas as boas intenções do Vitória de Guimarães sofreram um rombo fatal no arranque do segundo tempo. Poucos segundos depois do reatamento, Otávio rematou e Óliver Torres acabou por desviar involuntariamente para o 2x0. Um golo de bilhar que sossegou a equipa da casa para o resto do encontro.
Sentados no cadeirão dessa tranquilidade, a equipa de Nuno carburou para uma noite como há muito não se via no Dragão. O 3x0 - nesse autogolo de João Aurélio - ampliou a felicidade nas bancadas e a equipa correspondeu no relvado.
Esteve muito bem na primeira parte e na segunda pagou a fatura do golo madrugador. E mesmo a perder por 3x0 quis atacar. Teve boas oportunidades antes e depois dos golos e nunca abdicou da sua identidade. Não chegou para pontuar esta noite, mas o futuro promete sorrisos para os lados do berço da nação.