O FC Porto não se podia dar ao luxo de perder mais pontos na corrida pelo título e não perdeu. Os dragões foram a casa do Arouca vencer por cinco bolas a zero, em jogo da 8.ª jornada.
Ao intervalo já estava tudo resolvido
Quem já foi ao estádio do Arouca, situado pelas terras da Serra da Freita, sabe das dificuldades que tem de enfrentar para lá chegar. O trajeto, até à terra de gente acolhedora e simpática, não é de todo fácil. Mas bem se pode dizer que nunca, como hoje, foi tão fácil para o FC Porto andar pela serra.
Não se enganou quem esperava uma entrada lenta do FC Porto. Os dragões começaram com calma, com paciência, trocando a bola com segurança e sem correr riscos. O Arouca, orientado por Pedro Emanuel, ficou à espera do adversário e tentou ver no que ia dar o jogo. Ainda assim, os homens da casa, sempre que podiam, atacavam com perigo, sobretudo pelos flancos.
Mas o futebol é um jogo coletivo onde a qualidade individual pode resolver muitas vezes os problemas que aparecem às equipas. Foi o que aconteceu, em Arouca.
#AROxFCP: O FCP marca mais que 1 golo fora de portas pela 1ª vez esta nesta Liga. #playmaker #PrimeiraLiga
— playmaker stats (@playmakerstats) 25 outubro 2014
Até então "desaparecido", Juan Quintero, aos 24 minutos, disparou forte um remate de longe, com a bola a desviar ainda num opositor, e abriu o ativo. Os adeptos do FC Porto podiam festejar. E não tiveram que esperar muito para voltar a fazer a festa. Aos 26', Jackson Martínez empurrou para o fundo das redes de Mauro Goicoechea, depois de um trabalho de Brahimi. O argelino passou por tudo e todos na esquerda, cruzou para a "boca da baliza" onde apareceu o Cha Cha Cha para o segundo dos dragões. 0x2, vantagem para a equipa de Lopetegui.
A tentar cometer poucos erros, o conjunto arouquense viu-se em desvantagem com dois momentos de pura magia dos artistas do Dragão.
A equipa de Pedro Emanuel sentiu os golos sofridos e recolheu-se perante uma pressão forte do FC Porto que, por outro lado, cresceu, ganhou dinamismo e intensidade. As oportunidades de golo sucederam-se e o resultado ficou confortável para a formação portista.
Os golos despertaram os azuis e brancos que cercaram a baliza do Arouca em busca do terceiro golo. E ele não demorou muito. Aos 39 minutos, de bola parada, Casemiro saltou mais alto entre os centrais da casa e, de cabeça, empurrou para o fundo da baliza.Para o segundo tempo, o Arouca tinha que operar um verdadeiro milagre para impedir o FC Porto de conquistar os 3 pontos. Algo que não aconteceu. Quem acabou por ampliar a vantagem foi o FC Porto. Jackson Martínez, aos 60', fez o quarto. Tello meteu velocidade pelo corredor e cruzou para o avançado colombiano marcar mais um; o colombiano só teve de meter o pé.
O que se viu até final foi um Arouca à espera do final da partida e o FC Porto a dilatar o marcador.
Já com Quaresma e Vincent Aboubakar em campo, os dois fabricaram o quinto golo dos portistas. O camaronês tabelou com o internacional português e depois colocou a bola por entre as pernas Goicoechea.
Os dragões venceram fácil e o Arouca saiu vergado a uma goleada.
Assim se conta a história do duelo.