Penalva 0-3 Torreense

Compete-nos estar de corpo inteiro no apoio à Associação de Futebol em que estamos filiados, no caso do S. Pedro da Cova, na Associação de Futebol do Porto, contra o ataque cerrado de S. Exª. Dr Laurentino Dias, Secr. Estado da Juv. e Desporto contra a força do associativismo ao pretender diminuir a representatividade das Associações na Assembleia Geral da Federação Portuguesa de Futebol em favor de outras entidades e organismos. Pretende o Sr Secr. Estado que o futebol profissional e as entidad...ler comentário completo »

Compete-nos estar de corpo inteiro no apoio à Associação de Futebol em que estamos filiados, no caso do S. Pedro da Cova, na Associação de Futebol do Porto, contra o ataque cerrado de S. Exª. Dr Laurentino Dias, Secr. Estado da Juv. e Desporto contra a força do associativismo ao pretender diminuir a representatividade das Associações na Assembleia Geral da Federação Portuguesa de Futebol em favor de outras entidades e organismos. Pretende o Sr Secr. Estado que o futebol profissional e as entidades e organismos ao seu redor ditem as regras para toda a actividade futebolistica, impedindo as Associações de as discutirem, confrontando-as com factos consumados tendo em conta a percentagem diminuta de que passam a dispôr.
Os filiados na Associação de Futebol do Porto, em reunião realizada ontem, no Auditório principal da Associação, votaram uma PROPOSTA dando poderes à Direcção da AFPorto para, por todos os meios ao seu alcance, LUTAR PELA DEFESA DO ASSOCIATIVISMO contra a prepotência e interesses pouco claros que a seu tempo se perceberão.
De facto, não faz sentido que a uma recente criada Liga de Futebol Não Profissional, cujo trabalho é inexistente, sabendo-se apenas que 3 comentadores desportivos da SIC ocupam as presidências dos seus Corpos Gerentes, sejam atribuídos 10% dos votos na Ass. Geral da Federação. O que fazem e o que pretende fazer esta Liga? Organizar as competições nacionais não profissionais? E as demais classes, como sejam, as camadas jovens masculinas e femininas, o futebol de sete e o futsal, ficam na dependência das Associações? E a formação dos agentes desportivos que até à data tem sido trabalho das Associações fica a cargo de quem?
Por que carga de água recebem a ANTF e SNJFP milhões de euros mensais da Liga provenientes de receitas televisivas de canal aberto? A favor de quem reverte tais receitas? E que representatividade tem o SNJFP para passar de 10% para 15% de votos quando de sabe que existem pouco mais de 1000 jogadores profissionais dos quais apenas 300 são sócios de tal estrutura?
A colagem ao desporto tem servido, infelizmente, de trampolim para lugares de destaque da vida política e social por parte de interesseiros que tanto mal causam ao desporto nacional.
Apanham-se no poleiro e cantam de galo como se fossem os donos da verdade e conhecedores de toda a realidade desportiva nacional, particularmente do futebol.
Compete-nos dizer-lhes que não estamos disponíveis para pactuar nas suas vontades casuísticas e ridiculas.
É que o nosso tempo dedicado às colectividades tem de ser respeitado, admirado e valorizado, porquanto nos substituimos ao dever do Estado, a este mesmo Estado que nos quer eliminar, já que diminuindo a capacidade das Associações estão a diminuir também a participação dos clubes na discussão das questões que interessam à modalidade.
Nada nos move contra o futebol profissional, antes pelo contrário, devendo este ser forte e de qualidade, mas entende-se que as suas estruras não podem nem devem sobrepor-se ao demais, havendo espaço para ambos numa sã convivência e discussão de ideias e projectos.
Os clubes pequenos têm de se sentir defendidos e têm de ser ouvidos e as suas preocupações têm de ser transmitidas aos mais altos responsáveis e a via desta transmissão é feita através das Associações. Ninguém poderá ousar retirar-nos a possibilitar de discutir, de manifestar preocupação, de alertar para consequências trágicas que a educação desportiva pode sofrer se a proposta do Sr Secr. Estado dr laurentino Dias fôr aprovada.
Errar é humano e reconhecer o erro é uma grande virtude. Reconheça, Sr Secr. de Estado, que foi mal aconselhado e que está a tempo de rectificar o propósito que o anima. O movimento associativo ficar-lhe-ia grato se se disponibilizasse, ao menos, receber as Associações de Futebol e conhecer o que estas lhe têm a transmitir de tão preocuopante.
Saudações desportivas.


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