À semelhança do que aconteceu contra o FC Porto, o Rio Ave voltou a colocar um travão num grande (3-3), ainda que, num jogo completamente díspar - cheio de golos - e, também, com uma postura rioavista distinta. Um travão nos leões que já não perdiam pontos há nove jogos.
Com este resultado, os leões ficam - de forma provisória - a dois pontos do Benfica (56 pontos), enquanto os rioavistas colocam-se à frente do Portimonense, porém, com os mesmos 22 pontos.
Em relação ao jogo, Rúben Amorim voltou a apostar em Diomande para o 11 inicial, ao passo que Luís Freire apresentou Marious Vrousai como a grande novidade. O internacional grego - emprestado pelo Olympiacos - jogou a ala esquerdo no sistema de Freire.
Teve um pouco de tudo estes primeiros 45 minutos: golos, golaços, erros, um penálti, uma (infeliz) lesão, muito apoio, muitos apupos - Nuno Santos foi o mais visado - e, acima de tudo, um excelente espetáculo de futebol.
Em suma, uma diferença abismal quando comparado com o último confronto entre ambos os conjuntos em Vila do Conde que foi, muito provavelmente, um dos piores jogos da última temporada na Primeira Liga. Mas, voltando ao que interessa: o jogo.
Começou com alguma chuva e vento - expectável -, mas a partida não tardou em aquecer o mais friorentos. Ao minuto três, Fábio Ronaldo - com conta, peso e medida - disparou um passe incrível (!) para Embaló que deu conta de fazer ainda melhor, rematando forte e sem hipóteses para Adán.
A resposta leonina, não obstante, foi quase imediata. Hjulmand, num lance algo confuso dentro da área vilacondense, disparou forte, colocado e empatou tudo ao minuto nove. A partir daqui, o jogo entrou numa toada de grande equilíbrio - Gyökeres permitiu duas defesas a Jhonatan -, enquanto Embaló (com a baliza escancarada) e Ronaldo (ao poste) desperdiçaram de forma inacreditável.
Depois disso, o sueco aproveitou uma falha SURREAL de Amine para fuzilar as redes de Jhonatan, Aziz - de penálti - colocou tudo empatado e, importa sublinhar, Trincão saiu lesionado e com muitas queixas no pé esquerdo...
No segundo tempo, mais apupos - Matheus Reis, com a substituição natural de Nuno Santos (jogo muito apagado do português), tornou-se o mais visado -, mais golos, mais defesas e, claro, mais emoção.
Viktor Gyökeres - mesmo sem a inspiração habitual - foi dos mais inconformados do lado visitante, mas foi o Rio Ave o conjunto mais incisivo. Numa bola longa, Adán saiu da baliza de forma desastrosa e acabou por derrubar Aziz dentro de área - exibição péssima do guardião espanhol. Na conversão, o avançado não desperdiçou e bisou de grande penalidade.
A resposta dos leões não tardou e, seis minutos depois, Coates - à ponta de lança - aproveitou um belo passe de Morita para, de cabeça, colocar tudo empatado, novamente.
A segunda parte não foi tão bem jogada como a primeira, é certo, contudo, foi um grande espetáculo. Golos, golaços, bolas ao poste, penáltis, emoção... Um pouco de tudo em Vila do Conde.
Adán fez, muito provavelmente, a pior exibição da temporada - vários erros inexplicáveis e uma falta de confiança tremenda -, mas não foi o único a errar. De resto, o resultado é elucidativo das fragilidades defensivas do Sporting.