Capaz de deprimir os mais felizes

Se estiver com vontade de chatear um inimigo, tem neste jogo uma boa recomendação. Há nulos com sumo e qualidade, mas não foi isso que aconteceu neste Vitória SC 0-0 Rio Ave, pobre de início ao fim.

O pouco risco e os sistemas idênticos justificam o equilíbrio, no entanto, ficou a ideia de existir capacidade de mais. Os Conquistadores vivem uma fase de pouca confiança, perigosa a dias de um dérbi sempre emotivo contra o grande rival, a contar para a Taça.

Começo enganador

Com a chuva a ser constante na fase inicial 85da partida, a inspiração demorou a aparecer no D. Afonso Henriques. Os visitantes entraram de forma mais personalizada em campo, com alguns lances prometedores e capacidade de circulação rápida, que criou problemas ao meio-campo adversário.

Bamba foi um dos mais inconformados �Manuel Morais / Kapta+

Mesmo longe de encantar, o Vitória SC também teve oportunidades até ao descanso. O principal destaque vai para uma defesa apertada de Jhonatan num livre lateral venenoso. As intenções estavam lá, mas faltava qualidade de ambos os lados para ferir de forma assertiva as balizas.

O desejo de todos era um jogo diferente na segunda parte, porém, os mais otimistas acabaram desiludidos. É injusto apontar falta de empenho aos atletas, mas a inspiração voltou a ser miragem. Em especial, nos homens da casa, notou-se muita falta de confiança em vários elementos.

Nem as mexidas tiveram capacidade de agitar, com a partida a entrar fase de muitas paragens no decorrer dos minutos. O perigo foi mesmo raridade até ao triste apito final.

Sem triunfos desde novembro, os lugares diretos de apuramento europeu podem ficar mais longe para o Vitória SC, a viver a era mais cinzenta com Moreno no comando técnico.