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    Monaco

    Texto por João Pedro Silveira
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    Monaco's name comes from the 6th century BC nearby Phocaean Greek colony. Referred to by the Ligurians as Monoikos, from the Greek "μόνοικος", "single house", from "μόνος" (monos) "alone, single"[12] + "οἶκος" (oikos) "house",[13] which bears the sense of a people either settled in a "single habitation" or of "living apart" from others. According to an ancient myth, Hercules passed through the Monaco area and turned away the previous gods.[14] As a result, a temple was constructed there, the temple of Hercules Monoikos. Because the only temple of this area was the "House" of Hercules, the city was called Monoikos.[15][16]
     
    O Mónaco é um principado independente, "encravado" na Provença, região do sul de França, a poucos quilómetros da fronteira com a Itália. Independente desde 1297, ano em que Francesco Grimaldi, através de uma artimanha (1), tomou posse do famoso rochedo, até então pertença da República de Génova, o Mónaco é um dos mais pequenos estados do Mundo.
     
    Os Grimaldi "controlam" o rochedo desde essa data e a pequena cidade, uma das jóias da Riviera, tornou-se a partir do século XIX, destino da aristocracia europeia, playground dos ricos, que elegeram o seu casino para ganhar e perder fortunas... Até aos nossos dias, Monte Carlo é sinónimo de luxo e glamour.
     
    No meio deste palco de principes e princesas, reis foragidos e espiões famosos, de estrelas do cinema e grandes senhores da banca, surgiria já no século XX, um clube, que juntamente com a família real, o seu Museu de Oceanografia, o Rally de Monte Carlo e o grande prémio de Formula 1, se tornou sinónimo de Mónaco. 
     
    A fusão e os primeiros anos
     
    A Association Sportive de Monaco (ASM) nasceu no dia 23 de Agosto de 1924, como um clube polidesportivo, fruto da fusão de um conjunto de pequenos clubes do principado e da vizinha França: o Swimming Club, o Monaco Sport (antigo Herculis, pioneiro do futebol monegasco, fundado em 1903), o AS Beausoleil, o Étoile de Monaco e o AC Riviera

    A primeira época futebolística do Monaco seria então a de 1924/25. Martin Robin tornou-se o primeiro presidente da instituição, eleito pela primeira vez em 1925, para um caro que conservará por cinco anos. 
     
    A equipa do clube que conquistou a primeira Taça de França do palmarés do Monaco.
    Estabelecido na zona de Fontvieille, onde hoje está situado o atual estádio, é aí que o clube treina e joga até surgir um campo na zona dos Moneghetti, um suburbio a norte do Quartier of La Condamine, colado à fronteira com a França em Beausoleil. O Estádio dos Moneghetti será a casa dos vermelhos e brancos até à construção do novo estádio em 1939.
     
    O difícil parto do profissionalismo
     
    Os bons resultados no Promotion (Campeonato de Promoção), permite ao clube ascender ao grupo B da Divisão de Honra do Sudeste, que lidera isolado desde o começo da prova até ser relegado ao último lugar, fruto de uma reclamação dos adversários. Sem desmorecerem, os jogadores do Monaco parecem jogar a dobrar até ao final da prova e o clube monegasco consegue fazer uma recuperação histórica, acabando por se sagrar campeã do Campeonato do Sudeste. 
     
    Em 1933 o Monaco torna-se champion da Liga Sudeste e naturalmente resolve abraçar o profissionalismo. Logo na primeira época nos campeonatos profissionais, o clube consegue a promoção à Division 1, mas a polémica instala-se quando a Federação Francesa considera que o Stade des Moneghetti não tem condições para receber provas profissionais e o clube é despromovido aos campeonatos amadores.
     
    O italo-argentino Delio Onnis, o maior goleador da história do ASM.
    Com o apoio das autoridades monegascas, nasce o Stade Louis II, inaugurado a 23 de Abril de 1939, mas meses depois, a Europa entrava em guerra e a vizinha França era invadida por alemães e mais tarde italianos. 
     
    Em 1940, as tropas italianas invadiram o Principado, mas por pressão da Alemanha, o exército de Mussolini retirou. A ocupação efectiva do Mónaco pelas tropas do Reino de Itália chegou a 11 de Novembro de 1942. Com o desembarque aliado na Sícilia, em Junho de 1943, a Itália viu-se obrigada a reorganizar-se militarmente retirando do sul de França. O Principado seria então ocupado pelos alemães, que aí permaneceram até Setembro de 1944, data em que os aliados devolveram a liberdade ao Mónaco.
     
    Regresso
     
    Com o novo estádio capaz de receber jogos profissionais e uma equipa competitiva, o regresso do Monaco ao futebol do pós-guerra foi um caso de sucesso. Em 1948, os vermelhos-e-brancos conquistavam novamente a Liga do Sudeste e pouco depois o clube voltava a assumir o profissionalismo.
     
    A morte do príncipe Louis II fez ascender ao trono o seu neto Rainier, que passou a reinar com o nome de Rainier III. Apaixonado pelo desporto, futebol em particular, percebeu que o futebol poderia, juntamente com os desportos automóveis e náuticos, ter um papel fundamental no sucesso do papel que "desenhara" para o Principado na segunda metade do século XX.
     
    O estado, pela mão da família real, passou a apoiar o clube, apoiando financeiramente o seu desenvolvimento. Após alguns anos no meio da tabela, o Monaco ascendeu finalmente à Ligue 1, depois de terminar em segundo lugar na época de 1952/53. 
     
    O reinado de Leduc
     
    Lucien Leduc chegou ao Principado em 1958 para orientar o clube, depois de passagens discretas pelo FC Annecy e pelos italianos do Venezia. Os dirigentes deram-lhe «carta branca» e o treinador natural de Boulougne-Sur-Mer, do outro lado do hexágono, montou uma equipa que dois anos depois conquistava o seu primeiro grande título, batendo o Saint-Étienne por 4x2 após prolongamento. Para gáudio dos poucos adeptos que se deslocaram a Paris nessa histórica data, Michel Hidalgo levantou a Taça de França.
     
    A época seguinte começou com uma novidade estética. A Princesa Grace Kelly desenhou o novo equipamento do clube e os monegascos passaram a jogar com a celebre camisola dividida na diagonal, com iguais partes de vermelho e branco. No ano da estreia do novo kit, Leduc liderou o clube à primeira conquista do campeonato francês, garantindo a sua primeira presença na Taça dos Campeões Europeus no ano seguinte. O debut europeu não correria muito bem, com o Monaco a ser eliminado logo na primeira ronda pelos escoceses do Glasgow Rangers. 
     
    Na Luz, na final da Taça das Taças, o sonho europeu de Wenger esbarrou na frieza germânica.
    Dois anos depois da conquista do título, o Monaco conquistava a sua primeira dobradinha, vencendo novamente o Campeonato e juntando a Taça ao pecúlio, batendo o Olympique Lyon na final, após segundo jogo novamente em Colombes, Paris, que já fora palco da vitória de 1960. 
     
    Declínio e regresso de Leduc
     
    Leduc parte e o clube parece perder a capacidade que demonstrara nos primeiros anos da década de sessenta. Após décadas sem grandes resultados, o Monaco desce de divisão em 1969, para regressar ao convívio dos grandes duas épocas depois.
     
    Entre subidas e descidas, o Monaco parece caminhar para um estatuto menor, mas em 1975 chega Jean-Louis Campora para liderar o clube. Dois anos antes já chegara o italo-argentino Delio Onnis, avançado de renome que se tornou o melhor marcador da Liga Francesa em 1975, apontando 223 golos em 263 jogos, espalhados por sete épocas, que ajudaram a tornar o avançado no maior goleador da história do emblema do Principado.
     
    Campora foi buscar Gérard Banide para liderar os escalões de formação e trouxe Leduc de regresso ao banco do Louis II. Um ano depois do regresso do treinador, o Monaco vencia o Campeonato da 2 Division, e no ano de regresso a primeiro escalão, o emblema monegasco reconquistava o título que lhe escapava desde 1963, com uma equipa onde brilhavam Christian Dalger, Rolland Courbis, Jean-Luc Ettori e Jean Petit.

    Nova casa, novas ambições
     
    Gérard Banide assumiu o cargo, depois da saída de Leduc. Reformulou a equipa que fora campeã e em 1982, liderou os monegascos a novo título, numa equipa onde brilhavam os internacionais franceses Manuel Amores e Daniel Bravo.
     
    Com uma lotação de 18,500 lugares, o Stade Louis II pode albergar mais de metade da população do país, um número que mais nenhum estádio no Mundo pode igualar.
    Todavia, para desagrado dos adeptos e dirigentes, o clube nunca conseguia progredir na Europa, sendo sempre afastado na estreia por Dundee United, CSKA Sofia (duas vezes) e Univ. Craiova. 
     
    Entretanto, era inaugurado na zona de Fontevieille, próximo do antigo recinto e em terrenos que haviam sido reclamados ao mar, o novo estádio do Principado, que manteve o mesmo nome da antiga casa do ASM, Estádio Louis II, em honra do avô do Príncipe Rainier.
     
    A era Wenger
     
    O reinado do Alsaciano Arsène Wenger foi um dos mais bem sucedidos períodos da história do clube. Com Wenger, o Monaco alterou a sua política de contratações, apostando em novos mercados, estrelas em ascensão e perfeitos desconhecidos que em breve se tornaram dos mais respeitados jogadores do Mundo.

    Nomes como GeorgeWeah, Glenn Hoddle e Jürgen Klinsmann demonstram bem essa política. Mas internamente, o Monaco também estava atento ao que se passava nos restantes clubes franceses, como bem demonstra a contratação de Youri Djorkaeff.
     
    Wenger trouxe consigo novas ideias para os escalões de formação e em poucos anos o Monaco veria sair da sua «cantera» um conjunto de jogadores que conquistaria o Mundo com a seleção francesa: Emmanuel Petit, Lilian Thuram, Thierry Henry...
     
    Arsène Wenger com o inglês Glenn Hoddle, grande referência dos monegascos no fim dos anos 80.
    Mas em 1987, Arsène Wenger não contava com essa equipa. Foi com Glenn Hoddle como grande referência, ao lado de Sonor, Battiston, Amoros e Dib, que Wenger criou uma equipa que conquistou mais uma vez a Liga (1987/88). Campeão logo na estreia, Wenger conquistou o coração dos adeptos. 

    A vitória na Taça de França em 1989 e 1991 ajudou a cimentar essa relação. Um ano depois da conquista da Taça, o Monaco consegue chegar pela primeira vez a uma final europeia, em Lisboa, no Estádio da Luz, o Monaco não teve hipóteses e caiu às mãos dos alemães do Werder Bremen.
     
    Em 1994, após uma época mal-sucedida (9.º), Wenger abandona o clube, partindo algum tempo mais tarde para o Japão, onde orientou o Nagoya Grampus.
     
     
    enger's reign saw the club enjoy one of its most successful periods, with several inspired signings, including future legends George Weah, Glenn Hoddle, Jürgen Klinsmann, and Youri Djorkaeff. Youth team policies produced future World Cup winners Emmanuel Petit, Lilian Thuram, and Thierry Henry. Under Wenger, they won the league in his first season in charge (1988) and the Coupe de France in 1989 and 1991, with the club consistently competing in the latter stages of the European Cup and regularly challenging for the league title.[7] The club could have had even greater success in this period, as it emerged in 1993 that bitter rivals Marseille had indulged in match fixing and numerous improprieties, a view that Wenger had long held.[7] In 1994, after being blocked by the Monaco board from opening discussions with German powerhouse Bayern Munich for their vacant managerial post after being shortlisted for the role, Wenger was released from the club, several weeks after the post had already been filled.[7][8]
    Um projeto europeu
     
    Jean-Luc Ettori e Jean Petit são os homens que se seguem, pegando no leme deixado por Wenger, mas contudo, o plano não dá resultado. Chega então Jean Tigana, uma velha glória do futebol francês (Mundial de Espanha e Euro 84). Com Frank Dumas, Sylvain Legwinski, Fabien Barthez, Thierry Henry, Victor Ikpeba, Emmanuel Petit e o belga Enzo Scifo, Tigana tem uma equipa capaz de se bater com os melhores de França e da Europa.
     
    Trezeguet e Henry, a dupla de miúdos maravilha que despontou no Louis II na segunda metade da década de 90.
    Não supreende que os monegascos conquistem mais uma vez o título em 1996/1997, chegando ainda às meias-finais da Taça UEFA, onde foram eliminados pelo Inter de Milão. 
     
    Na frente a dupla Henry-Trezeguet fazia furor e tornava-se uma referência do futebol ofensivo na Europa., na defesa Barthez parecia intransponível e Willy Sagnol era dos defesas mais cobiçados do futebol europeu. Mas seria só depois da saída de Henry que o Monaco voltou a conquistar o título (2000) num plantel onde agora brilhavam nomes como Dado Prso, Rafael Márquez, John Arne Riise ou Ludovic Giuly, ao lado ainda de Sagnol, Barthez e Trezeguet. 
     
    O Sonho...
     
    2004 marcou o momento alto da história monegasca, com uma carreira sem paralelo na Liga dos Campeões. A primeira fase ficou marcada por uma goleada histórica (8x3) ao Deportivo da Corunha, ajudando a garantir a vitória num grupo que também contava com PSV e AEK de Atenas. 
     
    Gelsenkirchen, 26 de Maio de 2004, o Monaco perdia a final da ##Champions para o ##FC Porto.
    Seguiu-se o confronto com o Lokomotiv de Moscovo nos oitavos, antes do grande embate com o favorito Real de Madrid. A uma derrota por 4x2 em Madrid, reagiu o Monaco com uma reviravolta (3x1) no Louis II.
     
    Nas meias-finais, o Chelsea não foi capaz de travar a força monegasca. Vitória 3x1 no Louis II e empate a duas bolas em Londres. Com surpresa o Monaco chegava à grande final de Gelsenkirchen, onde o FC Porto de Mourinho o aguardava.
     
    Apesar do início prometedor, o Monaco foi presa fácil da equipa liderada pelo futuro Special One. 0x3, perante o olhar dececionado da família real. Para a posteridade ficou o semblante carregado do Príncipe Alberto a ver a sua equipa cair com estrondo tão perto do sonho...
     
    O regresso com sotaque russo
     
    Sem vontade, ou sem meios, o clube parece abdicar do sonho de construir novamente uma grande equipa. Poucos anos depois da final de Gelsenkirchen já não parece haver sombra do onze que perdera a final. 
     
    Juntamente com Falcao e James Rodriguez, João Moutinho foi uma das grandes estrelas que Rybolovlev atraiu para o Principado. Um ano depois, dos três, só o português continuava a vestir a camisola do ASM
    O Monaco decaiu e acabou por cair com estrondo, em 2011, quando ao fim da primeira volta já carregava a lanterna vermelha, fardo que carregou até ao fim do campeonato, descendo de divisão.
     
    Surgiu então em cena o russo Dmitry Rybolovlev, que adquiriu o clube e prometeu devolver o emblema monegasco à mais alta roda, com um projeto milionário capaz de rivalizar com os maiores da Europa e com o também milionário PSG
     
    Após dois anos de inferno, Claudio Ranieri recuperou o lugar dos "príncipes" na Ligue 1, onde a equipa recebeu reforços avultados de Rybolovlev como os colombianos Falcao e James Rodriguez e o português João Moutinho. No seu primeiro ano de regresso à elite do futebol francês, 2013/14, o Monaco esteve às portas da glória e terminou em 2º lugar na Ligue 1, a nove pontos do Paris SG.
     
    Com o passar dos anos, os monegascos foram continuando a sua luta para voltar a ter a coroa de campeão de França e pelo meio a aposta em jogadores portugueses manteve-se, com atletas como Ricardo Carvalho, Fábio Coentrão, Bernardo Silva, Hélder Costa, Rony Lopes ou Ivan Cavaleiro e vestirem as cores do Monaco.
     
    A desejada glória apenas chegaria, no entanto, em 2016/17, num ano em que o clube do Principado, comandado pelo também português Leonardo Jardim, conseguiu terminar em 1º lugar na Ligue 1, com mais oito pontos que o Paris SG, terminando com a hegemonia de quatro anos dos parisienses. Nesse ano, o plantel do Monaco contava com futuras estrelas como Bernardo Silva, Fabinho, Radamel Falcao e um jovem - na altura com 18 anos - de seu nome Kylkian Mbappé, que tornar-se-ia a segunda maior transferência do futebol no ano seguinte, ao rumar ao Paris SG por 145 milhões de euros).
     
    Apenas dois anos depois desse desejado título, o Monaco quase bateu novamente no fundo e terminou em 17º lugar no campeonato, o que significou o fim da ligação contratual de Leonardo Jardim ao clube. Desde aí, tem vindo a crescer novamente a nível desportivo, embora ainda longe dos títulos, terminando em 8º lugar em 2019/20 e em 3º em 2020/21.

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    (1) - Francesco Grimaldi disfarçou-se de monge e bateu à porta da fortificação no topo do rochedo, onde hoje se encontra o Palácio dos Príncipes, abrindo de seguida os portões aos seus homens que o ajudaram a capturar a fortificação. Desde esse dia que um Grimaldi reina no le Rocher.
     
    En 1998, Monaco parvient jusqu'en demi-finale de la Ligue des champions battue par le club turinois de la Juventus de Zinédine Zidane après avoir terminé 1re de son groupe et éliminé le club anglais de Manchester United et termine une nouvelle fois sur le podium du championnat (3e) après avoir terminé en tête à mi-championnat. L'ASM compte de nombreux jeunes joueurs talentueux lors de cette année tels que Willy Sagnol ou son duo d'attaquant Thierry Henry - David Trezeguet20.

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