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Euro 1984
Cultura do Futebol

«Os Patrícios»

Texto por João Pedro Silveira
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O país passava por grandes dificuldades económicas, tendo pedido ajuda ao FMI - onde é que já ouvimos isto? - para resolver o problema crónico do défice na balança de pagamentos e uma inflação quem em 1984 atingiu uns assustadores 29,3%. O Governo de Bloco Central (PS-PSD) liderado por Mário Soares e Mota Pinto lidava com a contestação quase diária nas ruas.

Era o futebol, e a inusitada qualificação para a fase final do Euro 1984 que animava os portugueses. Depois da presença no Mundial de Inglaterra em 1966, Portugal teve de esperar 18 longos anos para voltar a pisar o palco de uma grande competição.

Em França, país onde residia (e reside) uma grande comunidade de portugueses, as expectativas lusas eram grandes e o apoio patriótico não iria faltar aos bravos «heróis lusitanos». Para dar continuidade à saga dos «Magriços» de 1966, nasceram os «Patrícios», com direito a mascote e hino.
 
O «Patrício» era a mascote criada por Raul de Carvalho, baseado na imagem do «Zé Povinho» de Rafael Bordalo Pinheiro, em homenagem aos imigrantes portugueses em França, e no resto da Europa.
 
 
Em Lisboa, um grupo de artistas lançava uma música de apoio aos «Patrícios», a canção chamava-se "Seleção de Todos Nós", com letra da autoria de António A. Pinho e música do consagrado Tó-Zé Brito, reunia um conjunto de cantores famosos como Alexandra e José Cid. 
O LP, como se chamava então, incluía um lado B com uma versão em francês, adaptação da letra do jornalista António Tavares Teles.
 
A capa do disco, magnífica, é um desenho da autoria do grande mestre da caricatura, Francisco Zambujal, um dos nomes grandes da história do jornal «A Bola».

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