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      Karl-Heinz Rummenigge: Kalle

      Texto por João Pedro Silveira
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      Dez anos no Bayern de Munique, outros dez ao serviço da todo-poderosa seleção nacional da Alemanha Federal tornaram Karl-Heinz "Kalle" Rummenigge num dos mais famosos jogadores do seu tempo. A sua classe e os golos, ajudaram a cimentar a lenda. Com ele em campo a sua equipa ganhava uma dimensão superlativa. Rummenigge era garantia de qualidade e golos. 

      Com a idade foi aperfeiçoando a capacidade goleadora, mas terá sido entre 1980 e 1984, que Kalle se confirmou como um dos melhores jogadores de sempre, confirmado pela conquista do prémio de melhor jogador europeu em 1980 e 1981. 

      De Lippstadt a Munique

      Nasceu a 25 de setembro de 1955 em Lippstadt. Seria na pequena cidade da Renânia do Norte-Vestefália, que o pequeno Karl começou a jogar futebol, jogando nas escolas do Borussia local. Após nove anos, a troco do que seriam hoje dez mil euros, Kalle mudou-se para o gigante Bayern de Munique, que meses antes acabara de conquistar a sua primeira Taça dos Campeões Europeus. 

       
      Karl-Heinz "Kalle" Rummenigge (born 25 September 1955

      Na capital bávara brilhou durante dez épocas. Fazendo parte do plantel que conquistou a Taça dos Campeões em 1975 e 1976, mas só jogando a segunda final contra o Saint-Étienne, pois na primeira não saira do banco. 

      Maradona e Rummenigge: encontro de campeões antes da bola rolar no relvado no Azteca.
      Pelo Bayern conquistou ainda mais duas Bundesliga e duas Taças da Alemanha, assim como uma Taça ##Intercontinental e uma Supertaça germânica, e a nível individual foi coroado o melhor marcador do campeonato alemão por três vezes. 

      Passada uma época de sucessos, mudou-se para Itália e para o Inter, que não conseguiu ajudar a conquistar o título. No fim do contrato mudou-se para a vizinha Suíça, onde jogou mais duas épocas pelo Servette, última etapa da sua longa e vitoriosa carreira. 

      Mannschaft

      Com a camisola da República Federal da Alemanha  jogou três mundiais: o da Argentina (1978), o de ##Espanha (1982) e o do México (1986) e em todos eles deixou a sua marca, apontando três tentos em 1978, cinco em terras espanholas e um no mundial mexicano.

      Com a seleção conquistou o Euro 80, jogado em Itália, em que a RFA bateu a Bélgica na final de Roma. Quatro anos depois, em França, a RFA seria surpreendida por Portugal e Espanha, caindo na primeira fase para grande escândalo da opinião pública nacional. 

      As finais dos mundiais

      Faz parte da lenda do Campeonato do Mundo.  Corria o oitavo dia do mês de julho de 1982, ao fim do dia, em Sevilha, franceses e alemães federais jogavam um lugar na final de Madrid. Já no prolongamento, a França adiantara-se no marcador para chegar ao 2x1. Jupp Derwal não hesita e manda Karl-Heinz Rummenigge aquecer e prepara-se para entrar em campo. Num misto de excitação e horror, o presidente François Mitterrand soltou um premonitório «Mon dieu, Rümmenisch!!!», naquele jeito francês de pronunciar nomes estrangeiros. Quem estava próximo da «velha raposa do Eliseu» percebeu que a França corria perigo...

      Os bleus ainda fariam o 3x1 pelo raçudo Alain Giresse, mas Rummenigge tinha vindo virar o jogo do avesso, e com um toque de classe, só à altura dos predestinados, reduziu para 2x3 e trouxe os alemães de volta ao jogo. Na segunda parte, Rummenigge assistiu Klaus Fischer, que empatou o jogo a três e a Alemanha Federal acabaria por vencer no desempate por grandes penalidades. O instinto da «Esfinge» estava certo.

      Rummenigge seria titular na final do Santiago Bernabéu, mas a Itália de Paolo Rossi era mais forte. Kalle foi substítuido passados 70 minutos e perdeu a primeira de duas finais. A segunda seria quatro anos volvidos, no Azteca na Cidade do México, contra a Argentina de Maradona

      O número «onze» foi titular e viu os sul-americanos chegarem ao 2x0 aos 56 minutos, liderando a recuperação, marcando o primeiro dos alemães (74 minutos), puxando a Mannschaft que ainda chegou ao empate por Völler, mas Diego Armando Maradona tinha a última palavra, e num passe de génio, fruto de uma visão de jogo superior, isolou Burruchaga que fechou o placar final com o terceiro golo sul-americano. 

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      Karl-Heinz Rummenigge (GER)
      Karl-Heinz Rummenigge (GER)

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