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      Moreirense

      Texto por João Pedro Silveira
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      O verde da esperança e o branco da pureza são as cores do Moreirense Futebol Clube, coletividade que nasceu em Moreira de Cónegos, concelho de Guimarães, no norte de Portugal.

      Longe dos grandes centros, o pequeno clube nasceu a 1 de novembro de 1938, cheio de sonhos e ambições. Durante décadas manteve-se nos campeonatos do distrito de Braga. 

      «Nasceu pequenino e valente, pelo bem e contra o mal, ganhou asas, voou alto e foi em frente, hoje é grande em Portugal», assim reza o hino da equipa verde-e-branca, reconhecendo que a realidade do clube no século XXI é bem diferente do que viveram os fundadores da instituição. Certamente que nenhum dos fundadores da equipa terá sonhado que um dia o Moreirense iria bater o pé a Benfica, Porto ou Sporting... e vencer o vizinho Vitória. 

      Ascendendo aos Campeonatos nacionais na antiga 3ª Divisão, acabou por estabilizar na 2ª Divisão B. Em 1994/95 subiu pela primeira vez ao segundo escalão, a então Segunda Divisão de Honra. 

      Durante quatro anos manteve-se na segunda metade da tabela, entre o 11.º e o 13.º lugar da tabela. Na quinta época os minhotos ficaram na 16.ª posição e caíram novamente para o terceiro escalão. Em 1999/00 a carreira na Taça de Portugal levou o Moreirense até à meia-final depois de eliminar Sp. Pombal, Académia e o Vitória de Guimarães em pleno Afonso Henriques. No último degrau da caminhada até ao Jamor, os cónegos receberam a visita do Sporting, perdendo por 0x1 e ficando tão perto da primeira final de uma grande competição. 

      O Professor Manuel Machado chegou então a Moreira de Cónegos para liderar os verde-e-brancos ao primeiro momento áureo da sua história, liderando o Moreirense em duas subidas consecutivas e dois títulos de campeão. 

      O ano de estreia entre os grandes valeu uma classificação descansada (12.º) seguido de um 9.º lugar que revelava o crescimento da equipa. Contudo Machado mudou-se para Guimarães para orientar o Vitória no fim da segunda época e o terceiro ano dos Cónegos entre os grandes acabou por terminar com um 16.º lugar e a triste despromoção.

      Em sentido inverso ao que fizera em 2000 o clube sofreu duas despromoções seguidas acabando no terceiro escalão, de onde saiu após quatro épocas. Em 2012 voltou a subir ao primeiro escalão, para descer novamente na época seguinte.

      Em 2014 conquistou novamente o título de Campeão da Segunda Liga ascendendo novamente ao primeiro escalão, cimentando o seu lugar de habitué entre os grandes. 

      Depois de duas épocas relativamente tranquilas na Liga Portuguesa com o treinador Miguel Leal, o Moreirense consegue o maior feito da sua história em 2017, já orientado por Augusto Inácio, ao conquistar a Taça da Liga, vencendo na final do SC Braga por 1x0, depois de ter eliminado o FC Porto e o Benfica. Nessa equipa, pontificavam os jovens emprestados pelo Sporting Francisco Geraldes e Daniel Podence.

      Depois desse momento de glória, o Moreirense teve uma época de 2017/18 atribulada, onde teve três treinadores (Manuel Machado, Sérgio Vieira e Petit) e lutou até à última jornada para não descer. Acabou por ficar dois pontos acima da linha de água e permaneceu entre a elite do futebol português, crescendo a partir daí.

      Seguiram-se três épocas bem mais tranquilas, com a formação de Moreira de Cónegos a figurar sempre entre a primeira metade da tabela classificativa, com um sexto lugar em 2018/19 e dois oitavos lugares em 2019/20 e 2020/21. Essa aparente tranquilidade na Primeira Liga foi testada e travada logo a seguir, em 2021/22, quando a equipa terminou em 16º lugar e acabou despromovida depois de uma derrota a duas mãos (2-1) frente ao GD Chaves, terceiro classificado do segundo escalão, no play-off.

      A descida de divisão foi mais do que um aviso, mas a reação do Moreirense também foi maior do que era esperado. Comandados por Paulo Alves, os cónegos garantiram o regresso ao topo com a conquista do título da II Liga de 2022/23, numa histórica campanha em que bateram o recorde de pontos numa temporada de 18 equipas: 79 em 102 possíveis.

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