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Pelo terceiro ano consecutivo, uma equipa portuguesa chegava a uma final europeia. Cabia ao Sporting continuar a façanha do FC Porto (vencedor da UEFA em 2003 e da Liga dos Campeões em 2004) e dar mais um título europeu ao futebol nacional.
Na Europa, tal como na liga doméstica, os leões tiveram uma época atípica, com altos e baixos, alternando fantásticas exibições (e resultados) com exibições menos conseguidas e alguns resultados embaraçosos.
Depois de eliminarem os austríacos do Rapid Wien na primeira eliminatória, os leões qualificaram-se em terceiro lugar na fase de grupos, eliminando depois e sucessivamente: Feyenoord, Middlesbrough, Newcastle e AZ Alkmaar.
Por sua vez, os russos do CSKA, «despromovidos» da Liga dos Campeões, onde tinham ficado em terceiro lugar num grupo com Chelsea, FC Porto e PSG, passaram à Taça UEFA e eliminaram respectivamente Benfica, Partizan de Belgrado, Auxerre e Parma. Chegaram a Lisboa sem serem considerados favoritos, mas...
Quarenta e um anos depois...
Quarenta e um anos depois os leões voltavam a uma final europeia. Uma grande final realizada no seu estádio. Dirigentes e equipa técnica tentavam pôr água na fervura, acalmando a massa adepta e lembrando o perigo que vinha de leste.
@Getty / Jamie McDonald
No sábado antes da grande final, os leões haviam perdido o campeonato na Luz para o grande rival, aumentando assim a pressão para obter um resultado positivo no jogo decisivo.
A 18 de maio, o estádio José de Alvalade estava cheio, na sua esmagadora maioria por adeptos da equipa da casa; um ambiente de festa e consagração, que no novo estádio de Alvalade só tinha comparação com os jogos de Portugal durante o Euro 2004, esperava os vinte e dois jogadores.
Impulsionados por tanto apoio, os leões entraram por cima na partida, ganhando cantos e colocando os russos em dificuldade, sem nunca, contudo, colocar Akinfeev à prova. Foi só aos 28' que o defesa Rogério, que jogou a final a médio, abriu o marcador com um belo golo de fora de área.
O CSKA sentiu muito o golo e não conseguiu ligar o seu jogo. Contudo, o Sporting não aproveitou o desnorte russo e, ao terminar a primeira parte, os russos estiveram muito perto de empatar o jogo quando, após um centro de Olic, Vágner Love falhou um golo feito para desespero do treinador Valery Gazzaev.
@Getty / FRANCOIS XAVIER MARIT
No segundo tempo, o Sporting voltou disposto a matar o jogo e os russos pareciam não ter aproveitado o intervalo para mudar as coisas. Até que, aos 56 minutos, o central Berezutskiy desviou um livre da direita apontado por Daniel Carvalho e colocou a bola no fundo das redes de Ricardo.
O Sporting sentiu e de que maneira o toque e nove minutos depois sofreu o segundo golo, desta vez da autoria de Zhirkov. De forma um tudo-nada precipitada, os verdes e brancos lançaram-se para a frente tentando a reviravolta e, aos 74 minutos, uma jogada de insistência pela direita de Rodrigo Tello foi desviada por Rogério para o poste quando todo o estádio gritava golo.
E enquanto os leões lamentavam a sua sorte, os russos lançaram um rápido contra-ataque que Love finalizou com o terceiro golo, pondo ponto final na esperança leonina.
Até ao fim, os leões tentaram inconsequentemente lutar contra o resultado, mas, sem força e sem discernimento, era impossível alterar o rumo da situação.
Quando o inglês Graham Poll apitou para o final, um estádio em estado de choque assistiu incrédulo aos festejos do CSKA que se tornava no primeiro clube russo a vencer uma competição europeia.