Está a ver esta página porque está a utilizar um software de bloqueio de publicidade ("ad blocker").
O zerozero.pt é um portal onde a informação é gratuita e de livre acesso. Esta é uma premissa que é assegurada desde o início do projeto em 2003. Por forma a podermos garantir que tal continue a acontecer, o zerozero.pt necessita da receita gerada pela publicidade para poder fazer face aos custos de alojamento e todas as despesas de gestão que uma empresa comporta.
No caminho para a final, os alemães do Stuttgart eliminaram os húngaros do Tatabánya, o Dinamo Zagreb, Groningen, Real Sociedad e D. Dresden e perderam apenas um jogo em todo o trajeto logo na primeira eliminatória na Hungria. Por sua vez, os italianos deixaram pelo caminho PAOK, Lokomotiv Leipzig, Bordeaux, Juventus e Bayern München.
Com mais de 81.000 espectadores, o Estádio San Paolo rebentava pelas costuras. Era a primeira vez que tanto napolitanos como alemães chegavam a uma final europeia. As expectativas eram elevadas de ambos os lados.
O Napoli contava com os internacionais italianos Ciro Ferrara, De Napoli, Carnevale e os brasileiros Alemão e Careca, já para não falar de Diego Maradona. Os alemães, por outro lado, tinham Immel e Buchwald, internacionais pela Alemanha Federal, o jugoslavo Katanec, o ponta de lança Fritz Walter e um jovem Jürgen Klinsmann como grande estrela.
Foi, contudo, Maurizio Gaudino, um filho de emigrantes da região de Nápoles que, no regresso a “casa”, marcou o primeiro golo da final. Os alemães controlaram o jogo até ao intervalo e só na segunda parte é que a pressão napolitana subiu de tom. Após algumas oportunidades esbanjadas pelos avançados do Napoli, Maradona, na transformação de uma grande penalidade, empatou a partida aos 68'. No pressing final, Careca apontou o 2x1 aos 87 minutos levando os napolitanos em vantagem para a segunda mão.
Duas semanas depois, no Neckarstadion, em Estugarda, o Stuttgart jogava todas as suas cartadas, mas o Napoli não se atemorizou.
Aos 18', o internacional brasileiro Alemão inaugurou o marcador, mas apenas nove minutos depois Klinsmann empatou a partida e lançou a incógnita quanto ao vencedor da final. A seis minutos do intervalo, Maradona marcou um canto, a defesa teutónica aliviou, El Pibe centrou com a cabeça para dentro da área e Ciro Ferrara apareceu isolado a encostar para as redes de Immel.
Na segunda parte, os italianos fizeram um jogo de contenção tentando manter os alemães longe da sua área e foi um pouco contra a corrente do jogo que Diego Armando Maradona, num contra golpe mortal, retirou os defesas alemães da frente e isolou Careca para um golo de execução magistral. 1x3, o Napoli estava a 28 minutos do seu primeiro troféu europeu.
Oito minutos depois, um autogolo de Di Napoli ainda deu algumas esperanças à equipa da casa, mas o resultado só voltaria a sofrer alteração no último minuto, quando um mau atraso de Di Napoli para o guarda-redes foi interceptado por Schmäler que, de cabeça, empatou o jogo a três golos.
Mas era tarde demais, o Stuttgart teria ainda que marcar dois golos para vencer a competição... Quando o árbitro Sánchez Arminio apitou para o fim da partida, os italianos festejaram como se de um campeonato mundial se tratasse.
Coube a Diego Armando Maradona a honra de levantar o troféu, o único troféu europeu da sua carreira e do seu "amado" Napoli.