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    Andreas Brehme: A Frieza Germânica

    Texto por João Pedro Silveira
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    Foi um dos mais poderosos defensores esquerdos que o futebol germânico produziu até hoje. Jogador de múltiplas qualidades, forte na marcação, destacava-se pelo seu rigor táctico. Era expedito e tecnicista em tarefas ofensivas, mas o seu ponto forte eram mesmo as bolas paradas. Senhor de um remate forte e colocado, foi decisivo por várias ocasiões. Uma delas deu mesmo o título Mundial de Seleções à Alemanha.

    Do modesto Saarbrucken ao Calcio
     
    Andreas Brehme jogou a sua 1ª época como profissional aos 20 anos. Foi no modesto Saarbrucken. Depressa deu nas vistas e dois anos depois concretiza o sonho de jogar no clube do coração: o Kaiserslautern, onde brilhou durante quatro temporadas consecutivas.
     
    Em 1986, com o findo o Mundial do México, transferiu-se para o colosso Bayern de Munique, vencendo então a Bundesliga logo no seu ano de estreia no clube bávaro. Por lá se manteve mais uma época até que as liras do Inter de Milão falaram mais alto.
     
    Com a camisola nero-azurra venceu o Scudeto e a Taça UEFA em 91. Em 1993, deixa Itália e fixa-se em Espanha para representar o Zaragoça, mas apenas por uma temporada, regressando então à Alemanha e ao Kaiserslautern, clube que representou por mais quatro épocas, tendo ainda tempo de se sagrar de novo Campeão Alemão em 1997.
     
    Retirou-se aos 38 anos após 17 épocas consecutivas a jogar sempre ao mais alto nível nas principais divisões da Alemanha, Itália e Espanha.
     
    A carreira na seleção
     
    A passagem pela Seleção trouxe-lhe a glória e fez dele herói de toda uma nação. Estreou-se em 1984, com 23 anos, e dois anos depois chega o seu primeiro Mundial. Estreia com um empate a uma bola frente ao Uruguai, vitória frente à Escócia por 2x1 e 2º lugar no grupo atrás da Super-Dinamarca apelidada então de Dinamáquina, após derrota frente aos nórdicos por 0x2.
     
    Nos oitavos de final eliminam Marrocos, nos quartos, o anfitrião México e nas meias, desafio muito complicado frente à França, onde a eliminação parecia eminente, mas um golo de Brehme põe mesmo a R.F.A. na final, onde cai aos pés da poderosa Argentina, liderada pelo génio de Maradona. Quatro anos volvidos, o cenário era Itália, mas as estrelas eram as mesmas. Brehme, uma vez mais decisivo, faz o golo no empate 1x1 frente à Inglaterra na meia-final que leva a decisão para as grandes penalidades, onde a Alemanha é mais feliz e carimba o passaporte para a final onde reencontra Maradona e a Argentina.
     
    Já sem o fulgor de há quatro anos atrás, os Argentinos foram então completamente dominados pela Alemanha de Brehme, Mathaus e companhia, mas a vitória só chegou graças a um penalty polémico sofrido e convertido por Andreas Brehme. Ainda a propósito desse lance, 16 anos depois, Brehme viria a confessar não ter existido. Brehme sagrava-se assim Campeão do Mundo atingindo o ponto mais alto da sua carreira.
     
    Disputaria ainda o seu 3º Mundial em 94 nos Estados Unidos. Fez os cinco jogos, não tendo apontado qualquer golo e caindo nos quartos de final aos pés de uma surpreendente Bulgária, onde pontificavam Balakov, Stoichkov, Kostadinov, Penev e Lechkov, entre outros. Deixou a Seleção ao fim de 86 jogos com oito golos marcados.
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    Andreas Brehme (GER)

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