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    Nantes

    Texto por João Pedro Silveira
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    Ao longo da sua história, os «canários» tornaram-se num dos clubes mais vitoriosos e famosos de França, conquistando Campeonatos e Taças de França, entre outros troféus. Durante décadas, alguns dos mais renomados jogadores franceses - e estrangeiros que atuaram na Ligue 1 - vestiram a camisola amarela-e-verde.

    Craques como Didier Deschamps, Marcel Desailly, Christian Karembeu, Henri Michel, Claude Makélélé, Maxime Bossis, Patrice Loko, Reynald Pedro ou o belga Franky Vercauteren, são símbolos de La Maison Jaune, nomes destacados entre os muitos jogadores que um dia já vestiram a afamada camisola jaune et vert
     
    A união faz a força
     
    O Football Club de Nantes nasceu a 21 de Abril de 1943, na cidade que lhe dá nome, no Loire, noroeste de França, depois da fusão de cinco clubes locais: Saint-Pierre, Stade Nantais UC, AC Batignolles, ASO Nantaise e Mellinet. Marcel Saupin, técnico do Mellinet, impulsionou a união dos diversos clubes, crente que a cidade de Nantes teria maior sucesso desportivo, uma vez unindo as forças e vontades dos adeptos e atletas de todos os clubes da cidade.
     
    Aquando da fusão, Saupin declarou: «Hoje somos um clube pequeno, mas se trabalharmos juntos, um dia seremos grandes.» Os sócios escolheram o amarelo e o verde como cores principais do equipamento, mas durante o primeiro ano, poucas oportunidades tiveram de estrear o famoso equipamento que lhe valeria a alcunha de «canários», pois a França continuava ocupada pelos alemães e a Guerra parecia estar longe de terminada, não obstante os cada vez mais regulares raids aéreos que os aliados faziam sobre a Europa ocupada.
     
    Primeiros passos
     
    Após a primeira época a disputar jogos amigáveis, Saupin dirigiu-se a Paris, juntamente com outros dirigentes do clube, para encontrar jovens futebolistas da região do Loire radicados na capital, que tinham fugido da província para fugirem ao Service du Travail Obligatoire, o trabalho forçado na indústria alemã, uma medida de guerra que o III Reich aplicara para colmatar a falta de mão d´obra na Alemanha.

    Os «canários» contam com uma das mais dedicadas falanges de apoio em França.
    Conseguiu convencer alguns a regressar, com promessas de que não seriam deportados para terras germânicas e conseguiu ainda convencer rapazes de outras zonas do país, a mudarem-se para Nantes.

    Ainda na Cidade ##Luz, Saupin encontrou um treinador. No regresso a casa, tornou-se Presidente do clube, conseguindo com a sua gestão cuidada, dar uma segurança financeira incomum para os clubes franceses da época.
     
    Amigo de Gabriel Hanot, conseguiu que o Nantes fizesse parte do Groupement des Clubs Autorisés, um precursor da futura Liga Francesa de Futebol Profissional. Seguro no novo estatuto, o clube tornou-se profissional em Julho de 1945, pouco tempo depois da guerra Segunda Guerra Mundial ter terminado na Europa. Na época seguinte, o clube nantense faria a sua estreia no segundo escalão.
     
    O primeiro jogo que les jaunes et verts disputaram como profissionais teve lugar no Stade de Colombes, o mítico palco dos Jogos Olímpicos de 1924 e da final do Mundial de 1938, num prenúncio para um futuro de glórias para o clube da Casa Amarela. O resultado também seria auspicioso, com uma vitória de 2x0 sobre o CA Paris, contudo, e apesar da vitória na primeira jornada, a época terminaria com um 5.º lugar.
     
    Jeu à la nantaise
     
    1963 é um ano marcante na história do clube, pois após diversas diligências, a edilidade aprovou um aumento substancial do apoio camarário ao clube, o que permitiu um investimento que daria frutos nas épocas seguintes. Seguiu-se a ascensão ao primeiro escalão, lançando o clube e a cidade numa festa, que dias depois seria "calada" pela notícia da morte de Marcel Saupin. 
     
    O «pai» da «Casa Amarela», «partia» sem nunca ter visto o seu «filho» jogar entre os maiores de França. Mas os les jaunes et verts lançaram-se à conquista do sucesso, em memória do Saupin. E para surpresa de muitos, o recém promovido Nantes ganhou de assentada os campeonatos de 1964/65 e 1965/66, sagrando-se bicampeão com um estilo de jogo bem elegante, extremamente ofensivo, contribuição das táticas de José Arribas, o mentos do «vendaval ofensivo» que os canários ofereciam aos adversários, jogo após jogo.
     
    Nos anos 60 e 70 o estilo de jogo do Nantes conquistou adeptos e a crítica. Era o tempo do jeu à la nantaise.
    A imprensa e os adeptos, regozijavam-se com o futebol dos canários e o seu belo estilo jogo de futebol ofensivo, passou à história como le jeu à la nantaise, literalmente «o jogo à nantense».
     
    Nantes went on to win the 1964–65 and 1965–66 league titles with a well polished game, partly thanks to José Arribas, a fan of a more offensive game strategy who was making his first contributions to that which would become known as the jeu à la nantaise.
     
    Durante o consulado de Arribas, os amarelos-e-verdes venceram a liga mais uma vez em 1973. A Arribas sucedeu-lhe Jean Vincent, um ex-Stade Reims que liderou a equipa  a mais um Championnat logo no ano da estreia (1977).
     
    Com Vincent, os «canários» venceram ainda a Taça em 1978 e novamente a Liga em 1980. O seu sucessor, Jean-Claude Suaudeau, um homem da casa, ex-jogador e adepto do jeu à la nantaise, liderou o «seu» clube à conquista da Ligue 1 em 1983, título a que podia ter sido somada a Taça, mas o Paris Saint-Germain levou a melhor, vencendo os «canários» por 3x2, impedindo uma histórica e inédita «dobradinha». 
     
    Segunda era dourada
     
    Depois de serem segundos classificados em 1985 e 1986, os «canários» começaram a perder competitividade, trocaram Suaudeau por Blazevic, mas não conseguindo impedir a decadência de resultados, conseguindo um perigoso 15.º lugar em 1991. Parecia ser o fim de uma era de 25 anos em que o Nantes conseguira seis títulos de campeão e sete vice-campeonatos. 
     
    N´Doram, Loko, Pedros, Karembeu: o Nantes da segunda metade dos anos 90 era temido em França e na Europa.
    Com o susto, os dirigentes foram buscar Suaudeau de volta. Mas um ano mais tarde, a crise financeira levou à despromoção do clube durante duas semanas, o tempo que demorou a revogação da sentença, e o regresso do Nantes ao seu lugar na Ligue 1, agora debaixo da denominação FC Nantes-Atlantique.
     
    Já diz o povo que sem dinheiro não há vícios, e o Nantes levou a sério o princípio, poupando e apostando na prata da casa. Em consequência da crise, regressou o jeu à la nantaise, pela mão de um conjunto de jogadores que ficaram na história do clube: Japhet N´Doram, Patrice Loko, Reynald Pedros, Nicolas Ouédec, Claude Makélélé e Christian Karembeu. 

    Essa seria a geração dourada que conduziu os nantenses à conquista de novo championnat em 1994/95 e a uma histórica presença nas meias-finais da Champions League em 1995/96.
     
    Entre 1995 e 1997 o clube atravessou nova crise financeira e a grande equipa campeã desmontou-se rapidamente. Lentamente voltou a erguer-se, conquistando mais um título de campeão em 2001, num plantel onde brilhava o romeno Viorel Moldovan.
     
    In 1943, Nantes had five football clubs (Saint-Pierre, Stade Nantais UC, AC Batignolles, ASO Nantaise and Mellinet). However, Mellinet’s manager, Marcel Saupin, realized that Nantes could have a better chance of sporting success if all five clubs merged into one. Following the merger of all five clubs into FC Nantes, Saupin declared, “Today we are a small team, but we will become a great team if we work together one day”. The green and yellow of the club's strip were chosen with reference to the racing horse stables of Jean le Guillou, one of the club's founders.
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    Estádio
    Stade de la Beaujoire-Louis Fonteneau
    Lotação37473
    Medidas105x68m
    Inauguração1984